Archive for 07/19/09

São Petersburgo (Rússia), 19 jul (EFE).- A cantora Britney Spears fará um show hoje em São Petersburgo e na terça-feira se apresentará em Moscou, apesar de ter recebido ameaças de morte por e-mail, mas não ficará hospedada na Rússia.

Os organizadores da turnê, a corporação PMI, disseram que a artista ficará em Helsinque, capital da Finlândia, enquanto seus filhos permanecerão em Londres, informou a emissora de rádio "Eco de Moscou".

Britney, de 27 anos, teme por sua segurança e pela de seus filhos -Sean Preston, de 3 anos, e Jayden James, de 2-, e, por isso, decidiu tomar as precauções necessárias.

Apesar de São Petersburgo ter inúmeros palácios, museus e canais da época czarista, a cantora não tem a intenção de passear e ficará na cidade por apenas algumas poucas horas.

O primeiro show de Britney na Rússia acontece hoje à noite no Palácio de Gelo, que tem capacidade para 15 mil pessoas.

Os organizadores afirmam que todos os ingressos já foram vendidos. O preço das entradas pode chegar a 20 mil rublos (450 euros).

Britney, que viajará para São Petersburgo acompanhada de 200 pessoas, entre artistas, cozinheiros e representantes, exigiu meia tonelada de cubos de gelo para refrigerantes e 200 toalhas de uma só cor para o show.

A cantora também proibiu o consumo de álcool nos bastidores e entre outras exigências figuram um carrinho motorizado para se movimentar pelo Palácio de Gelo.

O palco, que terá com telões e móveis decorados, será circular e o público ficará em torno do mesmo, com o que poderão ver de perto os efeitos especiais da apresentação.

O show faz parte da turnê mundial "Circus", inspirada no mundo do circo.

Na terça Britney se apresenta em Moscou, após o que seguirá para Londres.

 Studio 2002

Álbum de estreia do Dead Weather, 'Horehound', sai esta semana.
'Vagarosa', segundo disco da cantora Céu, faz ponte Brasil-Jamaica.

Do G1, em São Paulo

THE DEAD WEATHER - "HOREHOUND"
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Gravadora: Third Man Records

Conhecido como o líder das já consagradas White Stripes e Raconteurs, o roqueiro Jack White se lança como baterista de mais um projeto paralelo, desta vez com uma cantora na linha de frente. A voz do The Dead Weather é Alison Mosshart, vocalista da dupla The Kills. É ela quem dá o tempero sexy à sonoridade sombria da superbanda que inclui ainda Jack Lawrence, do Raconteurs, no baixo, e Dean Fertita, do Queens of the Stone Age, na guitarra. "Horehound", disco de estreia do grupo que sai esta semana pelo selo Third Man Records, mistura a agressividade do hardcore e a crueza do blues com personalidade própria. Canções como "Treat me like your mother" e "So far from your weapon" lembram a sonoridade de bandas como Rage Against the Machine e Bad Brains. (LÍGIA NOGUEIRA)

ROLLING STONES - "STICKY FINGERS", "GOATS HEAD SOUP", "IT'S ONLY ROCK'N'ROLL", "BLACK AND BLUE"
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Gravadora: Universal

A gravadora Universal segue com a reedição e remasterização dos álbuns dos Rolling Stones lançados na década de 70. "Sticky fingers", com a capa criada por Andy Warhol, é da melhor fase do grupo, entre 68 e 72, e traz clássicos como "Sister morphine" (com co-autoria de Marianne Faithfull), "Brown sugar" e a balada "Wild horses". Lançado após o pesado e aclamado "Exile on main street", "Goats head soup" (1973) é mais conhecido pela balada "Angie", principal hit – mas a influência de soul e funk geraram músicas como "Doo doo doo doo (Heartbreaker)". "It's only rock'n'roll" (1974) traz a produção assinada por Jagger e Richards, e é o último álbum com o guitarrista Mick Taylor – a chata faixa-título é um dos indícios da decadência dos Stones, dos anos 70 em diante. O disco que marca a entrada oficial do guitarrista Ron Wood é "Black and blue", em que o grupo volta ao funk, ao reggae e ganha as paradas com a balada "Fool to cry". (AMAURI STAMBOROSKI JR.)

CÉU - "VAGAROSA"
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Gravadora: Universal

Cinco anos depois do lançamento de seu disco de estreia, a cantora paulistana Céu muda de direção e viaja rumo à Jamaica em "Vagarosa". Seu segundo trabalho sai oficialmente no início de agosto pela Universal, mas já circula em blogs musicais para download. No ritmo entorpecente da terra de Bob Marley, a artista imposta a voz e afia o lápis a serviço de uma poesia mais abstrata, como reza a caprichada "Bubuia", com vocais de Thalma de Freitas e Anelis Assumpção. A produção, além da própria Céu, reúne Beto Villares, Gustavo Lenza e Gui Amabis, parceiro da cantora no também instigante projeto Sonantes. Amparada por um time de músicos de primeira, ela desliza à vontade pelas vertentes mais diversas do groove - do samba "Vira-lata", com Luiz Melodia, à lisérgica "Espaçonave", na companhia do guitarrista Catatau (Cidadão Instigado). (LN)

50 YEARS OF ISLAND RECORDS - VÁRIOS
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Gravadora: Universal

O álbum triplo lançado em comemoração ao meio século de existência da Island Records tenta traçar um retrato da eclética gravadora em pouco mais de 50 músicas. Fundado por Chris Blackwell em Kingston, na Jamaica, em 1959, o selo foi transferido mais tarde para Londres. De acordo com a sua trajetória, seu catálogo com raízes no ska e no rock-steady passou a incluir artistas ligados ao rock progressivo e superbandas como os irlandeses do U2, além do pai do reggae, Bob Marley. Os dois primeiros discos reúnem sucessos novos como "Rehab" (Amy Winehouse), e antigos, a exemplo de "Connected" (Stereo MC's). Já o terceiro CD faz um apanhado de covers, como uma versão do The Feeling para "This is love", de PJ Harvey. (LN)

Cantora americana se apresentou no Via Funchal no sábado (18).
Cariocas assistem à performance da musa indie neste domingo (19).

Cat Power se apresentou neste sábado (18) em São Paulo. (Foto: Flavio Moraes/G1)

Palco escuro, vela acesa, incenso queimando. Tudo pronto para a voz de Cat Power rolar macia e acalentar os ouvidos na chuvosa noite de sábado (18), no Via Funchal, em São Paulo.

Em seu primeiro show no país desde o Tim Festival de 2007, a cantora e compositora norte-americana Chan Marshall fez bonito com um repertório repleto de covers, muitos deles desconhecidos, e a mesma banda afiada que a acompanhou em seus shows por aqui há quase dois anos. Desta vez, o The Dirty Delta Blues trouxe um vibrafone na bagagem e não teve medo de ousar nas experimentações, acrescentando a algumas músicas distorções e efeitos.

Veja mais fotos do show

Formado pelo guitarrista Judah Bauer (do Blues Explosion), o tecladista Gregg Foreman (do Delta 72), o baixista e vibrafonista Erik Paparazzi (da Lizard Music) e o baterista Jim White (do Dirty Three), o grupo conferiu peso às interpretações lânguidas de Cat Power. A apresentação começou com um cover de "The house of the rising sun", canção americana que ficou famosa na versão da banda inglesa The Animals em 1964. O clima minimalista e introspectivo do início percorreu todo o espetáculo, que terminou com outra versão. A improvável "Angelitos negros", de Andres Eloy Blanco e Manuel Alvarez Maciste, gravada pela cantora de soul Roberta Flack em 1969, foi escolhida para encerrar a apresentação, depois de um generoso bis. 

Do repertório já gravado pela cantora, outras boas versões foram "Sea of love" (1959) – famosa na voz de Robert Plant, vocalista do Led Zeppelin, e de Tom Waits -, presente no disco "The covers Record (2000), e ainda as belas interpretações lançadas no álbum "Jukebox" e no EP "Dark end of the street" (ambos de 2008). A voz sussurrada e ao mesmo tempo potente de Cat Power é capaz de dar novos ares a clássicos absolutos como "New York, New York", imortalizada por ninguém menos do que Frank Sinatra, e até mesmo a canções interpretadas por divas do jazz, como é o caso de "Don't explain", gravada por Billie Holiday e Nina Simone. "A woman left lonely", "Lord, help the poor and needy", "Lost someone" e "Ramblin' (wo)man" também garantiram excelentes momentos.

Cantora manteve o foco no álbum 'The greatest'

Quem esperava ouvir canções antigas do repertório autoral pode não ter saído muito satisfeito. A exemplo dos shows que fez no país da última vez, Cat Power manteve o foco no álbum "The greatest" (2006), gravado com o guitarrista de Al Green, Teenie Hodges. Talvez por isso o trabalho tenha um certo perfume de soul music, e essa pegada "vintage" também se sobressai ao vivo. Além da faixa-título, incluída na trilha do filme "Um beijo roubado", do chinês Wong Kar-Wai, fizeram parte do show na capital paulista, entre outras, "Lived in bars" e "The moon".

A sonoridade elegante, um misto de blues, country, folk e rock, compensa a falta de comunicação da estrela durante o show. Na noite de sábado (18), tudo o que Cat Power disse foi um tímido "oi". A boa notícia é que a musa indie continua linda, e ainda faz de suas coreografias um charme a mais na apresentação.

 Studio 2002

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