Archive for outubro 2020

ENCAMINHADA 


*𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐚𝐥𝐠𝐨 𝐩𝐫á𝐭𝐢𝐜𝐨 𝐞 𝐡𝐨𝐧𝐞𝐬𝐭𝐨 𝐝𝐨 𝐂𝐡𝐞𝐟𝐞 𝐝𝐚 𝐂𝐥í𝐧𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐞 𝐃𝐨𝐞𝐧ç𝐚𝐬 𝐈𝐧𝐟𝐞𝐜𝐜𝐢𝐨𝐬𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐔𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐫𝐲𝐥𝐚𝐧𝐝, 𝐄𝐔𝐀:*

1. Talvez tenhamos que morar com o C19 por meses ou anos. *Não* vamos negar ou entrar em pânico. *Não* vamos tornar nossas vidas inúteis. *Vamos aprender a conviver com esse fato.*

2. Você *não pode destruir* os vírus C19 que penetraram nas paredes das células, bebendo galões de água quente - você *só vai* ao banheiro com mais frequência.

3. *Lavar as mãos é o melhor método* para sua proteção.

4. Se você *não tem* um paciente C19 em casa, *não há necessidade* de desinfetar as superfícies da sua casa.

5. Cargas embaladas, bombas de gás, carrinhos de compras e caixas eletrônicos não causam infecção. *Lave as mãos,* viva sua vida como sempre.

6. C19 *não é uma* infecção alimentar. Está associado a *gotas de infecção* como a gripe. *Não* há risco demonstrado de que o C19 seja *transmitido* pelos alimentos.

7. Você *pode* perder o sentido do olfato com muitas alergias e infecções virais. Este é *apenas um sintoma* inespecífico de C19.

8. Uma vez em casa, você *não precisa* trocar de roupa com urgência e tomar banho! Pureza é uma virtude, *paranóia não é!*

9. O vírus C19 *não está* no ar. Esta é uma infecção respiratória por gotículas que requer *contato próximo.*

10. O ar está limpo, você *pode caminhar* pelos jardins, pelos parques, apenas *evite aglomerações.*

11. É suficiente usar *sabão normal* contra C19, não sabão antibacteriano. Este é um *vírus, não uma bactéria*.

12. Você *não precisa* se preocupar com seus pedidos de comida. Mas você pode aquecer tudo no microondas, se desejar.

13. As *chances* de levar o C19 *para casa* com os *sapatos* são *como ser atingido* por um raio duas vezes por dia. Trabalho contra vírus há 20 anos - as *infecções* por gota *não* se espalham assim!

14. Você *não pode* ser protegido contra o vírus tomando vinagre, suco de cana e gengibre! Estes *são para imunidade*, não para cura.

15. Usar uma máscara por longos períodos *interfere* nos *níveis de respiração* e oxigênio. Use-o *apenas* na multidão.

16. Usar *luvas* também é uma *má idéia*; o vírus pode se acumular na luva e ser facilmente transmitido se você *tocar em seu rosto.* Melhor *apenas* lavar as mãos regularmente.

17. A *imunidade* é muito enfraquecida ao *permanecer sempre* em um ambiente estéril. Mesmo se você comer alimentos que aumentam a imunidade, *saia regularmente* de sua casa para qualquer parque / praia. A *imunidade é aumentada* pela exposição a patógenos, não por ficar em casa e consumir alimentos fritos / condimentados / açucarados e bebidas gaseificadas, e não praticar atividades físicas.

      👍🏻. 👍🏻. 👍🏻.  

É esse tipo de notícia que temos que podemos compartilhar....
Utilidade Pública!!!
Se o vírus está proliferando, então vamos proliferar boas ideias e boas dicas também!

Uma bela história para se conhecer!
Falcão e o poeta Mário Quintana (Parte 1)

Mario Quintana  observa as suas malas nas ruas de Porto Alegre. O Hotel Majestic mostrou ao passarinho o olho da rua. Passarão. É a miséria chegando absoluta nesse relativo universo dos poetas. Poetas não foram feitos para a riqueza, quando muito podem conquistar uma princesa com seus versos. Depois voltam ao pântano.

Porto Alegre nunca parecera tão fria e deserta. Um vento sopra do Guaíba e encobre toda a cidade em salinas. Não olhe prá trás. Uma cidade que expulsa um poeta pode te transformar em estátua de sal. Da primeira vez que me feriram.

Mario está só. O Correio do Povo faliu. O passado faliu. As palavras faliram. Como diria o Érico, um imenso megatério se ergue na província rumo aos céus. Um império sem homens e sem sentimentos. O porteiro aproveita e sacode um agasalho que tinha ficado no quarto.

“Toma, velho!”

Mario recita ao porteiro: A poesia não se entrega a quem a define.

Mario Quintana estava só.

Cadê os passarinhos?

A sarjeta aguardava o ancião.

Cadê os passarinhos?

Paulo Roberto Falcão fora avisado do acontecido com Quintana. O Internacional cobre de vermelho os Pampas. Quando passa em frente ao Hotel Majestic, Falcão observa aquela cena absurda, patética, inglória. Tudo o que sai impresso é epitáfio. Falcão estaciona e caminha até o poeta com as malas na calçada.

Cadê os passarinhos?

“Sr. Quintana, o que está acontecendo?”

Mario ergue os olhos e enxuga uma lágrima. Ah, essas patéticas lágrimas que insistem em povoar os olhos dos poetas. Quisera não fossem lágrimas, quisera eu não fosse um poeta, quisera ouvisse os conselhos de minha mãe e fosse engenheiro, médico, professor. Mas ninguém vive de comer poesia.

“Sr. Quintana, o que está acontecendo?”

Mario lhe explica que o dinheiro acabou. Está desempregado, sem família, sem amigos, sem emprego. Restaram apenas essas malas nas ruas de Porto Alegre e esse agasalho sacudido pelo moço que trabalha na portaria.

Os passarinhos se foram no inverno de Porto Alegre. Mario observa Falcão colocando suas malas dentro do carro em silencio. Em silencio, Falcão abre a porta para Mario e o convida a sentar. No silencio de duas almas na tarde fria de Porto Alegre, o carro ruma na direção do arquipélago, na direção do infinito. Ser poeta não é dizer grandes coisas.

Falcão para o carro no Hotel Royal, desce as malas, chama um dos empregados:

“O Sr. Mario agora é meu hóspede!”

“Por quanto tempo, Sr. Falcão?”

Falcão observa o olhar tímido e surpreso do poeta e enquanto o abraça comovido, responde:

“Por toda a eternidade”.   O poeta faleceu em 1994. 

Todos esses que aí estão.

Atravancando meu caminho.

Ele Falcão!

Eu passarinho!  

#MaisMemória

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