Archive for 06/01/11


Adele (Getty Images)
Adele
Pense em Britney, Rihanna, Christina Aguilera, Beyoncé e Katy Perry e é impossível não lembrar de inúmeras fotos e clipes com imagens sexy, decotes, olhares sacanas, situações erotizadas, esfregações mil e outras características calientes.
Pense agora em Adele no clipe de Rolling In The Deep: acima do peso, com roupas discretas e cabelo preso de maneira sóbria. Sentada numa cadeira, ela canta, e "apenas" canta. 
A música dessa moça de quem não vemos nem um centímetro da coxa vem avançando como um rolo compressor nas paradas mundiais. No Reino Unido, seu álbum 21 ficou 15 semanas das últimas 17 em primeiro lugar na parada, batendo o recorde de Madonna. Nos EUA, onde está atualmente em número um, ela já vendeu mais de 350 mil cópias de 21.
O álbum também chegou em primeiro nas paradas do Brasil, Alemanha, Áustria, Austrália, Bélgica, Canadá, Escócia, Holanda, Irlanda, Noruega, Nova Zelândia e Suíça.
Richard Russell, fundador da gravadora que contratou Adele, a XL, disse ao jornal inglês Guardianque a cantora tem potencial para mudar a maneira como as mulheres são promovidas pela indústria fonográfica. 
Para Russell, Adele rompe com um padrão de artistas mulheres super-sexualizadas que dominou as paradas nos últimos anos e que, segundo ele, trouxe música "tediosa, vulgar e sem originalidade". 
"A mensagem com a Adele é que é só música, é só música boa de verdade. Nada mais", definiu o executivo. "Sem truques, sem vender sexualidade. Eu acho que no mercado americano, em particular, eles chegaram à conclusão de que é isso que você precisa fazer..."

A própria Adele, em entrevista à revista inglesa Q, enfatiza que sua pegada é outra: "Não consigo me imaginar usando armas e ter chantilly espirrando dos meus peitos [a la Katy Perry em California Gurls]. Mesmo se eu tivesse o corpo da Rihanna, eu ainda estaria fazendo a música que faço e isso não combina."
Mas até aquelas que sempre investiram muito na sensualidade estão se rendendo ao poder de Adele.
A Pussycat Doll Nicole Scherzinger interpretou o hit Rolling In The Deep numa festa em Monte Carlo. E, pra quem achava que Nicole era mais gostosura do que voz, ela até que segura bem a onda de uma música nada fácil de cantar. Veja abaixo como ela se saiu:


A Samsung aproveitou uma característica conhecida do Ozzy Osbourne para a propaganda doSamsung Proper. No reclame, Ozzy vai falando com várias pessoas e ninguém entende nada (bem parecido com a vida real) e para se fazer entender, o cantor utiliza seu celular, digitando rapidamente as frases e enviandos para seu interlocutor.
O comercial não chega a ser uma novidade, mas é divertido e vale a pena.


computer (Getty Images
computer
A relação entre fãs de música que baixam faixas na web e os figurões da indústria fonográfica está ficando cada vez mais complicada. Ann Muir, de 58 anos, foi condenada na Escócia a três anos de liberdade condicional após admitir o download ilegal de cerca de 54 mil libras em música.
As atividades de Ann na internet foram alvo de uma investigação da British Phonographic Industry e da International Federation for the Phonographic Industry. De acordo com o The Guardian, Ann foi presa pela polícia local depois que foi encontrado em sua casa um arquivo com mais de 7 mil músicas em formato digital e 24 faixas de karaokê.
Os advogados de Ann argumentaram que as músicas não foram baixadas para uso comercial, mas mesmo assim a enfermeira foi condenada a três anos sob regime de liberdade condicional.
Em um comunicado oficial, a British Phonographic Industry afirmou que ficou satisfeita com a condenação. "Estamos felizes que os tribunais reconheceram que o compartilhamento ilegal de arquivos na internet em grande escala é um problema seríssimo. Esperamos que essa condenação evite que esse tipo de comportamento continue sendo aceito".

Por Regis Tadeu
Nesta altura do campeonato, eu e você já sabemos o que é A Banda Mais Bonita da Cidade e sua única música conhecida, “Oração”. Mas o que me deixou mais espantado foi como o vídeo desta canção  na verdade, um plágio descarado do clipe de “There’s an Arc”, do sexteto canadense Hey Rosetta! – conseguiu encantar tantas almas carentes. Talvez esta carência coletiva precise mesmo de um grupinho de amigos fofinhos, cantando dezenas de vezes uma mesma estrofe enquanto dão um rolê por uma casa que mais parece uma república de estudantes de alguma universidade no interior do Paraná, tudo como agente catalisador de uma pretensa “felicidade coletiva”, como se a vida fosse uma “festa de firma” universitária. Neste caso, o problema está justamente nas pessoas que deram crédito a esta pataquada.

Em uma época em que até o Ministério da Educação e Cultura imprime livros que incentivam erros de gramática, parece claro que, além de um processo de emburrecimento geral da população deste país, estamos assistindo também à “bundamolização” da música brasileira. Só isto explica coisas como Mallu Magalhães, Los Hermanos e outros grupos igualmente desafinados. Agora temos também A Banda Mais Bonita da Cidade e seu som zumbificante e plasticamente alegre, “cheirando a café quentinho e bolo de fubá”.

O que é mostrado no vídeo é, infelizmente, uma parte do retrato de uma grande parcela da juventude universitária brasileira. Uma outra parte, salvo raríssimas exceções, não passa de um bando de bebedores de cerveja quente e de meninas mais preocupadas em arrumar baladas para o final de semana. Duvida? Experimente passar perto de qualquer faculdade de uma metrópole como São Paulo e veja a quantidade de gente vagabundeando nos bares ao redor – em qualquer horário! E não adianta usar a desculpa de que “juventude é assim mesmo”. Não é e nem deveria ser.

Assistindo a este insuportável trambique, fiquei com a sensação de que o tal clipe também prega uma volta aos “bons tempos”, em que pseudohippies de boutique usavam sandália de couro e barbinha “fundo de piscina infantil” e tinham no violão – sempre desafinado – uma arma para levar para a cama meninas vestindo batas indianas e alpargatas com espelhinho. Deus me livre disto!

E como se não bastasse a música aparentar ter a duração de uma aula de Educação Moral e Cívica – quem tem mais de 40 anos de idade lembra o suplício que era assistir a este troço, empurrado goela abaixo de crianças inocentes por um governo militar inescrupuloso -, a canção tem uma letra absurdamente miserável, que sugere que seu autor tenha passado recentemente por uma lobotomia. Qual a outra explicação para “Meu amor essa é a última oração/pra salvar seu coração/coração não é tão simples quanto pensa/nele cabe o que não cabe na despensa/cabe o meu amor!/cabem três vidas inteiras/cabe uma penteadeira/cabe nós dois”? A chatice e a infindável sucessão de sorrisos artificiais aumentam ainda mais a panaquice reinante.

Até mesmo a tentativa de convencer as pessoas de que tudo foi filmado em um único plano é uma farsa. Na verdade, as pessoas não se importam mais em serem enganadas. E elas até pagam para isto – tem gente que saiu de casa na semana passada, em uma noite de frio, para assistir a um “show” em playback da 79ª encarnação embusteira do Village People, não é mesmo?

Ando desconfiado que o mundo acabou mesmo na semana passada. A gente é que ainda não se ligou disso…

Regis Tadeu é editor das revistas Cover Guitarra, Cover Baixo e Batera, diretor de redação da Editora Aloha, crítico musical/jurado do Programa Raul Gil e apresenta/produz na Rádio USP (93,7) o programa Rock Brazuca. Publicado no Zwela Angola com a permissão do Autor
Fonte



Artista: Ace of Base
Álbum: Dr. Beat
Lançamento: 2011
Gênero: Pop | Dance
Qualidade: MP3 | 320 kbps
Tamanho: 109 MB


Tracklist:
01. Go, Go, Go (Dr. Beat)
02. Cuba Cuba Libre
03. No Good Lover (Reggae Version)
04. Girl in The Line
05. Would You Believe (Summer Version)
06. Love in December (Alternate Version)
07. Beautiful Morning (Original Demo Production)
08. L’ Amour (Original Version)
09. Don’t Stop
10. Come To Me
11. The Challenge
12. Young and Proud (Demo Version)
13. Love in December (Final Version)

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