Archive for 08/23/11


São 11 anos de carreira e o carioca @JayVaquer, de 36 anos, se encontra num limbo entre o alternativo e o mainstream. "Acho que eu fico flutuando no meio desses mercados. É duro", confessa o músico. Perdido entre dois mundos, o filho de músicos - sua mãe é a cantora paraense Jane Duboc -, ele sobrevive como pode, mantendo-se compondo e, sempre que possível, gravando.
"Umbigobunker!?" é o nome de seu quinto álbum de estúdio, sexto da carreira, lançado agora pelo selo carioca de música alternativa Lab 344 - é o primeiro artista nacional da empresa que trouxe para o Brasil, recentemente, os últimos trabalhos de Friendly Fires, Two Door Cinema Club, Anna Calvi e Warpaint. "Eles foram ótimos comigo e estão fazendo o possível", elogia Vaquer.
Contando com os discos de inéditas e o ao vivo, "Alive in Brazil" (2009), a média é de um disco em menos de dois anos. Mas, ainda assim, diz o músico, é pouco perto do fluxo natural de composições. "Existe uma defasagem muito grande entre a criação e o tempo que eu levo para colocar todo esse bloco na rua", explica.
"Num processo natural, sem forçar, sem parar e me dedicar só a isso, componho cinco músicas que me agradam em seis meses. Então, faça as contas, em dois anos, tenho 20 músicas prontas para gravar", diz. Para o "Umbigobunker!?" ele se viu diante de 40 canções, e reduziu esse número para 14. "Eu sinto necessidade de abrir essas comportas, mas nem sempre é possível", lamenta Vaquer.
O disco foi produzido pelo badalado Moogie Canazio, que já trabalhou com um leque de importantes artistas nacionais, como Maria Bethânia, Caetano Veloso e João Gilberto. O produtor e o músico se conheceram em 2007. "Ele falou que queria trabalhar comigo", conta Vaquer. Na ocasião, ele estava lançando o álbum "Formidável Mundo Cão", lançado pela EMI. A parceria emplacou no novo álbum. "Ele foi incrível! Passou o orçamento para que gravássemos na Califórnia (EUA). Era mais barato do que eu imaginava".
Na música "Do Nada, Me Jogaram aos Leões", Vaquer conta com a participação da cantora Maria Gadú. "Ela uma vez me disse que se amarrava no meu som e pensei nela nessa música. Ela tem uma veia pop rock também, que transparece nos shows", diz ele. No restante do disco, Jay Vaquer destila seu potencial vocal, indo de agudos a graves com constante eficiência. Canta seus versos incomuns e ácidos. "Meu Melhor Inimigo", canção que abre o disco, mostra esses dois estilos do cantor e compositor. Numa curva de crescimento, ele vai do quase sussurro até o ápice, numa interpretação vigorosa do refrão. As informações são do Jornal da Tarde.



Faixas do CD Umbigobunker!? / Lista das Músicas:

1. Meu Melhor Inimigo
2. Dia Desses
3. Ah, Mas Bem Que Você Gosta (Coprófaga)
4. Personal Saturno, Jupiter Privé
5. Umbigobunker!?
6. Do Nada, Me Jogaram Aos Leões
7. Se É Que Sonhei (Aquele Sonho “Esquizo”)
8. Fabulosa Santa Que Pariu
9. Presença Hecatombe
10. Ritual Da Chuva Seca
11. E Assim, Saltar
12. Quase Linda História De Amor


Parece que foi ontem que ecoava por aí o refrão-chiclete “entre razões e emoções, a saída é fazer valer a pena”. Mas a música, “Razões e emoções”, primeiro grande sucesso dos rapazes do NX Zero, já tem seis anos. E, naquela época, eles nem imaginavam o que estava para acontecer. Comemorando a primeira década da banda, Di Ferrero (voz), Gee Rocha (guitarra), Dani Weksler (bateria), Caco Grandino (baixo) e Fi Duarte (guitarra) falam com carinho do início da carreira, e, a convite do EXTRA, pontuam momentos marcantes desses dez anos (veja no quadro os depoimentos).
— Nossa, tão bom lembrar dessas coisas, contar agora depois de tanto tempo! — comemora Di, entre uma história e outra.
Lançando o CD e DVD “Multishow ao vivo — NX Zero 10 anos”, que chega às lojas amanhã (hoje à noite, o show ainda inédito, gravado em maio em São Paulo, será exibido no canal por assinatura, às 19h), os músicos não são mais os moleques que eram quando começaram.
— Todos nós, quando garotos, trabalhamos na Teodoro (rua famosa em São Paulo com lojas de instrumentos musicais). Fui crente que ia aprender mais sobre música, ia tocar alguma coisa e tal. Nada... Era só para vender! Aí eu peguei minha mochila e fui embora uma semana depois, nem pedi demissão (risos) — conta Di, que, antes do NX, montou com Gee, seu amigo mais antigo entre os integrantes, outras quatro bandas.

Casamento à vista
 
Todos por volta dos 25 anos e compromissados, com exceção de Caco (“Mas não estou procurando, não. Estou bem”, avisa), eles viraram gente grande. E até pensam em ter filhos!
— Planejamos ser pais ao mesmo tempo para as crianças crescerem juntas — explica Di, que namora há dois anos a atriz Mariana Rios: — Por enquanto ainda não dá, mas assim que for possível a gente vai morar junto.
O motivo que impede os pombinhos de dividirem o mesmo teto agora é simples: trabalho. Mês que vem, por exemplo, a banda vai estar no palco principal do Rock in Rio, evento que volta à cidade depois de dez anos (olha a coincidência!).
— Fui no de 2001, em três dias. Mas queria mesmo era ver Foo Fighters. Nossa! Chorei, passei mal de emoção. Agora, saber que vamos nos apresentar lá, no mesmo lugar... Caramba. A ficha ainda não caiu direito — diz Dani, casado desde dezembro com a cantora Pitty.
O show da banda no festival vai durar 50 minutos, só com os grandes sucessos no repertório.
— Quem já tocou no Rock in Rio costuma dizer que o mais difícil é entrar no palco, porque trava. Tem gente que tem que ser empurrada — conta Gee, preocupado.

Ontem e hoje: dez anos de carreira do NX Zero

“Por mais que eu acreditasse que a banda poderia dar certo, às vezes eu achava que não ia rolar, que a gente estava no caminho errado. Hoje vejo que estava errado. O sucesso trouxe muitas coisas legais, mais do que chatas. Noutro dia, meu porteiro “cabeção” ligou pra minha casa às 4h da manhã porque tinha uma galera gritando na rua. Fiquei incomodado, é um excesso de carinho, né? Mas a parte boa da minha vida, hoje, é tão grande que isso nem chega a ser ruim”
DI FERRERO




 “Meu pai morreu quando eu era pequeno, minha mãe criou três filhos sozinha. Lembro de a gente passar por muitos perrengues. Desde que nasci, nunca tinha tido uma casa própria. Hoje eu tenho e ajudo minha família. Quando penso em como era minha vida e como ela é agora, esse é o maior baque. Eu não tinha dinheiro para comprar uma guitarra. A minha primeira consegui vendendo um baixo que tinha ganhado de presente um músico amigo meu mais a guitarra que o Di tinha. Aliás, estou devendo até hoje uma guitarra a ele... (risos)”
GEE ROCHA


“Antes, as pessoas subiam no palco para cantar ou dar um ‘mosh’. Agora, sobrem para arrancar cabelo, agarrar. Hoje em dia eu não tenho mais uma vida normal. Me culpo às vezes por acordar às 14h, mas fazer o quê? Nossos horários são diferentes, não temos hora para começar e terminar de trabalhar. ”
DANI WEKSLER



“Antigamente, a gente montava e desmontava tudo, pegávamos equipamentos e até instrumentos emprestados. Hoje não... Temos toda uma equipe, uma estrutura. Tenho mais de uma guitarra, e consegui já comprar um amplificador! (risos) Tudo isso é ótimo! Mas às vezes sinto falta do convívio com outras bandas. Fora isso, estamos mais velhos hoje, a responsabilidade aumentou. E nossos fãs cresceram... Noutro dia, umas meninas foram em um estacionamento onde estávamos e falaram que só estavam dando uma passada, já que hoje em dia elas não têm mais tempo para ficarem nos seguindo por aí porque estão na faculdade (risos)”
FI DUARTE


“Desde garoto tive banda, sempre quis ser profissional. E aconteceu, deu certo. Mas acho engraçado chamar de trabalho uma coisa que faço sem esforço algum, que faço com tanto gosto. Lembro quando, em 2007, falaram que nós não dividiríamos mais um quarto de hotel, que cada um teria o seu. Nossa! Para os outros isso foi muito bom, mas eu não me dou bem sozinho. Demorei a me acostumar (risos)”
CACO GRANDINO

A família de Amy Winehouse divulgou nesta terça-feira (23) um comunicado afirmando que exames toxicológicos realizados no corpo da cantora não apontaram a existência de drogas ilegais em seu organismo. Segundo a agência de notícias Associated Press, os testes indicaram a presença de álcool, mas isso ainda não é determinante para explicar a morte da artista.
Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres, no dia 23 de julho. Ela tinha 27 anos. Uma necrópsia foi realizada no dia 25 do mesmo mês não conseguiu, na época, determinar as causas da morte da cantora inglesa. Amostras de sangue e tecidos foram colhidas para analisar a presença de drogas, álcool ou outras substâncias suspeitas no corpo de Amy.
Segundo a BBC, o resultado do inquérito policial sobre as circunstâncias da morte não sairá antes 26 de outubro.

Biografia

A artista nasceu na capital inglesa, em uma família judia. Começou a ouvir jazz quando criança e formou a primeira banda aos dez. Filha de uma farmacêutica e de um motorista de táxi, com o qual tinha uma relação conturbada, ela cresceu na área de Southgate, no norte de Londres. Seus tios maternos eram músicos de jazz profissional.
Aos 16 anos, Amy passou a cantar profissionalmente. O primeiro disco, "Frank", foi lançado quando ela completou 20 anos e produzido por Salaam Remi. O segundo trabalho, "Back to black", saiu em 2006. O disco foi produzido por Mark Ronson e tinha como banda de apoio os Dap Kings, que também se apresentaram recentemente no Brasil.
Foi "Back to black" que consagrou a cantora. O trabalho lhe rendeu cinco prêmios Grammy, o Oscar da música internacional.

Momentos antes de o São Paulo apontar no túnel, o som do badalo dos sinos, acompanhados de uma guitarra, aumentam nos alto-falantes do Morumbi. “Hell's Bells”, da banda australiana AC/DC, é o sinal pedido pelo goleiro Rogério Ceni para que o time pise no gramado com força para as partidas. E esta é só uma das características do que rola antes dos jogos no estádio são-paulino. E que variam de acordo com a região do país e do clube.
Agradar aos torcedores antes das partidas é a intenção dos DJs que controlam o sistema de som das arenas pelo país. Não é uma tarefa fácil, pois, em um jogo de futebol, diferentes estilos de pessoas circulam pelo estádio. O próprio Morumbi é um exemplo.
Depois de anos tocando pagode e axé e receber inúmeras reclamações das arquibancadas, o São Paulo decidiu criar um critério para o seu “set list”. Segundo Juliana Carvalho, diretora adjunta de comunicação do Tricolor, o torcedor que for ao Morumbi ouvirá artistas que fizeram shows no estádio e aqueles que são assumidamente fãs do clube.
- Agora sentimos que funciona bem. Acompanhamos as reações pelas redes sociais e recebemos muitos elogios. Foi uma maneira que encontramos para agradar mais o torcedor – explicou Juliana.
Nesta linha, o Morumbi toca desde a musa pop Beyoncé até Ramones, passando por Ultraje a Rigor e Nando Reis. Artistas com estilo bem distinto do que é tocado no Pacaembu, estádio que recebe as partidas de Corinthians, Palmeiras e, eventualmente, Santos.

 Samba, rock, funk e pop: DJs colocam torcedores para dançar ou reclamar nos estádios (Foto: Arquivo Pessoal)

- Aqui é mais sambinha, um pouco de Chico Buarque, Tim Maia... Não tocamos muito sertanejo porque as músicas costumam ser tristes. Mas sabemos que não agradamos todo mundo, né? – comentou Marcelo Castro, responsável pelo som do Pacaembu há 27 anos.
E deixar um estádio inteiro feliz não é mesmo fácil. No dia em que o GLOBOESPORTE.COM esteve no Pacaembu, antes de uma partida do Corinthians contra o América-MG, as músicas melosas de Alexandre Pires ecoaram insistentemente nas caixas de som.
- Essa música é horrível, para dizer o mínimo – reclamou o torcedor Diógenes de Mendonça.
Se as escolhas do DJ de plantão não agradam o torcedor, o contato com o profissional pode amenizar a cara feia na hora de uma música. Em São Januário, 12 caixas de som foram espalhadas pela arena. E Márcio, funcionário de uma empresa contratada pelo Vasco, fica entre os jogadores e os fãs do alambrado, na beira do campo. Os torcedores até gritam para pedir músicas ao DJ, que, de lá, solta "São Januário, meu Caldeirão", executada pela Banda Almirante 21, além de muito house e dance.

- Começamos a noite com músicas mais calmas e vamos aumentando o ritmo conforme a torcida vai chegando. De vez em quando tocamos o que eles pedem. Tem um MC da torcida organizada que me entregou um CD e tocamos também. Era um funk sobre o Vasco. Depois tocamos as músicas que exaltam o clube, desde samba até os funks do MC Charles.
Na Vila Belmiro, alguns torcedores também conseguem autorização para suas músicas de adoração ao Santos. Elas são espalhadas pelos cinco mil watts de potência do estádio por Paulo Roberto Gonçalves, diretor da Rádio Local há 19 anos.
- Aqui nós tentamos tocar o que não incomode o torcedor. Música é entretenimento para quem chega cedo. Procuro tocar bastante músicas dos anos 70 e 80, samba... Só não posso tocar funk porque o pessoal do Conselho Deliberativo reclama – afirmou o DJ, que só muda o ritmo para a entrada das Alvinegras da Vila, “cheerleaders” do Peixe.

Ipatingão e Beira-Rio e os privilégios aos grupos locais


  Mas se em Santos o tom é mais eclético, no Beira-Rio o som é predominantemente roqueiro. Os torcedores costumam aguardar os jogos ao som de Beatles, Rolling Stones e outros ícones do gênero. Também há muito espaço para o rock gaúcho, especialmente com bandas identificadas com o clube - casos, por exemplo, de Acústicos e Valvulados e Nenhum de Nós.

O Inter tem uma especificidade musical. É um clube com uma banda própria. O Ataque Colorado é um grupo criado especialmente para compor e tocar canções de incentivo ao Inter. Virou moda na torcida e, consequentemente, a trilha mais habitual no Beira-Rio. O apoio a Guiñazu, por exemplo, é com uma cantoria tirada da banda, que costuma homenagear os principais jogadores do time. Um dos integrantes do Ataque Colorado é Kako Kanidia, justamente o responsável pela escolha das músicas tocadas no sistema de som do Beira-Rio.
- Sabemos que o pessoal gosta disso. É curioso que muita gente nos manda e-mail pedindo músicas. Costumamos atender – disse Kanidia, que até tocou um samba antes da partida do Inter com o Cruzeiro.

O Ipatingão, estádio onde o Atlético-MG mandou os últimos jogos pelo Campeonato Brasileiro e também pela Copa Sul-Americana, é bem bairrista no quesito música. As bandas mineiras Skank e Jota Quest se revezam nos alto-falantes antes do início dos jogos, o que parece agradar bastante os torcedores presentes nas cadeiras e arquibancadas. Não é raro ver alguém cantando e dançando no Ipatingão.
Já na Arena do Jacaré, o sistema de som toca apenas músicas relacionadas com os clubes mandantes. Quando o jogo é do Cruzeiro, várias versões do hino são executadas. Da mesma forma, em partidas do Atlético-MG, músicas criadas por bandas de torcedores são tocadas em altíssimo volume.
Não importa o ritmo, a música sempre está presente nos palcos de futebol e deixa a torcida no embalo para vibrar pelo time do coração. O silêncio é que não tem espaço nestas festas. Aperta o play, DJ!


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