Archive for 10/24/11

Parece exagero, mas pode colocar na ponta do lápis para comprovar. Para bater a marca de "Paula Fernandes ao vivo", é preciso somar as vendas dos discos mais recentes de Exaltasamba, Ivete Sangalo, Caetano Veloso & Maria Gadú, Padre Reginaldo Manzotti e Luan Santana. Em 2011, foram comercializadas 1,25 milhão de cópias do disco da cantora de 27 anos, nascida em Sete Lagoas (MG).

 O CD-DVD de Paula foi gravado em outubro do ano passado em um estúdio paulistano e aposta não só em músicas próprias, mas também em covers de Ivete Sangalo (“Quando a chuva passar”), Roberto Carlos (“Costumes”) e Shania Twain (“Man I feel like a woman”).
Na comparação com CDs de artistas que sempre aparecem nas listas de mais vendidos, Paula mostra com números como foi da fama de "namoradinha de Roberto Carlos" a sucesso de vendas em menos de um ano.

O jornalista Nelson Motta é outro que entra na fila para falar bem de Paulinha, como Roberto a chamou durante o show do fim do ano passado na Praia de Copacabana, no qual ela fez uma participação. Afinal, o que é que a mineira tem? "Uma graça especial, uma combinação de ingenuidade e malícia que encantam, além de cantar muito bem e ampliar seu repertório para além do sertanejo", arrisca.

Ao definir o som da moça, Nelson diz que as músicas são "pop como Ivete Sangalo, que é muito mais do que axé".  Como a maioria dos brasileiros, foi no show de Roberto Carlos em dezembro que ele notou os dotes da cantora. "Foi a primeira vez que a vi. Depois assisti ao DVD e gostei muito. Foi uma 'descoberta' do rei, que é do ramo."
Para o especialista em cantoras Rodrigo Faour, Paula tem timbre “agradável” que não faz lembrar o de suas concorrentes. “Além disso, é uma mulher muito bonita”, elogia o produtor e jornalista, responsável por projetos recentes sobre Leci Brandão, Alcione, Gretchen, Inezita Barroso, Maria Bethânia, Elza Soares e Claudette Soares.

Mas nem tudo é fascínio ao comentar a performance da mineirinha, que usa o rótulo "pop rural" para definir suas canções. “Ela tem uma impostação americanizada e canta músicas parecidas, sempre folk americano. Merecia arriscar em um repertório melhor e em outros gêneros para provar se poderá vir a ser uma grande intérprete”, arrisca Faour.

Em vez de citar alguma precursora do sertanejo, como Roberta Miranda, o produtor menciona uma voz da MPB. “As letras são açucaradas, mais do mesmo. São como as da fase mais popular de Joanna, em que só cantava baladas. É o mesmo de tantas cantoras românticas dos últimos 30 anos", resume Faour, que sente falta de letras mais trabalhadas sendo entoadas por Paula. "Falta um pouco de ideologia por trás do trabalho, algo que caiu em desuso. Ela tem potencial, mas poderia ousar mais", opina.
Enquanto diagnosticam a trajetória da cantora, que já cantou em rodeios e levou músicas a trilhas de novela como "Araguaia" ("Tocando em frente", com Leonardo) e "Paraíso" ("Jeito do mato"), Paula explica seu sucesso de outra forma. Ao saber que havia vendido mais de 1 milhão de discos, ela escreveu no Twitter: "O FOGO a ÁGUA, a TERRA, o AR e as PESSOAS, instrumentos de DEUS, me deram um presente hoje! FÃS de todo o BRASIL, somos 1 MILHÃO DE CÓPIAS!"

Após shows e disco com a banda Take That no ano passado, Robbie Williams anunciou seu nono álbum solo. O cantor inglês agora é contratado da Universal Music, após lançar discos pela EMI.

"Estou emocionado por fazer parte da família Universal, o que eu acho que é o momento mais emocionante da minha carreira", escreveu Williams, em seu blog oficial. O CD mais recente do cantor é "Reality killed the video star", de 2009, que tinha faixas como "Morning sun" e "You know me".

Williams já vendeu cerca de 60 milhões de discos na carreira solo. O novo disco está previsto para setembro de 2012.

É com a mesma voz calma e pausada de sempre que Lenine conta como o canário belga de sua sogra se tornou um dos músicos convidados do disco "Chão", o décimo trabalho de sua carreira, com dez faixas cheias de elementos como o som de passos no chão de brita de seu orquidário e o barulho de cigarras.

O mesmo tom também serve para o cantor pernambucano falar de seu ofício. "Eu não sei fazer nada meia-bomba, cara... Não me permito fazer nada meia-boca, ou mais ou menos. Eu posso não chegar ao que eu quero, mas vou fazer sempre como se fosse a final de um campeonato. As pessoas percebem isso", diz em entrevista ao G1, em um restaurante em São Paulo. Leia o bate-papo completo:

Como a invasão do canto do pássaro nas gravações foi vital para que você criasse o conceito do disco?
Lenine -
É o Frederico, canário belga da minha sogra [ele canta em "Amor é pra quem ama"]. Foi sem querer. Na hora que ouvi, percebi o vazamento. O Bruno [Giorgi, seu filho e produtor do CD] imediatamente chamou a atenção: 'ele [o pássaro] está no tom'. Ele estava sendo imbuído pelo que estava ouvindo. Quando a gente viu isso, descobrimos a pólvora. Os elementos sonoros não têm edição, foram usados de maneira orgânica. Existe a analogia de que discos são como livros de contos. Prefiro achar que "Chão" é um romance.
'Tudo o que me falta, nada que me sobra' foi escrita por meio do bate-papo no Facebook com seu parceiro Lucky Luciano. Como foi isso?
Lenine -
No Facebook, eu só tenho vinte e poucos amigos. Uso um codinome. A ferramenta do bate-papo é fundamental para mim, uso enquanto estou trabalhando. Essa música foi toda feita em um pingue-pong no Facebook. Ele escrevia, eu respondia.

Você mudou de Recife para o Rio há 30 anos. Quanto de Pernambuco você acredita que ainda carrega na sua música? 
Lenine - A gente é formado até os 16 e 17 anos, o resto é burilamento. Primeiro é uma coisa meio tosca, que você vai lapidando. Eu saí do Recife aos 20, 21 anos. É natural que ele esteja ainda comigo. Talvez nem seja a Recife, é uma Recife amorosa impregnada na alma e que vai para onde eu vou. Mas nos 30 anos que estou no Rio de Janeiro, toda minha trajetória tem a ver com a cidade. Sou um cidadão carioca, voto lá. O Rio me deu essa formatação. Tem uma sensação de deslocamento que eu sempre tive por ser um nordestino morando no Rio.

Você já disse que sua 'verdadeira vocação é a composição'. Você se considera mais compositor do que intérprete?
Lenine -
Compor é minha profissão. Eu não me sinto intérprete. Eu sempre cantei o suficiente para interpretar aquilo que compunha e que outras pessoas não cantavam. Eu terminei documentando menos da metade do que eu produzo, se fizesse as contas direitinho. Mas talvez com isso eu tenha preservado meu lado "cantautor". É uma coisa genuína de só fazer aquilo que eu tenho certeza, sabe? Na minha memória, lembro que o Sudeste sorriu amarelo para mim e eu não devolvi esse sorriso. Pensei "Vocês vão ter que me encarar, velho". E mergulhei para fazer o que faço com coerência e justeza das ideias.


E como você vê o esquema de arrecadação no Brasil?
Lenine - Tem anacronismos sérios. Eu como criador quero saber como funciona a arrecadação, mas até hoje não entendo. E eu sou um cara curioso. Tem um fato inconteste. Tudo o que é débito meu eu recebo em casa. Recebo conta de luz, conta de gás... Se não pagar, eu vou ter uma multa. Eles vão me cortar. Por que dos meus créditos eu tenho que correr atrás feito um maluco? Está errado no cerne da questão. Eu não sei quem pode me ajudar, porque já procurei essas respostas. Eu sou um cara interessado, não sou burro.
Entre o começo de carreira, no início dos anos 80, e o primeiro disco solo de sucesso, em 1997, foram quase 15 anos. No que isso foi bom e ruim para você, se comparamos essa trajetória com quem estoura mais rapidamente?
Lenine -
Não sou exemplo, sou exceção. Cheguei ao Rio e estavam surgindo os rocks. Sou da geração do Herbert [Vianna], do Renato [Russo]. Achava que fazia rock. Mas quando cheguei, a turma do rock falava: ‘ah não... é muito MPB’. E a turma da MPB dizia: ‘esse cara é rock n’ roll’. Hoje, o bonito da música brasileira é a promiscuidade, a troca. Não tem nicho. Mas não posso esquecer que teve.

Em conversas com artistas em começo de carreira solo, de Sandy a Fiuk, você é citado entre os preferidos. Pelo discurso, parece que pega bem gostar do som que você faz. Você concorda que existe isso?
Lenine -
 Eu não sei fazer nada meia-bomba, cara... Não me permito fazer nada meia-boca, ou mais ou menos. Eu posso não chegar ao que eu quero, mas vou fazer sempre como se fosse a final de um campeonato. As pessoas percebem isso. Eu sou ingênuo a ponto de acreditar nisso. Tem a ver com esse tipo de coerência, de não ter rodeios. Eu sou um prestador de serviço. Vou até a página oito, depois da página oito... Não me encha o saco não. É o que eu tenho para você. Com o tempo, você adquire uma confiança. Eu batalhei pra c..., cara. Sou um puta cara felizardo, eu não dependo de nada. Eu não dependo de passar naquela televisão ou de tocar naquela rádio...

Mas houve alguma concessão?
Lenine -
Não, eu sou cabeça dura. Também jamais vou ousar ensinar a quem sabe vender como se deve vender. Para mim, música de trabalho é "Lerê, lerê, lerê, lerê, lerê" [canta ‘Retirantes’, de Dorival Caymmi, tema da novela ‘Escrava Isaura’]. Nunca escolhi e não me interessa saber [qual a música será escolhida para ser carro-chefe do disco]. Em contrapartida, jamais me ensinarão como se deve fazer o que faço. 

Noel Gallagher, ex-integrante da banda Oasis, alcançou o topo das paradas britânicas neste domingo (23) com seu primeiro álbum solo, deixando para trás o cantor Matt Cardle. O lançamento do guitarrista e principal compositor da extinta banda de Manchester vendeu mais de 120 mil cópias, 40% a mais do que Cardle.

Misturando o rock do Oasis, influências jazzísticas e um toque de discoteca dos anos 1970, o disco ganhou críticas positivas da mídia britânica. Apresentando-se com o nome de Noel Gallagher's High Flying Birds, que também é o nome do disco, ele vai fazer uma tour pelo Reino Unido, América do Norte, Europa e Japão.

Gallagher deixou o Oasis em 2009, afirmando que não era mais possível trabalhar com o irmão Liam, vocalista da banda. O Oasis foi uma das bandas britânicas de maior sucesso nos últimos 20 anos.
Na parada de singles, Rihanna está no topo com "We Found Love".

Chris Martin criticou letras das músicas do Coldplay em entrevista ao site da revista "NME", em nota desta sexta-feira (21).

"Eu sei que nossas letras são uma grande m...", disse o cantor. Ele defendeu os versos de "Charlie Brown", faixa do quinto disco do grupo. "Mylo xyloto" será lançado nesta segunda-feira (24).

"Eu gosto bastante da letra dessa", disse Martin. "Charlie Brown" tem trechos (em tradução livre) como "Roubei uma chave / Peguei um carro no centro da cidade / Onde meninos perdidos se encontram " e cita expressões como "sonhos de espantalho", "brilhar no escuro" e "coração de desenho".

O frontman do Maroon 5, Adam Levine, fez uma declaração polêmica no Twitter. O músico deu um ultimato à Fox News, pedindo que não tocasse a música da banda sem autorização.

“Querida Fox News, não toque a nossa música no seu maldito canal nunca mais, obrigado”, publicou na rede social. Ainda não se sabe com certeza o motivo do desabafo, mas especula-se que o vocalista não tenha gostado nada de ver uma música da banda sendo usada em campanhas eleitorais.

O comentário de Levine recebeu uma resposta a altura de Greg Gutfeld e Andy Levy, apresentadores do programa "Red Eye". "Querido Adam, isso não é música", alfinetou o primeiro. "Querido @AdamLevine, não faça música de merda nunca mais, obrigado", publicou Levy, bem menos sutil.

No início do ano, artistas como Tom Petty, Katrina and the Waves e David Byrne também reclamaram com o canal sobre a utilização de suas músicas e essa não é a primeira vez que o vocalista arruma confusão com uma emissora de TV no Twitter. Em agosto, às vésperas do MTV Video Music Awards, o músico escreveu: "o VMA é o único dia do ano no qual a MTV finge que ainda fala de música."

Related Posts with Thumbnails