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Elis Regina morreu em 19 de janeiro de 1982, vítima de overdose de cocaína e álcool. Foto: Arquivo Pessoal/ Trama/Divulgação
Elis Regina morreu em 19 de janeiro de 1982, vítima de overdose de cocaína e álcool

Elis Regina, a eterna Pimentinha, é considerada a maior cantora brasileira de todos os tempos. Dona de uma personalidade única, Elis morreu em 19 de janeiro de 1982, aos 36 anos, vítima de uma mistura fatal de cocaína e álcool. Deixou três filhos: João Marcelo Bôscoli, Pedro Mariano e Maria Rita, que na época tinham 12, 7 e 5 anos, respectivamente.
Nascida em Porto Alegre, Elis Regina começou sua carreira aos 11 anos, em um programa de rádio para as crianças. Aos 16 lançou seu primeiro disco, mas foi na década de 60 que surgiu a grande estrela, com uma presença de palco inconfundível. Sucesso nos tradicionais festivais nacionais, conquistou o Brasil ao cantarArrastão no Festival de Música na TV Excelsior e, no final da década, se lançou no exterior.
Após conquistar o público europeu, Elis conseguiu um feito e se tornou a primeira artista a se apresentar duas vezes no mesmo ano no Olympia, a mais antiga e famosa casa de espetáculos de Paris, na França. Na década de 70 e início de 80 se consolidou como a maior cantora do Brasil e causou polêmica. Foi nessa época que ela disse a histórica frase: "neste País só duas cantam, a Gal (Costa) e eu".
Engajada na política, não chegou a ser exilada e sua enorme popularidade a livrou da prisão e tortura, mas não de "acertar" as contas com o exército. Ela foi obrigada a cantar o Hino Nacional no estádio, revoltando a esquerda brasileira. Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), Elis participou de reuniões no Congresso e chegou a ser presidente da Assim, Associação de Intérpretes e Músicos.
Homenagens
Nesta quinta-feira (19), a morte da Pimentinha completa 30 anos e o que não falta é homenagem. Será lançado um disco de raridades da cantora, que terá no repertório a inédita Comigo É Assim, encontrada como sobra de outro álbum nos arquivos da gravadora Universal.
Maria Rita, a caçula - que desde o início da carreira é comparada à mãe, principalmente pela voz e trejeitos -, lançará um show com repertório apenas com músicas de Elis que terá a primeira apresentação no dia 17 de março, em São Paulo, antes de seguir para Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre.
O projeto Viva Elis, encabeçado pelos filhos, reúne também uma exposição multimídia, com vídeos, fotos, discos, roupas, objetos pessoais e acervo de documentos. Depois de rodar algumas cidades do País, a ideia é abrigar esse acervo no Instituto Elis Regina, que será criado em São Paulo, Rio de Janeiro ou Porto Alegre. Um livro também será escrito por Allen Guimarães, que reuniu pesquisas e entrevistas da cantora.

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