Archive for 11/24/11


Vocalista do Queen vai ganhar cinebiografia estrelada por Sacha Baron Cohen, intérprete de "Borat"


Morte de Freddy Mercury completa 20 anos, mas sua fama se mantém Divulgação/Blog Orelhada
Freddy Mercury hoje teria 65 anos

Esta quinta-feira marca o aniversário de 20 anos da morte de Freddie Mercury, que morreu em 1991 vítima de Aids. O tempo passou, mas a estrela do carismático líder do Queen brilha com mais força do que nunca e seus companheiros continuam vivendo de seus antigos sucessos.
A mítica banda de rock britânica, que completa 40 anos em 2011, está entre as que venderam mais discos em todos os tempos – cerca de 300 milhões, segundo fontes, a maioria nas últimas duas décadas, ou seja, após a morte de Mercury.
O guitarrista do Queen, Brian May, e o baterista, Roger Taylor, têm mais trabalho do que nunca e algumas músicas de Mercury, como Bohemian Rhapsody e Don't Stop me Now, tornaram-se clássicos.
Nos anos após a morte do cantor, que para o jornal britânico The Independent "pareceu apenas um susto na carreira", o valor do Queen subiu muito e diversos artistas populares da atualidade o citam entre suas influências, incluindo Lady Gaga, Robbie Williams e Muse.
Mercury morreu aos 45 anos em sua casa em Londres, no dia 24 de novembro de 1991, em consequência de uma broncopneumonia causada pela Aids, enfermidade que tinha sido diagnosticada vários anos antes. Seus admiradores lembram-se dele por suas cativantes atuações ao vivo, sua surpreendente voz e por hits inesquecíveis como We Are the Champions, hino inevitável de qualquer final esportiva, Killer Queen, Crazy Little Thing Called Love ou Barcelona, interpretada em dueto com a soprano espanhola Monserrat Caballé.
O musical We Will Rock You, que estrou em 2002, continua cheio em todas as suas apresentações em Londres e foi montado em vários países. O interesse que Mercury desperta impulsionou a produção de um filme biográfico, protagonizado pelo excêntrico Sacha Baron Cohen (intérprete de Borat) e que se concentrará nos anos anteriores à extraordinária apresentação do Queen no show Live Aid, em Londres, em 1985.
– Mesmo que não esteja fisicamente presente, sua presença parece mais poderosa do que nunca – escreveu May em um blog em setembro, pelo que seria o 65º aniversário de Mercury. – Devorava a vida. Comemorava cada minuto. E, como um grande cometa, deixou uma estrela luminosa que brilhará durante muitas gerações.
Um dia antes de morrer, Mercury confirmou em um comunicado que tinha Aids. Em menos de 24 horas, entrou em coma e morreu, depois de ter conservado sua doença em segredo, sem nunca expressar seu sofrimento. Mercury disse em uma entrevista em 1987 que não tinha medo de se tornar um velho de 70 anos rico e solitário.
– Vivi uma vida plena e se morresse amanhã, não me importaria. Fiz realmente de tudo – disse.
Nascido como Farrokh Bulsara, no dia 5 de setembro de 1946, em uma família indiana que morava em Zanzibar e educado em um internato de estilo inglês na Índia, o tímido adolescente chegou a Londres quando sua família fugiu da revolução no pequeno país africano em 1964.
Sua imagem mais clássica é com uma jaqueta de estilo militar amarela e calça branca que usou durante a turnê de 1986, bigode e o punho no alto, na pose imortalizada em estátua erguida em sua homenagem na cidade suíça de Montreux, às margens do lago Genebra.
Passado o luto, os três colegas da banda produziram músicas inteiras com pedaços da voz de Mercury que ele, já gravemente enfermo, tinha gravado em 1991, durante as preciosas horas em que recuperava alguma vitalidade. O álbum resultante, Made in Heaven, lançado em 1995, se tornou um dos mais famosos do Queen.
Para os integrantes da banda, enfrentar a vida sem Mercury não foi fácil. May mergulhou em uma profunda depressão, depois de perder também seu pai e após o fim de seu casamento, e pensou em suicídio. Taylor, assim como May, produziu alguns álbuns solo nos anos 1990, mas apesar dos esforços para se distanciar do Queen, aprendeu a viver com a lenda. Já o baixista John Deacon se aposentou em 1997, embora seus companheiros tenham sua benção para seguir em frente.
O lançamento de We Will Rock You, que foi visto por 13 milhões de pessoas no mundo, deu a eles uma nova vida ao oferecer aos fãs uma volta a todos os seus grandes sucessos. O Queen voltou a sair em turnê em 2005, desta vez com o ex-vocalista da banda Free, Paul Rodgers, com quem gravaram o, até agora último, álbum de estúdio The Cosmos Rocks (2008).

O músico Jimi Hendrix foi consagrado nesta quarta-feira (23) como o melhor guitarrista da história, numa eleição realizada pela revista americana Rolling Stone junto a críticos e músicos.

"Jimi Hendrix extrapolou a nossa ideia sobre o que poderia ser o rock: ele manipulava a guitarra, a 'whammy bar', o estúdio e o palco", disse o guitarrista Tom Morello à publicação, citando "Purple Haze" e "The Star-Spangled Banner" como as principais gravações de Hendrix, que morreu em 1970.

O ranking inclui ainda vários ícones do rock nas últimas décadas. Entre os participantes da eleição, estavam os músicos Lenny Kravitz, Eddie Van Halen (que ficou em oitavo lugar), Brian May e Dan Auerbach, além de redatores e editores da Rolling Stone.

Veja a lista dos dez melhores guitarristas da história, segundo a revista:

1. Jimi Hendrix
2. Eric Clapton
3. Jimmy Page
4. Keith Richards
5. Jeff Beck
6. B.B. King
7. Chuck Berry
8. Eddie Van Halen
9. Duane Allman
10. Pete Townshend

Os músicos Ivete Sangalo, Gilberto Gil e Caetano Veloso apresentaram um ensaio juntos, na noite desta terça-feira (22), no Rio de Janeiro, para o especial de fim de ano que será exibido no dia 23 de dezembro na TV Globo. O ensaio aberto à imprensa foi gravado e fará parte do programa.

A proposta do trio é apresentar um repertório de clássicos da MPB inspirados por musas, amor e separação, como "Tigresa", "Tá combinado" e "Super-Homem". "É uma experiência linda. Hoje estou aqui como cantora, como fã, como tudo", disse Ivete.

"É um programa que fala de amores, de relacionamentos, da visão do feminino e do masculino por parte desses compositores. Mas sempre focando o amor. Seja com dor,  com felicidade, com separações ou encontros".
Para Ivete, a esolha das canções foi um desafio. "Em se tratando do repertório desses caras, tudo é imprescindível. Teríamos que ter um ano inteiro de especial, o que não seria má ideia, para a gente conseguisse cantar todas. São canções que povoam a nossa história e o nosso dia a dia", revelou a cantora.

"Atrás da porta", canção de Chico Buarque que a baiana apresentou sozinha, foi a que mais a emocionou. "Não sou mulher disso, mas é um sofrimento desgraçado", disse.
Gil, Ivete e Caetano são acompanhados por uma banda composta, por 17 músicos, incluindo naipe de metais, cordas e percussão. São poucas as composições que não são de Caetano ou Gil. Uma delas é "Atrás da porta", de Chico Buarque, que foi cantada por Ivete sozinha. Em "O meu amor", do mesmo compositor", ela foi acompanhada por Caetano.
Os dois também cantaram "Se eu não te amasse tanto assim", que foi gravada por Ivete, e "Tieta". A baiana lembrou que Caetano cantou pela primeira vez esta canção num trio elétrico, justamente com ela. Em seu solo, Gil apresentou "Dom de iludir", de Caetano.


A oportunidade de gravar um especial para a televisão fez com que Gil e Catenao relembrassem o sucesso da época dos festivais, que eram quase sempre transmitidos pela TV. "Naquele tempo, havia musicais na TV a semana toda. Isso prosseguiu com menos intensidade nos anos 80 e 90. Hoje em dia é bem raro. Mas gosto bastante de fazer", comentou o autor de "Drão", sendo interrompido por Caetano.
"Eu já não gosto tanto. No geral, acho música na televisão muito chato. Porque são muitas questões. Num show, eu me transformo num personagem. Mas, na TV, parando a toda hora, fica mais difícil. Mas não estou me queixando não, estou feliz", brincou o músico.
Os compositores explicaram que a escolha do repertório, que será composto por 17 canções, foi feita a partr dos diretores e roteiristas do especial, Roberto Talma e Rafael Dragaud. "Eu deixei nas mãos deles. Foram lá em casa conversar comigo já com um conjunto de sugestões que já coincidiriam basicamente com qualquer coisa que eu já viesse a pensar, algumas delas bem óbvias. Por exemplo: como fazer um programa sobre amor sem cantar 'Você é linda' ou 'Drão'? São músicas que já cativam e que já moram no coração das pessoas", comentou Gil.

Dragaud conta que o momento mais difícil da produção do especial foi conciliar as agendas dos três cantores. "Depois que você consegue reuni-los, não há complexidade alguma. Tem uma hora em que você para de trabalhar e fica simplesmente assistindo", destacou o diretor, acrescentando: "Caetano e Gil são dois gradessíssimos poetas, cantores e compositores. Colocaram a vida em suas músicas: as opiniões políticas, o amor, o sexo, a desilusão, a separação, a dor, a perda, o ciúme. Então é meio automático você querer levar isso para a televisão."

Falta pouco para a dupla mineira Victor & Leo completar 20 anos de carreira, 15 deles nos palcos apertados de barzinhos, como fazem questão de ressaltar. Os dois irmãos aproveitam a entrevista que tem como gancho o lançamento do disco "Amor de alma" para listar (e explicar) referências que vão do canadense Neil Young ao Trio Parada Dura.
Durante o bate-papo em um hotel em São Paulo, eles questionam o uso do termo sertanejo ("Não adianta colocar bota, chapéu e fazer pop") e contam que já conversaram várias vezes sobre um possível fim da parceria. Leia a entrevista completa:


 Sempre quando se pergunta sobre o novo sertanejo, é uma unanimidade dizer que ele é mais urbanizado. E vocês aparecem com cavalos na capa do novo disco. Como foi essa ideia, o que essa escolha significa?

Victor:
A palavra “sertanejo” advém de “sertão”. Se não for assim, não tem sentido. Se a pessoa não sabe minimamente o que é bucolismo ou não sabe vivenciar o sentido disso, ela não está fazendo música sertaneja. Não adianta colocar bota, chapéu e fazer rock ou pop. Sem nenhum tipo de ligação com o sertão, você está fazendo outra coisa. Isso aqui a gente faz desde criança [aponta para a capa do disco]. A ideia foi fazer uma capa natural. Não precisava ser bonita, nem photoshop tem. As golas estão desarrumadas. É do jeito que uma pessoa fica ao montar um cavalo. Se hoje uma pessoa disser que gosta de sertanejo, não sei do que ela gosta. Tem gente que está seguindo apenas uma fórmula.

Há muito de forró no disco, e vocês o definem como '80% dançante'. O CD é menos romântico?

Léo:
O anterior, “Boa sorte pra você”, não era para ser colocado em um churrasco. Coloco mais no carro para viajar. É lento, melancólico. A gente estava cansado, estressado. Assim, você quer ouvir uma coisa mais calma, se enfiar no quarto, ficar “de boa”. Aí tiramos férias de três meses. A gente veio cheio de gás. No estúdio, o astral foi muito bom.
Victor: Esse novo disco tem meu violão, acordeão, bateria, contrabaixo e percussão. Acabou. Ele é extremamente cru. É produzido, dirigido, arranjado, interpretado e tocado por nós.

Na faixa-título há um quê de pop rock. Esse lado sempre esteve na sua obra. Dinho, do Capital Inicial, já disse que vocês souberam fazer uso do pop que fez sucesso nos acústicos MTV. Bandas venderam muito com esse projeto, mas agora vocês que vendem. Há um pouco dessa sonoridade nas suas músicas?

Victor -
Eu não ligo muito a isso intrinsecamente, embora todos os Acústicos MTV sejam os meus prediletos. Desde o Eric Clapton que fez o primeiro, né? Mas fazemos isso naturalmente há muito tempo, mesmo quando a gente não tinha DVD para assistir e não tinha notícia de Acústico MTV. Em 1993, todo mundo tinha fita cassete. Eu pegava e fazia uma seleção com as minhas músicas prediletas. Eu punha uns nomes como “Apaixonado mil por hora” na fita. E daí começava... “What can I do / What can I say” [Victor imita a voz de Neil Young em “Already one”]. Aí quando acabava Neil Young começava Trio Parada Dura, “Barco de papel”. Aí vinha “Money for nothing”, do Dire Straits. Eram muitas referências misturadas, mas a principal era a música sertaneja de raiz.

E o que tem de Neil Young nas músicas que vocês cantam hoje?

Victor -
É uma referência. Nossas baladas românticas são folks. Tem uma que se chama “Pensei em você”. A cena da música, a cor dessa música, no Brasil quase ninguém soube entender ou classificar. É folk puro, com R&B. Renato Teixeira [cantor] chegou para nós e falou: “Vocês renovaram preservando a essência. Então, se no Brasil existisse uma música sertaneja que pudesse ser chamada de folk, seria o som que vocês fazem”.
Leo - Não é só a referência para o arranjo, tem a voz. É mais suave, o jeito de cantar do Neil Young tem isso. Nos discos com o Crazy Horse era aspereza pura e depois nos discos mais acústicos ficou mais suave. Mas existem outros que nos agradam: Eagles, Simon & Garfunkel, James Taylor. Temos a característica de cantar aveludado.


Vocês regravaram músicas populares. Como foi a escolha?

Leo -
Criamos um vínculo de sentimento com algumas músicas. Por isso, a gente regrava. Cantamos muito “Passe livre”, “Fuscão preto” e “Sexy Iemanjá” em bares. São especiais. Não buscamos hits no passado, é uma escolha afetiva.
Victor - Eu me lembro bem de “Fuscão preto”. Tinha sete anos. Eu tenho a cena clara de estar com meu pai, familiares, todos dançando, outros bebendo e rindo. E “Fuscão preto” comendo solto no fundo. Quando eu ouço, eu volto para lá. É quase como se fosse a goiabada com queijo que a sua avó fazia. Hoje quando como, estou comendo aquele momento. É um portal para aquele momento bom.

Em 2012, vocês completam 20 anos de dupla. Vocês estão cada vez mais perto dos 25 anos. Rick & Renner se separaram no 25º aniversário e Bruno & Marrone tiveram problemas. Melhor tomar cuidado com a maldição dos 25 anos.

Léo -
[Risos] Boa dica, cara. Mas ainda bem que faltam cinco anos...
Victor - É sério isso, maldição? [Risos] Já tivemos crises de contestar o porquê de estarmos juntos. Foram várias conversas no decorrer da carreira. Não podemos elevar a condição de irmão a uma obrigação profissional. A gente só canta junto porque quer. Depois que a gente incorporou esse pensamento, ficou mais confortável. Eu me sinto agradecido. Eu tenho o sentimento de gratidão por ele existir quando estou no palco. Vamos supor que aconteça um acidente e um dos dois morra. Não sei se vou continuar a cantar. Talvez pare mesmo.
Léo - Eu pararia na hora. Não vamos continuar a falar disso não, eu vou chorar.
Victor - Quando estiver no fim da vida, quero olhar para trás e ver que a minha intenção era fazer a diferença na vida de alguém. Não pode ser por um motivo vago.
 

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