Archive for 09/22/11

O carioca Leonardo Cruz, 49 anos, pode ser considerado um fã fora do comum. Enquanto muitas pessoas idolatram artistas ou bandas, ele gosta mesmo é de um evento: o Rock in Rio. Nascido no Andaraí e morando atualmente em Portugal, Leonardo esteve presente em todas as edições do festival de música, inclusive as que foram realizadas fora do Brasil. "Para mim, este é o Rock in Rio 10", conta.
A paixão começou na primeira edição, em 1985. Após ver os shows de James Taylor, George Benson e outros, Leonardo se tornou um verdadeiro seguidor do Rock in Rio. De acordo com ele, o momento mais especial aconteceu em 2001. “Para mim, de todas as 9 edições que presenciei ao vivo, o mais marcante foi o show dos Guns n Roses, no Rio. Um show eletrizante, cheio de efeitos, com os todos os sucessos da banda. Muito emocionante”, afirma.
Leonardo é tão fã do evento que contagiou toda a família. Até seu filho, Leozinho, de apenas 6 anos, já esteve no festival. Ele assistiu ao show da cantora Miley Cyrus, protagonista do seriado Hannah Montana, na quarta edição do Rock in Rio Lisboa, no ano passado. “Nós gravamos um vídeo, que talvez seja exibido na abertura do festival, da passagem de pai para filho deste carinho e amor que é o Rock in Rio”, afirma.


Não é só o nome artístico de Kesha Sabert que faz um monte de gente ficar com cara de "quê?". Ke$ha, 24 anos de puro glitter, traz para o Rock in Rio e para São Paulo esquisitices acumuladas em (apenas) dois anos de carreira (veja quadro abaixo).
A popstar americana de hits como "Tik tok" vem pela primeira vez ao Brasil e promete "chuva" de camisinhas, solos de guitarra e muito suor ao som de dance pop.
Em troca, ela só pede o seu molar ou talvez um canino. "Meus fãs jogam dentes no palco e faço colares com eles, mas são tantos dentes que quero agora fazer um vestido", conta por telefone ao G1. Leia a entrevista completa:

G1 - Você toca guitarra durante o show. É importante mostrar que toca instrumentos?
Tento mostrar de todas as formas meu talento. Meu show é o meu mundo, sabe? Quando toco guitarra, eu me sinto uma durona. É como se tivesse um pau. Eu queria que meu show me representasse 100%. Estou satisfeita. Criei iluminação, coreografia, roupas. Escrevi músicas, toco instrumentos.

G1 - Como é sua relação com Alice Cooper, após ter gravado com ele ['What baby wants', que está em novo disco do cantor]?
Ke$ha -
Eu o chamo de pai. Ele é como se fosse o meu pai adotivo. Eu o conheci pessoalmente quando estava começando a ficar famosa. Ele sempre foi uma influência para minha música e para meus shows. Eu amo esse cara desde pequena. Ele viu tudo e passou por tudo que você possa

G1 - Mas sua música tem algo a ver com rock 'old school'?
Ke$ha -
Acho que sim. Temos uma mentalidade parecida, queremos que tudo se f... É isso o que tenho em comum com o rock das décadas de 70 e 80. Eu fico louca no palco.


G1 - Quantas camisinhas você vai distribuir no Rock in Rio?
Ke$ha - Não sei. Mas acho que vou ter que levar minhas armas mais poderosas [para lançar preservativos para a plateia]. Eu sei que todos estarão suados, com calor, e se sentindo sexy. Quero que meus fãs usem proteção. Sexo é muito, muito importante. É algo mágico. Mas quando eu estou escrevendo uma canção é melhor do que fazer sexo com outra pessoa, porque sou apenas eu comigo mesma.

G1 - Qual sua opinião sobre artistas que usam playback em shows? Você usa?
Ke$ha -
Se eu finjo que estou cantando? Claro que não. Nunca! Eu tenho algumas bases pré-gravadas ao fundo, claro, mas não finjo nada. Mas cada um faz o que quiser. Minha escolha foi não usar playback. Não estou aqui para julgar ninguém.

G1 - 'Till the world ends' foi composta por você para Britney Spears. Como é escrever para outros? Bate arrependimento se a música faz sucesso?
Ke$ha -
Eu já escrevi pelo menos 200 músicas. Seria triste ter uma música sensacional, ser egoísta e não deixar ninguém gravar... Eu sempre quis ter um hit cantado pela Britney. Ela é um ícone.

G1 - Além de rock, você é fã de hip hop. Dr. Luke [produtor da Ke$ha] disse ter se interessado após ouvir você rimar como uma rapper...
Ke$ha - Eu cresci ouvindo muitos gêneros diferentes. Eu tenho bastante influência dos Beastie Boys, daquele rap chapado. Também amo o Bob Dylan, por ele ser um ótimo contador de histórias. Tento ter um pouco disso nas minhas letras.
 
G1 - Quantos dentes de fãs você tem na sua coleção? Conseguiu fazer um colar?
Ke$ha -
Já tenho mais de 600. Meus fãs jogam dentes no palco e também me mandam pelo correio. Faço colares com eles, mas são tantos dentes que quero agora fazer um vestido.

G1 - O que espera e o que conhece do Brasil?
Ke$ha -
Já fiz viagens para outros lugares da América do Sul, mas nunca fui ao Brasil. Vi o Rio de Janeiro em tantas fotos... Eu sei que as mulheres estão entre as mais bonitas do mundo inteiro e adoro comida brasileira. Quero mergulhar e também acampar na selva. Minha família adora "aguardente". Sempre tomo.

G1 - Qual a última vez que você acordou de manhã se sentindo como P. Diddy?
Ke$ha -
Eu acordo de manhã me sentindo como P. Diddy todos os dias. [Risos] É isso que eu faço para viver, né?

Além das atrações já escaladas para a quarta edição nacional do Rock in Rio, uma outra banda foi anunciada com a responsablidade de representar o novo pop rock brasileiro no festival. Formada há cinco anos em Brasília, a Faluja vai abrir a programação do Palco Sunset no início da tarde de 2 de outubro.
Composto por Guto Santanna (vocal), Daniel Nascimento (teclado), Kadu Souza (baixo), Eduardo Azambuja (guitarra) e Jota Magalhães (bateria), o grupo mistura sonoridades de bandas como Jota Quest e Skank, como explica o próprio guitarrista.
"É um som um pouco mais maduro do que aquele pop colorido e adolescente. A gente também flerta com o eletrônico e usa recursos como sintetizadores, mas nada muito exagerado”, comenta Azambuja.
Legião, Capital, Plebe...
Ele comemora a chance de se apresentar para um público tão grande e diante de profissionais da música atentos às novidades. “Fico aqui imaginando que esse pode vir a ser o show da nossa vida. Uma oportunidade como essa não é sempre que aparece. Vai ter gente do mundo todo de olho", comentou Eduardo, acrescentando que o show deve ter durar cerca de 20 minutos.
O músico explica que a mesma procedência de artistas como Legião Urbana, Capital Inicial, Cássia Eller e Plebe Rude não é apenas coincidência. "Legião é uma das nossas grandes influências. Renato Russo é um compositor genial. O Guto, nosso vocalista, escreve as letras bem nessa linha", destaca,
A banda, que foi batizada com o mesmo nome da cidade iraquiana localizada ao sul de Bagdá, já tem um videoclipe gravado e promove agora o EP "Bem além da esquina", coproduzido pelo tecladista do Skank, Henrique Portugal.
"Conheci O Faluja no ano passado através do Ruben di Souza, com quem tenho um estúdio voltado para produção. Eles têm um trabalho autoral interessante, direcionado ao grande público. E bem pop, do jeito que eu gosto", diz o músico, que sobe ao Palco Mundo com o Skank no mesmo dia.

"Cara de pau"

A oportunidade de se apresentar em um dos maiores festivais do país surgiu através de um bate-papo entre Portugal e o diretor artístico do Palco Sunset, Zé Ricardo. Henrique queixava-se da ausência da Tenda Brasil que, na edição do festival realizada em 2001, contou com apresentações de artistas brasileiros consagrados misturados a músicos recém-revelados.
"O Rock in Rio tinha que ter um espaço dedicado para apresentar novas bandas. Acho que tem tudo a ver. Então combinamos que seria nesse momento anterior à abertura do Sunset. Foi um pedido feito meio na cara de pau mesmo, mas deu certo. Vai ser a hora da novidade no Rock in Rio", brinca Portugal que, além do EP, também produziu o primeiro álbum do grupo, ainda sem data de lançamento prevista.
Fiel ao conceito dos encontros inusitados previstos para o palco, o Faluja contará com as patrticipações especials de músicos da banda curitibana Sabonetes e do grupo carioca Scracho, além do próprio Henrique Portugal.

Esperanza Spalding é praticamente coisa nossa. A cantora e contrabaixista de jazz americana, eleita artista revelação no Grammy de 2010, é fã de pão de queijo, chá preto e Milton Nascimento. E diz sem sotaque algum os nomes disso tudo  – nenhuma novidade para quem já escutou suas versões para “Ponta de areia” e “Samba em prelúdio”, ambas registradas em seu álbum “Esperanza”, de 2008.
“Aprender português é como tocar baixo elétrico. Estou aprendendo os dois ao mesmo tempo, sei que estou mal, mas estou melhorando. Em dez anos estarei legal”, brinca a cantora de 26 anos, durante entrevista ao G1 em um hotel paulistano.
A artista está no Brasil para duas apresentações. A primeira em São Paulo, nesta noite (21), está com todos os ingressos do Teatro Bradesco esgotados. A segunda é no Rock in Rio, no sábado (24), dividindo o Palco Sunset com seu “herói” Milton Nascimento.
"Para cada show serão escolhidas músicas adequadas a cada ambiente. O show de hoje à noite é íntimo, quieto, vamos deixar a energia lá embaixo e pedir para as pessoas a maximizarem depois. No Rock in Rio tudo será alto, alto!”, ri, sobre as escolhas dos repertórios. “O set list no Rock in Rio será bombástico, bem roqueiro. Só toquei em arenas grandes outras duas vezes”, afirma.


Esperanza é uma das maiores revelações do jazz nos últimos anos. Já se apresentou ao lado de Pat Metheny e Michael Camilo, aos 20 anos se tornou professora da respeitada Berklee College of Music e foi escolhida a dedo pelo presidente americano Barack Obama para tocar na cerimônia do Nobel da Paz de 2009.
No ano passado, ganhou fama mundial com a vitória no Grammy. O prêmio não chamou tanta a atenção por si só, mas sim a sua repercussão: fãs de Justin Bieber ficaram irados com a derrota do astro teen na categoria e invadiram o perfil da contrabaixista no Wikipedia.
"Em geral, isso não representou nada, com todo o respeito ao Justin Bieber. Eu e minha banda fomos tocar no Japão logo depois do Grammy, então não sabia de nada quando voltei... Quem sabe os fãs deles gostarão de uma faixa minha quando tiverem 50 anos”, dá com os ombros.

Além do talento, chama a atenção em Esperanza o seu visual cool e sensual, algo que ela admite não gostar muito de ouvir. “Estamos na era da sexualização, acontece naturalmente no nosso mundo e sexo, no entretenimento, vende muito. Não promovo minha imagem, não me visto de maneira sexy, então me frustra quando equiparam minha música com meu visual”, afirma.
“Não levo isso no pessoal porque sei que ele representa uma antiga ideologia de associar todas as mulheres a uma única imagem. Sempre que há uma mulher dentro de um ambiente masculino acontece esse ‘uau, ela consegue fazer isso?’. Mas essa mentalidade está ruindo”, contrapõe.
Para o show com Milton Nascimento, Speranza diz ter ensaiado durante quatro dias e, durante esse tempo, começado a escutar “muito de Elis Regina”. Será o primeiro registro ao vivo da dupla, que gravou junta a faixa "Apple blossom" no disco dela "Chamber music society" (2010). No mesmo ano, quando ela abriu as apresentações de George Benson no país, engataram uma amizade.
“Mandei um e-mail para ele na cara de pau, agradecendo-o por existir e falando que o amava”, sorri. Segundo ela, seria um “sonho” que o encontro dos dois no palco rendesse um álbum no futuro.
A artista diz não temer as vaias dos roqueiros que irão no domingo ver os shows do palco principal, como Snow Patrol e Red Hot Chili Peppers. “O rock surgiu do blues e esse surgiu de certas partes da África. Então vamos tocar rock, pois o gênero é quem evoluiu. Apenas o nome do estilo é que mudou”, diz, com personalidade. "Meu único medo é de errar uma nota ou esquecer uma letra", brinca.




No show que apresentou em Brasília, nesta quarta-feira (21), a cantora Rihanna parece ter se divertido tanto quanto seu público. Durante a apresentação, ela bebeu tequila, dançou com a bandeira do Brasil, usou o chapéu de um fã, deu autógrafos e cantou parabéns ao seu guitarrista Nuno Bettencourt. Além disso, cantou animada acompanhada na maior parte do tempo pelo coro de 9 mil pessoas que compareceram ao Ginásio Nilson Nelson, segundo a produção.


Ao contrário do que aconteceu nas outras capitais brasileiras, Rihanna começou o show em Brasília ás 21h05, com um atraso pequeno, de apenas cinco minutos. Ela abriu a turnê “Loud Tour” no Brasil com show em São Paulo, no sábado (17). No domingo (18), ela se apresentou em Belo Horizonte.

Em Brasília, a cantora apareceu no palco dentro de uma bola de ferro, vestindo um shortinho e uma blusa preta de manga comprida pretos. Logo, tirou a camisa e ficou só de top, deixando a mostra suas tatuagens no ombro e na costela.

A primeira canção da noite foi “Only Girl (in The World)”, que abriu também os outros shows que fez no Brasil. Em seguida, durante “Disturbia”, Rihanna dançou com a bandeira do Brasil. Na terceira música, “Shut up & Drive”, fez uma performance com um dançarino fantasiado de motoqueiro.
Logo no início da noite, a cantora desafiou a platéia, formada por jovens e por muitos homens – que não costumam ser vistos com frequencia em shows de pop. “Brasília, vamos ver quem comanda essa noite”, disse.

A partir daí, Rihanna comandou o show praticamente sozinha, sem grandes efeitos nem trocas de roupa, com um cenário simples e contando com o apoio dos dançarinos em poucos momentos, como em “Whats my name”, quando apresentou uma coreografia mais elaborada”.

 Rihanna só diminui o ritmo a partir da lenta “Unfaithful”, que cantou acompanhada de vozes de todo o ginásio. Durante “California King Bed”, o coro também foi forte. No repertório romântico, Rihanna surpreendeu os brasilienses com “Te amo” que não havia sido apresentada ainda no Brasil. Em São Paulo e em Belo Horizonte, o repertório havia sido o mesmo.

A animação voltou com “Whats my name” e “Rude Boy”. Nesta última, o show ficou com cara de balada, onde o público dançava copiando os movimentos de Rihanna, que rebolava até o chão.

Durante "Cheers", a cantora aproveitou para parabenizar o guitarrista de sua banda. Ele é o português Nuno Bettencourt e fez aniversário na terça-feira (20). Rihanna virou uma dose de tequila em homenagem ao amigo e pediu a ajuda da plateia: “Brasília, no três vocês dizem ‘parabéns para você’ comigo”.

O ponto alto da sua performance, no entanto, foi quando Rihanna desceu do palco durante “Don’t Stop the Music” e se aproximou da grade que a separava da plateia. Ela dividiu o microfone com um fã, deu autógrafo para outro, colocou um chapéu de marinheiro que lhe passaram e voltou ao palco com um pompom vindo da plateia.

No fim da noite, o ginásio ficou coberto por uma chuva de papéis enquanto Rihanna cantou seu maior hit, “Umbrella” (guarda-chuva, em português). Ela deixou um elogio e a promessa de voltar: “Brasilia, esse é o primeiro show que eu faço aqui, mas vocês são tão legais. Eu quero voltar."


Dave Stewart subiu a montanha e se comunicou com um roqueiro superior - Mick Jagger. Assim surgiu o Superheavy, projeto guardado a sete chaves durante dois anos, e que nesta semana lança seu primeiro álbum.
Stewart, fundador do Eurythmics, ligou para o vocalista dos Rolling Stones do alto de um morro na Jamaica, depois de ter a ideia de formar um supergrupo a partir de diferentes gêneros.
Eles então reuniram a cantora britânica de soul Joss Stone, o artista de reggae Damian Marley e o compositor A.R. Rahman, responsável pela trilha de 'Quem quer ser um milionário?', para formar o Superheavy, que deu origem ao álbum homônimo.

No estúdio

Eles testaram a ideia há dois anos, durante uma sessão de duas horas num estúdio em Los Angeles, da qual resultou o que Stewart chamou de 'essa barulheira'.
'Aquilo nos deu muita confiança', disse Jagger à Reuters na companhia de todos os colegas de banda, à exceção de Damian, filho caçula de Bob Marley. 'Tínhamos um monte de músicas. Não eram apenas improvisos e barulho. Tínhamos muitas canções, coros, todas essas coisas que realmente nos animaram a seguir adiante.'
Duas temporadas em estúdio, com dez dias cada uma, se seguiram então. Após dois anos de mixagem, arranjos e outros detalhes - incluindo a capa, feita por Shepard Fairey, criador do famoso cartaz eleitoral 'Hope', de Barack Obama -, nascia um disco.
Diante da formação da banda, não surpreende que o trabalho seja uma colagem de vários estilos. O site da Rolling Stone, que lhe deu quatro estrelas, disse que a faixa 'Energy' evoca o U2, com seus sintetizadores pop, e que em 'Satyameva Jayathe' Jagger e Rahman surgem cantando versos no idioma híndi, sobre o fundo de um violino indo-celta.

Related Posts with Thumbnails