Archive for 04/19/12

Quando começou a se interessar por música, Laura Rizzotto fez um pacto com os pais. "Eles disseram: 'se até você se formar no colégio, tiver um contrato com gravadora, então está liberada'", recorda a cantora em entrevista por telefone.

Com canções em inglês e português reunidas em disco lançado pela Universal, Laura se apresenta na abertura do show de Demi Lovato em São Paulo na sexta-feira (20). Depois, viaja para Boston, onde um dormitório na Berklee College of Music a espera. Por lá, fará o curso de graduação em composição. A formação da moça de 17 anos começou com aulas de piano clássico na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e lições de balé.

Os cursos, porém, não deram a mesma exposição da canja de Laura em show de talentos no "TV Xuxa", em 2007, então com 12 anos. "Cantei 'Velha infância' [Tribalistas]. Queria seguir carreira e a Xuxa foi um amor. Voltei no ano passado e lancei meu CD. Foi como um daqueles 'antes e depois'."

Como foi receber a notícia de que iria abrir para a Demi Lovato?
Laura Rizzotto - O pessoal da Universal Music mostrou meu material para a [produtora] Time For Fun e para a equipe dela. Adoro a Demi, é uma grande intérprete. Ela é um exemplo para os jovens, porque conta todos os problemas da vida dela. Será um show muito alto astral.

Você começou com versões em inglês de músicas brasileiras. Como foi isso?
Laura Rizzotto -
Eu pegava as músicas brasileiras que gostava e passava para o inglês. Fazer versão é muito gostoso. Eu me divirto. Já passei também músicas minhas do inglês para o português. Gosto desta parada de fazer versões. Comecei a compor por necessidade, como um desabafo. Sempre vou continuar escrevendo e adoro cantar. Gosto de participar de todos os pedaços: da capa do CD à ordem das músicas. Tudo bem controladinho.

O que a formação em piano clássico na UFRJ te ajudou como cantora pop?
Laura -
O estudo do piano clássico é também um estudo de teoria musical. Inconscientemente, me ajuda. Aprendo a criar harmonias, ritmos. Estou começando a aprender a improvisar. Clássico é a base de tudo. Fiz oito anos de balé clássico na Escola Estadual de Danças Maria Olenewa. Consigo me sentir solta no palco. Eu já competi e tal no balé. Aprendi a me sentir solta, a me expressar. Voltei a fazer aulas neste ano.

E existe um plano B, pensa em outra carreira?
Laura -
De jeito nenhum, menino. Eu fiz um pacto com meus pais. Eles disseram: 'Se até você se formar no colégio, você tiver um contrato com uma gravadora, então está liberada'. Vou continuar estudando música. Eu vou para Boston em maio, estudar na Berklee. Vou ficar 24 horas por dia com jovens da minha idade, no curso de graduação em composição. São quatro anos. Estou muito animada. Estudei no Santo Agostinho, no Rio, que tem fama de formar advogados, médicos. Eu me sentia muito presa. E não estou abandonando minha carreira, vou ficar voltando ao Brasil. A gravadora [Universal] está me dando 100% de apoio. Eu vou morar sozinha e ficar nos dormitórios da faculdade. Eu sei me virar. Meu irmão vai ficar no Brasil, ele estuda administração. Vamos compor pelo Skype.

  
Quanto tempo você ficou nos Estados Unidos?
Laura -
Morei lá de 2005 para 2006, durante um ano. Eu tinha 11 anos. Minha mãe ganhou uma bolsa para estudar, moramos em Edina, um distrito de Minnesota, próximo ao Canadá. Eu antes só sabia falar "Oi meu nome é Laura", em inglês. Foi bom para abrir minha cabeça sobre o mundo artístico. Todo mundo cantava, tocava, sapateava. Na sexta série tinha aula de banda no colégio! Eu desenvolvi um desejo grande de ter uma carreira internacional. Lá eu comecei a escrever as versões. O inglês facilita muito isso.

O que você tem ouvido nos últimos meses?
Laura -
Eu estou começando a ouvir umas coisas mais indies, que meu irmão me apresenta, como Strokes e Phoenix. Gosto também de One Republic, Maroon 5 e Michael Bublé. Fui ao show dele no Rio e foi um dos melhores que já vi.

Como foi cantar aos 12 anos no programa da Xuxa?
Laura -
Eles estavam procurando talentos na UFRJ e eu fazia piano clássico no curso básico. Minha prima me indicou. Foi a primeira vez que cantei em rede nacional. E foi a segunda vez no palco. Cantei "Velha infância" [Tribalistas]. Queria seguir carreira e a Xuxa foi um amor comigo. Voltei no ano passado e lancei meu CD. Foi como um daqueles "antes e depois".


O músico Greg Ham, da banda de rock australiana Men At Work, foi encontrado morto nesta quinta-feira (19) por um grupo de amigos em uma casa no subúrbio de Melbourne.

O sargento da Polícia australiana Shane O'Connell indicou à imprensa que a causa da morte está sendo investigada e que, por enquanto, há alguns "aspectos inexplicáveis".

"Neste momento não estamos preparados para entrar em detalhes precisos do que aconteceu", acrescentou O'Neill, segundo a rede de televisão ABC.

Ham, que tinha 58 anos, se juntou à banda em 1979, em substituição a Greg Sneddon, e tocava flauta, saxofone e teclado.

A banda se envolveu em uma polêmica em 2010 envolvendo os direitos autorais do hit "Down under". Na ocasião, Ham chegou a dizer que temia pelo seu futuro financeiro.

O grupo alcançou reconhecimento nacional em 1981, com a canção "Who can it be now?", e ganhou fama internacional no ano seguinte, com o álbum "Business as usual", que liderou as paradas de Austrália, Estados Unidos e Reino Unido.

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