Archive for 12/16/11


Alicia Keys, Will.i.am e Kanye West estão entre os participantes do "Megaupload Mega Show"


RIO - Antigamente, os astros da música se uniam em prol de causas humanitárias na África, pela fome mundial ou na luta contra a AIDS. Hoje, vários músicos e celebridades estão apoiando o popular site de compartilhamento de arquivos, Megaupload, perseguido pelas indústrias fonográfica e cinematográfica.
Entre os participantes do vídeo "Megaupload Mega Song", Will.i.am, P Diddy, Kim Kardashian, Alicia Keys, Snoop Dogg, Chris Brown, Kanye West, Lil John, Jamie Foxx, Mary J Blige, Floyd Mayweather, The Game, e outros.
Com uma simples batida eletrônica, os artistas cantam seu amor pelo serviço. Na última sexta, o vídeo foi retirado pdo Youtube, provavelmente por solicitação do Universal Music Group.
De acordo com o Megaupload, Kanye West apoia a causa por acreditar que "esta é a maneira mais rápida e fácil de se enviar arquivos". Para Snoop Dogg, esse tipo de serviço "mantém as crianças longe das ruas".
Localizado em Hong Kong, o Megaupload é dirigido por Kim Dotcom. A empresa foi processada apenas uma vez nos Estados Unidos por infringir as leis de direitos autorais.


Ouvir música faz o cérebro inteiro se iluminar
O cérebro se ilumina praticamente por inteiro quando a pessoa está ouvindo música, um fenômeno até agora sem equivalente em termos de atividade humana. [Imagem: Vinoo Alluri]

Poder ativador da música
Cientistas da Finlândia descobriram uma nova técnica inovadora que permite estudar como o cérebro processa diferentes aspectos da música.
Em uma situação realística de "curtir a música predileta", a técnica analisa a percepção do ritmo, tonalidade e do timbre, que os pesquisadores chamam de "cor dos sons".
O estudo é inovador porque ele revelou pela primeira vez como grandes áreas do cérebro, incluindo as redes neurais responsáveis pelas ações motoras, emoções e criatividade, são ativadas quando se ouve música.
Cérebro iluminado
Os efeitos da música sobre as pessoas sempre foram mais assunto de poetas e filósofos do que de fisiologistas e neurologistas.
Mas os exames de ressonância magnética permitem gerar filmes que mostram como os neurônios "disparam", literalmente iluminando cada área do cérebro nas imagens produzidas na tela do computador.
Para estudar os efeitos de cada elemento musical sobre o cérebro, o Dr. Vinoo Alluri e seus colegas da Universidade de Jyvaskyla escolheram um tango argentino.
A seguir, usando sofisticados algoritmos de computador, eles analisaram a relação das variações rítmicas, tonais e timbrais do tango com as "luzes" produzidas no cérebro.
Emoção na música
A comparação revelou algumas coisas muito interessantes, mostrando que a música ativa muito mais áreas do que aquelas relacionadas à audição.
Por exemplo, o processamento dos pulsos musicais aciona também áreas do cérebro responsáveis pelo movimento, o que dá suporte à ideia de que música e movimento estão intimamente relacionados.
As áreas límbicas do cérebro, associadas às emoções, estão também envolvidas no processamento do ritmo e da tonalidade.
Já o processamento do timbre depende de ativações da chamada rede de modo padrão, associada com a criatividade e com a imaginação.
Além do interesse científico, estas informações são valiosas para compositores, que poderão "mexer" em suas melodias dependendo da emoção que querem transmitir com suas músicas.

Foi impossível ignorar. As listas de discos mais vendidos, shows mais abarrotados e canções mais executadas em rádios foram dominadas pelo tal "sertanejo pegação", estilo que fez sucesso ao limar de vez a dor de cotovelo dos versos. Na melodia e nas letras, os hits trazem elementos antes associados ao funk, forró e pagode (veja quadro abaixo).

Não à toa, porque a maior parte foi composta e gravada originalmente nesses estilos. Muitas das músicas que estouraram nas rádios este ano fizeram sucesso antes no Nordeste, com outros ritmos e intérpretes.

Uma das principais pontes entre a popularidade regional e o domínio das paradas nacionais é o vocalista da banda de forró Garota Safada, Wesley Safadão, uma espécie de embaixador dos forrozeiros no universo dos ídolos sertanejos. Por meio dele, por exemplo, versos escritos por Abdias Ursulino de Araujo Neto, o Cabeção do Forró, foram parar no repertório de Bruno & Marrone: "Tentativas em vão" leva a assinatura do hitmaker potiguar.

"Os sertanejos estão privilegiando o nosso estilo. Descobriram a mina de ouro que tem no Nordeste. Eles vão nos ajudar a entrar no sul e vamos fortificá-los aqui”, prega Wesley, que já gravou "Ai se eu te pego", antes de Michel Teló. Para o cantor, fechar bons contratos com compositores de forró que cedem direitos autorais para editoras é tão importante quanto uma boa performance nos palcos. "Ter a autorização para cantar uma música é igual comprar um carro. Você compra e a música é sua", compara.
A rápida ascensão do paranaense Michel Teló, que começou como vocalista do grupo Tradição, resume a nova pegada do estilo. "Fugidinha", sucesso entre 2010 e 2011, foi escrita pelos pagodeiros Thiaguinho e Rodriguinho. “O lance de eles gravarem músicas minhas mostra que não existe mais preconceito. A mesma menina pode gostar de mim, do Luan Santana e do Restart. Abre leque para sonoridades diferente”, explica Thiaguinho, vocalista do Exaltasamba, que prepara carreira solo para 2012.

A mistura é o ingrediente principal do "sertanejo pegação", ou sertanejo de balada. A definição é do próprio Teló. Em 2011, a agenda dele foi preenchida com 220 shows, sustentados em boa parte pelo hit "Ai se eu te pego". “É como o rock, que tem vários estilos. Não desvirtua, faz parte da evolução. É para acompanhar o tempo da galera de hoje. O sertanejo entendeu o que a galera está querendo. A balada sertaneja é boa para a turma da pegação”, explica Teló.


Prepare-se para o 'housenejo'

Produtor de dois volumes do disco "Pista sertaneja", lançados neste ano pela Som Livre, Fabianno Almeida diz ter cunhado o termo "housenejo" ao enfeitar hits do estilo com batidas dançantes. "Tinha dificuldade com os BPMs [batidas por minuto] no 1º volume. Agora, ficou fácil transpor. A linguagem e as batidas parecem mais com as do house e do dance pop. O sertanejo para a noite cresceu, não é apenas 'eu te amo', é sobre a menina que passou e é uma delícia", diz Fabianno, mais conhecido por sua alcunha Mister Jam. Para ele, é natural que o gênero procure outras referências para perdurar. "Tem um reggaezinho, mistura com forró, pega a música enraizada nacional. Desse jeito, ele alcançou a fatia pop do mercado. O sertanejo já deixou de ser de raiz há muito tempo", afiança.

Bruno, que forma dupla com Marrone, concorda que 2011 foi o ano em que o sertanejo deu uma repaginada. "Ele é um dos poucos segmentos que se apresenta em todo o Brasil, nosso estilo não é regional e isso influencia bastante na hora de montar o repertório. Temos de pensar no público de outras regiões, que tem sua própria cultura", conta. "O sertanejo é o menos vaidoso dos estilos. Existem ótimos compositores em outros segmentos, não somos melhores que ninguém. O forró combina, basta lembrar da sanfona, fundamental nos dois ritmos."

Mas, para ele, há certos limites. "Surgem novos nomes e com eles as novidades, mas se você ouvir o CD do Michel ou do Gusttavo vai ouvir música sertaneja sim. Hoje, eles estão muito focados no público das baladas e a mudança pode ter essa origem. Amanhã, pode ter outro ritmo embutido em um CD sertanejo, mas o sertanejo sempre estará lá", diz. "Música romântica é música que fala de amor, independentemente do ritmo."

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