Archive for 06/20/11

A banda mineira Skank ganhou o leão de ouro no festival de publicidade de Cannes, que teve resultado divulgado nesta segunda-feira.

O grupo levou o prêmio na categoria melhor uso de rede social, graças à plataforma interativa SkankPlay.O projeto permite que qualquer pessoa grave uma performance tocando a música "De repente". Dessa forma, é possível tocar virtualmente com os quatro integrantes do Skank e criar novos videoclipes oficiais. O Skankplay reuniu mais de 30 mil diferentes combinações para o clipe da faixa "De repente", do CD e DVD ao vivo "Skank no Mineirão”.  (Fonte G1)


Venhamos e convenhamos né gente!?!?Não é só porque sou mineira que não posso deixar de concordar com esse prêmio! Como diria qualquer publicitário, uma p* sacada, que valeu um prêmio super cobiçado. Parabéns pros meus conterrâneos mineirinhos!


Beijos da @vivianicorrea e até a próxima!

Oiii genteee! Primeiramente uma semana iluminada pra todos, e que eu possa arrumar tempo pra vir muitas vezes aqui no Blog rs.
Bom, hoje vou trazer uma curiosidade de um CD que foi lançando a quase 1 ano atrás, mas sei lá, gostaria de dividir isso com quem ainda não sabe.
Estou falando do trabalho da Vanessa da Mata entitulado Bicicletas, bolos e outras alegrias, que foi lançado em outubro de 2010 com a parceria da Natura.
Segue então pra vocês o Faixa a Faixa por ela mesma, contando a história de cada música do CD que por sinal, é sem defeitos. Mesmo ela não gostando do rótulo de nova diva da MPB, não existiria outro nome pra tanto talento. Segue também link do CD.


1 - O Tal Casal
Essa é uma música declaradamente romântica. Me lembro de uma frase que alguém da minha família dizia quando eu era criança: "quem eu quero não me quer, quem me quer mandei embora" ou "ninguém me ama, ninguém me quer, vou ser freira no Sacré Couer". Pensei que essa música pudesse ser o contrário disso quando a escrevi, romântica e bem resolvida. Tem um arranjo que gosto muito, Marcelo Jeneci colabora intensamente, junto com a banda, do começo ao fim. O que gosto nela é que ela começa suave e se intensifica principalmente do meio pro final, crescendo ao contrário de um arranjo certeiro que geralmente começa com tudo. Ela ganhou cordas que a engrandeceram... As cordas, o violino, geralmente, dão glamour a canção, principalmente aquelas que falam de amor. As cordas fazem uma linha como se flutuassem dentro da harmonia. Eu acho que realmente ela ficou muito bonita!

2 - Fiu Fiu
Sempre gostei desse assovio, acho popular e indicado para mulheres mais voluptuosas. Quis colocá-lo em uma contradição do que rola hoje em dia. Você, sendo mulher, quer ser bonita para os homens ou para as mulheres? Tudo isso depende. Se quer o assovio é melhor estar “provida de carnes”. Se quer estar na moda, a moda é feminina, precisa estar magra, o quanto? É disso que se trata essa canção.

3 - Te Amo
Eu sempre ouvi a música “Primavera” e a achava incrível e perguntava: como o Cassiano, na voz do Tim Maia, numa frase tão kitsch, tão clichê, consegui fazer aquela música linda... ? Eu adoraria fazer uma canção que tivesse “te amo”, mas que tivesse também esse “clichê ideal”, que tivesse um assunto a mais, como essa música tem. Não há como comparar, mas eu queria que ela levasse a uma vontade de ouvi-la sempre, que a gente se identificasse e entrasse nela. Queria que ela falasse um pouco desse medo que todo mundo tem de se entregar, de se soltar, porque é disso que ela trata. Adoro as cordas que embalam esta canção. Elas têm romantismo, cores, imagens... Foi um arranjo muito pronto do começo ao fim.

4 - Meu aniversário
Meu aniversário foi feita no dia do meu aniversario, 10 de fevereiro, na Bahia. Eu estava com muito bom humor, como sempre estou nos meus aniversários! Eu adoro fazer aniversário!  Tem gente que fica mal, que pensa só no fato de estar envelhecendo. Eu amo! É sempre uma festa, eu me sinto em um dia especial. Acho incrível, saio na rua me divirto, acho que é realmente o meu dia! Quero sempre fazer uma comemoração. Meu aniversario foi feita assim, para mim, para eu dizer "parabéns eu"!

5 - Vê se Fica bem
Essa música pega os rapazes de uma maneira muito maluca... Dois rapazes que ouviram essa música durante as gravações ficaram tão cismados que voltaram pra suas namoradas... “Ai, eu estou sentindo uma coisa... Ela fala exatamente isso pra mim... Vê se come bem, vê se dorme bem”, que é uma maneira feminina mesmo de cuidar. Eu fiz essa música pensando numa coisa não assumida de alguma das partes e foi providencial. É uma música doce, mas que pode ser ácida.

6 - Bolsa de grife
É uma música ligada a auto estima. Sempre pensei que as grifes funcionam muitas vezes para uma auto afirmação. Vejo pessoas que não tem dinheiro e que, mesmo assim, compram coisas caríssimas apenas para manter as aparências de vencedoras, bonitas, legais... Acho que essa música foi feita pensando nos arranjos dos Mutantes.

7 - As Palavras
Não gosto de falar o que cada música tem de significado pra mim, porque isso acaba limitando a imaginação de cada um. Quero que cada um beba a música e sinta o gosto dela, da sua maneira. As Palavras é isso, cada palavra tem seu significado, sua energia... Se pecado não significasse pecado, poderia significar amor... Depende do que você entende disso. Essa música dá um gosto de Roberto Carlos em minha boca, quando eu a canto, lembro muito dele.

8 - Bicletas, bolos e outras alegrias
Ela tem cara de música que finaliza o show, totalmente rumo à lua. No encarte do álbum, traz a receita do bolo de fubá de minha Vó Sinhá, é mais uma homenagem que fiz a ela... Esse é um bolo da família. É uma brincadeira, uma música que é muito divertida, é o título do disco. Fala da bicicleta, fala do bolo, fala da necessidade de compartilhar com outras pessoas. Sempre falo dos doces, dos quitutes. Fui criada por uma vó quituteira que deixava sobre a mesa, durante toda a tarde, bolos e outros quitutes a quem quisesse se servir. É isso: “Quem diz que faniquito não cura? Quem diz que açúcar e afeto não podem curar?". Esta frase eu tirei de uma lembrança que tenho da música “Com Açúcar, com Afeto” de Chico Buarque. Era mesmo assim na casa de minha avó, todos os carinhos se faziam com as mãos e com os quitutes. Era a reza da nossa família.

9 – Vá
Esta é uma parceria minha com o Lokua Kanza, eu fiz melodia e letra e ele fez harmonia. É uma música de despedida, de dor profunda... Eu mandei essa música pra uma cantora há algum tempo atrás, essa letra não estava pronta, e ela me devolveu e falou “eu não posso cantar essa música, eu não consigo, eu ouvi, eu aprendi, mas quando eu comecei a cantar eu só chorava...” e me devolveu. A canção tem realmente uma carga muito doída, muito difícil... Eu não sei onde busquei isso, deve ter sido de alguma desilusão passada na minha vida, ela tem uma morte sentimental dentro dela, uma desilusão muito profunda, mas que fecha no final todos os centímetros de um ferimento mortal. Ela pega pelo braço, mergulha o sujeito na dor e tira quando ela acaba. Me sinto como se saísse dela sã e salva. Como se estivesse pronta pra vida mais leve.

10 - Moro longe
"Moro Longe" tem um quê do Norte. A pessoa retratada é muito prática, muito objetiva... Tipo... “olha, tudo bem, eu vou pra sua casa, mas eu não quero nada mini, quero que você me apresente uma noitada boa!!” Ela tem uma negociação prática e certeira, que é a graça dela. Não há romance. É uma negociação maravilhosa, “se eu for aí, faça valer a pena”. Ela é bem percussiva. A gente tentou vários arranjos e, com certeza, esse foi o melhor.

11 - O Masoquista e O Fugitivo
Para mim ás vezes o fugitivo parece um sádico, em outros momentos penso que ele é apenas um sobrevivente daquela situação. É um prisma de quem quer a felicidade e não suporta a dramaticidade ao cubo. Ela é solar, dourada, e beijoqueira. Está passeando no calçadão em um dia de Sol cheia de sorrisos.

12 - Quando amanhecer
É fruto de um encontro bonito que tive com Gilberto Gil. Para mim foi é uma honra! O que falar dessa música? Ela diz tudo. Tenho profunda admiração pela obra de Gil desde que a conheço. Além do mais ele foi muito generoso indo ao estúdio e gravando essa faixa comigo. A vozes estão lindas e parceiras do começo ao fim, sem intercalações.


♫ Link CD Bolos, Bicicletas e outras coisas


Beijos e até a próxima galerinha!
@vivianicorrea


MADELEINE PEYROUX


Aclamada vocalista, uma das novas musas do jazz, Peyroux volta hoje com novo disco, o segundo de originais seus, 'Standing On The Rooftop'. A cantora regressa a Portugal no próximo dia 6 de Julho, no Cool Jazz Fest.
Patrícia Naves | pnaves@destak.pt
Já esteve em Portugal diversas vezes e regressa agora para um concerto no Cool Jazz Fest. De que se lembra das experiências cá, do público, país?
Estive em Lisboa, estive no Algarve e lembro-me que é um país lindíssimo e o público muito acolhedor. Portugal é daqueles sítios, já sei que vou gostar quando visitar a fundo e ainda não tive oportunidade. E infelizmente também não é desta, viajo logo a seguir, agenda muito apertada.
A sua história é magnífica, começou a cantar nas ruas de Paris por amor à música. Actuar ao vivo, no formato em que o faz hoje, ainda lhe dá a mesma 'pica'?
Acho que sim. Sobretudo em festivais de jazz. Há qualquer coisa num festival de jazz, na partilha, no interesse no amor das pessoas da música que me lembram isso, essa liberdade.
Das inúmeras e inevitáveis comparações que lhe vi fazerem, a mais recorrente é com Billie Holiday. Com quem prefere ser comparada, ou gostava de não o ser de todo?
Bem, é impossível não gostar de ser comparada com alguém como a Billie, é uma das grandes, de sempre. Dito isto as comparações são complicadas sim, a certo ponto começamos a gostar de ser vistos com... individualidade.
E depois de ter colaborado com inúmeros artistas, com quem ainda gostava de trabalhar?
Com alguém do hip-hop [risos]. Sério, é uma ideia antiga! Há umas coisas interessantes na label do Justin Timberlake. Não digo daqueles hip-hoppers ou rappers da moda, mas alguém que use o hip-hop como poema, como mensagem.
Bare bones foi a sua primeira experiência a compor e agora em Standing On the Rooftop volta a fazê-lo, quais os maiores desafios que encontra a compor?
É uma pergunta difícil... talvez tentar criar em música tudo o que sinto e oiço, gosto e escrevo, eliminar os excessos. Por isso rodeio-me sempre de pessoas que me ajudam nesse processo.
Este disco parece ter mais identidade, sente que já descobriu a sua identidade musical?
Não totalmente, diria que não totalmente, há sempre muito a experimentar, a descobrir, mas para lá caminho.
Tem um cuidado consciente de manter a sua música ligada aos clássicos de raízes americanas?
Não consciente, mas está sempre lá. Assim como tantas outras influências...
A poesia - usa um poema numa canção - e a literatura são para si fontes de inspiração?
Sim, sem dúvida nenhuma.
Mas considera-se uma story teller, gosta desse lado da música?
Sem dúvida, acho que os músicos são mesmo para passar uma mensagem, uma mensagem qualquer, têm de ter algo a dizer.
Em Bare Bones tinha um tema usado no apoio a Barack Obama, sente que a música pode e deve ser política, activista?
Não necessariamente, não assumidamente, mas a música é um meio de expressão e se temos algo a dizer, não concebo não o pormos na nossa própria música.
No novo disco como surgiram as colaborações com Marc Ribot e Bill Wyman?
Partiu deles, em ambos os casos, e fiquei muito lisonjeada. Nem queria acreditar que quisessem trabalhar comigo, como outros músicos talentosos têm querido...
Além da música, para que vive Madeleine Peyroux?
Sobretudo para a música, tenho de confessar. A música é tudo, salvou-me a vida. Nada se compara, nem cinema, literatura, escrever... bem, talvez escrever esteja agora num segundo próximo...

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