Ídolo nos anos 80, Markinhos Moura lança

Cantor diz que rompeu com gravadora nos anos 90 porque não aceitou ser "galãzinho"
 
Arquivo Pessoal

Markinhos lança novo CD apenas com composições de mulheres


 Logo de cara, ele já deixa bem claro que só não fala a própria idade. De resto, conta tudo. Markinhos Moura, que fez sucesso na década de 80 com hits como Meu Mel e Anjo Azul, acha que o meio artístico é cruel com as pessoas que passam dos 40 anos. 

- Não acho a idade importante, eu sou aquilo que eu aparento. 

Em meio aos preparativos para o lançamento do álbum Mulheres e Canções - a festa de lançamento será na Galeria Olido, em São Paulo, no dia 18 de dezembro - o músico fez uma participação especial no programaCartão de Visita (Rádio Record) e conversou com o R7

O novo CD vira realidade após 20 anos sem trabalho com uma gravadora e trará só composições de mulheres, além de participações especiais de 11 cantoras. 

R7 - Onde você esteve nestes 20 anos? 
Markinhos Moura –
 Meu último CD saiu em 1990 e foi quando rompi com a gravadora. Tudo porque eles não gostaram da capa do álbum, pois eu estava nu. O álbum se chamava Sem Pudor. Caetano Veloso já tinha posado nu, mas comigo não podia. A gravadora queria me transformar em um galãzinho. Eu não sou Fabio Jr., então, rompi com a gravadora. 

R7 – E o seu público? 
Markinhos –
 Em um primeiro momento, a hipocrisia tomou conta! Não era novo posar nu, mas, como eu era um cantor popular, não podia. Foi uma decepção no começo. Parei um tempo também para cuidar da síndrome do pânico. 

R7 – Você teve síndrome do pânico por causa da rejeição da gravadora? 
Markinhos –
 Eu fiz tratamento por um ano, mas não foi por isso que tive a doença. Eu comecei a trabalhar muito cedo, por isso não tive como trabalhar algumas coisas em mim, como a perda de pessoas, por exemplo. 

R7 – Você morou no Japão e nos Estados Unidos e voltou em 1997. Você sentiu diferença na música, na indústria musical? 
Markinhos –
 Mudou tudo. Eu já não conhecia mais as pessoas, o esquema de fazer sucesso era outro, não era só o talento, a qualidade musical piorou muito. Eu comecei a ver coisas que nem sabia que existiam, como "bumbuns falantes", esse monte de "pornoforrós". 

R7 – Seu CD será lançado por uma gravadora? 
Markinhos –
 Sim. Depois do de 1990, é o primeiro que sai por uma gravadora, mas nessa entressafra eu produzi dois CDS independentes e fiz algumas peças de teatro.
 
R7 – O que você acha das pessoas retomarem a década de 80 nos dias de hoje? 
Markinhos -
 É maravilhoso. Na época chamavam de década perdida porque achavam que nada ia durar. Tem muita coisa daquela época que me dá pavor, mas também não gosto do termo "trash". Eu não sou "trash". Foi uma época de muita experimentação, e você corre o risco de errar. Tudo era ousadia.
 
R7 – E hoje é legal ser ousado. 
Markinhos –
 Hoje, para você ousar de verdade, só se for vestido de padre [risos]. Aliás, eu já quis ser padre. Eu sou de Fortaleza e comecei a cantar na igreja. Não tinha a menor vocação, mas confundi tudo porque achava legal cantar para as pessoas. 
 
via R7

Posted by Paulo Studio 2002 @ sábado, 27 de novembro de 2010 0 comments

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