Fábio Jr. fala do CD 'Íntimo' e relação com filhos famosos

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Cantor ainda divide o microfone com dois de seus filhos no CD. Foto: Divulgação
Cantor divide o microfone com dois de seus filhos no CD
Foto: Divulgação

Depois de quase quatro décadas da gravação de seu primeiro compacto, 26 discos lançados e de incontáveis apresentações, o eterno galã Fábio Jr., com simplicidade e muito bom humor, fala exclusivamente ao Terra sobre o lançamento de seu novo álbum. IntituladoÍntimo, o CD traz músicas que estão, como o nome sugere, ligadas à sua vida.
Além disso, Fábio divide o microfone com dois de seus filhos. Fiuk, que já é bastante conhecido do público, participa de 20 e Poucos Anos e de Carango. Já Tainá, que é nova no universo musical, canta com o pai emFullgás.
Confira abaixo a entrevista completa.
Já se foram mais de 35 anos desde o lançamento de seu primeiro disco. A ansiedade e emoção ainda é a mesma daquela época, quando o dia que o álbum estará nas lojas se aproxima?
Ah, é. Isso não muda. Eu fico nervoso antes do show, quando lança o CD. Se a música está tocando, você está no carro ouvindo rádio toca, aí você fala: 'pô. Meu Deus do céu!'. Isso, graças a Deus, é da mesma maneira sempre.
'Íntimo' é um CD de regravações. Por que você escolheu regravar essas canções que foram sucessos há alguns anos?
É tanta coisa que daria para fazer uns dez desse, cada um com um título. Esse daí é Íntimo pelo repertório, as letras. Essas são músicas que eu curto, que eu adoro. Aliás, o nome, Íntimo, surgiu de um papo com o produtor, César Lemos, que já fez alguns CDs comigo. Ele falou: "Fábio, você escolheu um repertório..." - não é 'difícil'. Ele usou um termo que agora não me lembro. - Falou: "mas, acima de tudo, você precisa ter uma intimidade com essas músicas, você tem que achar um jeito de como se elas fosses suas, porque são emblemas mesmo. São músicas muito emblemáticas, que fizeram muito sucesso nas vozes de outros intérpretes". Aí, eu falei: "Tá bom. Então você me ajuda aí e vamos dar um jeito". Aí ele me mandou uns três arranjos para já sugerir o caminho. E eu acho que ele me ajudou muito nisso.
Foi você mesmo que escolheu as músicas para compor o CD?
Eu sempre escuto opinião de um, de outro, mas, no final, a grande maioria fui eu mesmo. Eu bato o martelo. É isso.
Todas as canções são íntimas suas, mas, qual recebeu um carinho a mais na hora da escolha?
Paixão, de Kleiton e Kledir. Esquinas, que, para mim, é muito significativa.
O que representam essas músicas para você?
São coisas que a gente passa na vida e o Djavan, em Esquinas expressou isso de uma forma muito... Se você ler a letra: "Sabe lá o que é não ter e ter que ter pra dar (...) Sabe lá o que e morrer de sede em frente ao mar...".
Encontrei com ele anos atrás e comentei que estava pensando em regravar e tal. Ele falou: "Pô, regrava", e eu: "não, não, não, não. Ainda não dá não. Porque, do jeito que você gravou essa música, Dja, é complicado alguém querer regravar". Aí, anos depois, nesse CD, eu tive coragem.
Você acha que é mais difícil regravar uma música do que gravar uma nova?
Eu acho porque, quem fez, quem cantou, já mostrou a que veio. Aí, você fazer uma releitura, tem que se dedicar mesmo, tem que estudar, tem que fazer a lição de casa. Tem uma responsabilidade a mais. Do público também, e eu tenho sentido nos shows.
Você pensa em lançar, em breve, um álbum só com inéditas?
Penso. Eu tenho escrito bastante, então, material eu tenho, mas isso vem vindo. Eu não planejo nada. De repende surge uma ideia no meio do caminho e o caramba e eu resolvo abraçar. Aí eu vou em frente. Estou com saudade de fazer um de inéditas, mas não tem previsão ainda não.
Quem sabe em até uns cinco anos, talvez?
Não! Espera! Menos! Talvez daqui, sei lá, dois anos, por aí, imagino eu. Estou te falando isso agora, mas ano que vem eu posso mudar de ideia. Posso fazer o Íntimo 2.
Como funciona o seu processo de criação? Você escuta outras bandas, escreve a partir de experiências pessoais, se inspira durante viagens...?
Eu escuto um monte de coisa, então, naturalmente, essa influência a gente vai absorvendo. Para compor vale tudo. Vale experiência pessoal alguma coisa que um amigo, de repente, está passando na vida dele, filhos, amigos, carreira, mulheres. Tudo.
Apesar de cantar músicas de diversos estilos (e de mexer com a mulherada principalmente com as românticas), você tem uma queda pelo rock. É isso mesmo?
É. Eu cresci ouvindo Jovem Guarda.
Quais são as suas bandas favoritas hoje?
Eu ouvi muita coisa com meu filho também: Blink 182, Coldplay, essa moçada e tal. Mas um que ele me mostrou também que a gente virou tiete é o John Mayer. É impressionante o cara.
Você e Fiuk já cantaram em programas de TV e shows juntos, mas essa é a primeira vez que gravam juntos. Como foi gravar com ele? 
É impressionante. Eles cresceram ouvindo o pai na televisão, fazendo show e o caramba. Agora, eu vendo meus filhos fazendo sucesso é uma coisa emocionante, caramba. E podendo gravar com eles... A Tainá está no CD também. E acabaram entrando duas com o Felipe porque, a 20 e Poucos Anos, que é uma regravação também, eles colocaram no especial de final de ano da Globo, no Tal filho, tal pai, então ele perguntou: "pai, você vai colocar essa música no show?" e eu disse: "vou. Acho que vou colocar no disco também". E a outra, que éCarango, é do comercial da Fiat.
Além de ser cantor, compositor e ator, o Fiuk lembra bastante você no começo da carreira, fisicamente falando. Pra caramba. Lembra mais ainda quando eu fiz Cabocla. Ele fez um desfile para o Ricardo Almeida e eu peguei a foto um dia e falei: "onde é essa foto minha?" e ele disse: "pai, sou eu, caramba!". É igual, igual. Na época de Cabocla eu usava gel, cabelo bem curtinho, e ele entrou assim para desfilar, de terno, com o cabelo com gel, curtinho.
Tantos pontos semelhantes assim fazem com que você se veja nele ou não? 
Em casa também, os trejeitos dele. O jeitão dele mesmo é muito parecido. É um troço que é muito impactante.
Você já se pegou assustado com isso?
Já, e continuo. Porque é dele isso. É genético.
E Tainá? Ela é nova na música. É isso mesmo? 
É. Zero quilômetro. Ela sempre cantou e me começou me chamar atenção. Eu falei: "filha, você não quer, um dia, ir com o papai para o estúdio e tal e a gente tentar alguma coisa?". A gente tentou um tempo atrás - há uns três anos, quatro -, mas ela era muito tímida ainda, muito crua. Esse ano eu falei: "filhota, tá afim de meter a cara?" e ela: "pai, eu vou. Vou encarar". Eu falei: "tá bom. Então vamos para o estúdio".
Aí, o César Lemos, que me produz também, se encantou com ela e ela está indo agora, no começo do mês, para Miami para encontrar com ele e eles já fazerem algumas coisas juntos. Eles estão compondo juntos também.
Ela é compositora também?
Ô, meu filho! Cada sapecada boa que eu dei!
Você os encorajou em algum momento da carreira?
Não. Eu não fico forçando nada. Tanto que a Kika, minha outra filha, o negócio dela é hípica desde os 11 anos de idade. Agora ela está com 23. Participa de campeonatos aqui no Brasil, fora, tudo.
Mas, será que talvez, um dia, ela queira entrar para a carreira artística?
Não sei. Mas, do jeito que as coisas estão indo... Meu empresário já está querendo assinar contrato com o Záion. Ele está com dois anos.
Hoje, seus filhos fazem participações especiais no seu CD. Você já pensou em como será quando você for fazer participações especiais nos discos deles?
Pô, eu não tinha pensado nisso, mas, se eles me chamarem, tô nessa. Bora! É sim! Já!

Posted by Paulo Studio 2002 @ quarta-feira, 27 de abril de 2011 0 comments

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