'Ninguém pode substituir Amy', diz Dionne Bromfield, afilhada da cantora

Ela ainda não tem o mesmo carisma e personalidade que sua madrinha Amy Winehouse teve na música. Também não tem idade suficiente para falar de amor e das loucuras da vida com a propriedade de uma diva do soul. Mas a britânica Dionne Bromfield, cantora de apenas 15 anos que se apresenta nesta terça (24) no Summer Soul Festival, em São Paulo, já conta com o mais importante para fazer com que ela chegue cada vez mais longe: a voz.

Apesar da pouca idade, Bromfield desembarca no Brasil com a turnê de seu segundo álbum, “Good for the soul”, de 2011. A boa mistura do soul de artistas como Aretha Franklin e Tammi Terrell - duas de suas influências - com a música pop está presente tanto no novo disco quanto em "Introducing Dionne Bromfield", de 2009. Ambos os trabalhos saíram pela Lioness Records, selo fundado por Amy Winehouse, que apadrinhou musicalmente a jovem cantora. "Ela sempre dizia para eu compor minhas próprias músicas", lembra Dionne em entrevista por telefone.

Na conversa, a britânica conta que tem o CD de Justin Bieber em casa, diz que podem surgir surpresas no repertório das apresentações do Summer Soul Festival e fala sobre o soul em sua vida e a lacuna existente no universo musical após a morte de Amy Winehouse.

Você é uma cantora adolescente, mas não pertence ao atual grupo de artistas jovens, como Justin Bieber e Selena Gomez, por exemplo. Sua música é mais séria e adulta. Foi uma coisa natural em sua carreira ou algo mais consciente?
Dionne Bromfield – Foi muito natural, definitivamente não foi pensado. Justin Bieber e Selena Gomez fazem um som mais pop e, não vou mentir, tenho o disco do Justin Bieber em casa. Eu gosto de suas coisas. Mas eu sou uma cantora de soul, aprecio o gênero, a Motown, o r&b. Embora seja bom dizer que eu definitivamente ainda tenho o espírito de uma criança.

Está feliz por se apresentar no Brasil?
Dionne –
Sim, mal posso esperar. Terminei os ensaios e realmente estou muito empolgada.
O repertório dos shows terá surpresas?
Dionne –
Talvez apareçam algumas surpresas no meio das coisas que vou tocar. Depende de como vocês vão me tratar (risos). Apresentarei algumas faixas do meu primeiro disco e também outras do meu novo álbum, que será lançado em breve no Brasil.


De onde vem essa influência de soul? Quais são seus artistas preferidos dentro do gênero?
Dionne –
Na verdade veio da Aretha Franklin, Marvin Gaye, Tammi Terrell e todos aqueles artistas dos anos 60, da Motown e também da Lauryn Hill. Amo ela. Mas também quero que minha música seja um pouco mais livre. Há músicas como “Good for the soul”, que obviamente mostram bem o lado soul. Por outro lado, “Move a little faster” é genuinamente uma canção pop. Eu queria meio que caminhar entre os dois mundos, não queria fazer nem um disco simplesmente de soul e nem algo completamente pop. A ideia era misturar as duas coisas.
Amy Winehouse era sua madrinha na música. Qual lembrança você tem dela?
Dionne –
São muitas. Ela sempre dizia para eu compor minhas próprias músicas e eu nunca entendi o porquê até ter que fazer meu segundo álbum. Pensei: “agora sei porque ela me pedia pra fazer isso”.
Você cantou no tributo dela. Como foi essa experiência?
Dionne –
Esse foi o meu melhor momento cantando desde o programa “Strictly come dancing” em 2009. Cantei muito bem, foi maravilhoso poder homenagear Amy com “Love is a losing game”. Foi realmente adorável.

Além disso, você também foi a última pessoa com quem ela se apresentou antes de morrer. Acredita que ela deixou uma lacuna na música que será difícil de ser preenchida?
Dionne –
Sim, ninguém pode substituir Amy. Nem eu, nem Adele, nem Duffy. Ela era uma artista de verdade e ninguém pode tentar ser Amy.

Seu primeiro disco saiu quando você tinha apenas 13 anos. Como foi esse período? Seus pais te ajudaram a controlar tudo?
Dionne –
Minha mãe, minha equipe e todos ao meu redor me apoiaram bastante. Eu era muito jovem. Que eu saiba não havia ninguém no Reino Unido naquele momento que fazia o que eu estava fazendo. Eu era meio que o único peixe na lagoa naquela época, mas foi incrível poder fazer isso tão jovem, porque agora sei como funciona a indústria da música.

Então veio o segundo disco, e agora você vai tocar no Brasil...
Dionne –
É uma coisa fenomenal. Nunca pensei que fosse conseguir me apresentar fora do Reino Unido, para começar. Visitar o Brasil é algo espetacular, espero que vocês me aceitem e gostem de mim!

Posted by Viviani Corrêa @ segunda-feira, 23 de janeiro de 2012 0 comments

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