Archive for 04/05/09

Relembre a trajetória do ex-líder do Nirvana e ícone do rock nos anos 90

Da Redação


Neste domingo, 5 de abril, marca-se 15 anos da morte de Kurt Cobain. O cantor, guitarrista, compositor e líder do Nirvana, que havia se tornado ícone do rock dos anos 90 desde o sucesso mundial do disco "Nevermind", em 1991, se imortalizou nos bastiões do rock e da cultura popular depois de suicidar-se com um tiro em sua casa, em Seattle.

Foi a partir daí que Cobain coroou o legado de sua banda, que, com "Nevermind", apagou a linha que dividia o rock alternativo daquele promovido pelo mercado --separação fortificada ao longo dos anos 80, depois da cisão promovida pelo punk no final dos anos 70. Depois que o Nirvana irrompeu limites e barreiras de rótulos, não era mais preciso acompanhar o rock para ouvir "Smells Like Teen Spirit".



Kurt Donald Cobain, nascido no dia 20 de fevereiro de 1967 em Aberdeen, estado de Washington (o mesmo de Seattle), foi dado como desaparecido no dia 4 de abril de 1994. Ele havia sido internado na Califórnia, poucos dias antes, em coma depois de uma overdose --uma semana após o último show do Nirvana, em Munique, na Alemanha.

No dia 30 de março, o cantor acordou do trauma e deixou o hospital. Voltou para Seattle no mesmo dia, comprou uma espingarda, foi para sua casa e não se comunicou com ninguém. Cobain foi encontrado pela polícia em 8 de abril, três dias após sua morte, na estufa localizada no andar acima da garagem. Uma carta de suicídio foi achada no topo de uma montanha de terra --o bilhete estava atravessado pela caneta vermelha com que fora escrito.

"O fato é que eu não posso enganar vocês, ou qualquer um, simplesmente não é justo para mim nem para vocês. O pior crime que eu posso pensar seria o de enganar as pessoas ao fingir que estou me divertindo 100%", escreveu Cobain em seu bilhete suicida. "Sou uma pessoa de humor muito errático e não tenho mais a paixão. Paz, amor, empatia - Kurt Cobain."

Alma feminina
Antes de ter puxado o gatilho com a sua mão esquerda, canhoto que era, Cobain havia ingerido grande quantidade de heroína, mas não o suficiente para matá-lo. Kurt já havia tido uma overdose de heroína em 1993 e outra no dia 4 de março de 1994 em Roma, à base de champanhe e Rohypnol (ou flunitrazepam, nome genérico, um comprimido usado como sedativo em casos graves de insônia).

No episódio italiano, Cobain supostamente estaria tentando se separar de Courtney Love. Ele, que ficou traumatizado na infância por conta do divórcio de seus pais, já havia dito à esposa que "preferia morrer a se separar".

Em entrevista ao jornalista inglês Everett True, publicada no dia 18 de julho de 1992 na revista "Melody Maker", Kurt declara: "Eu respeito aqueles que agem como idiotas quando são realmente inteligentes. É uma declaração niilista, como se eles estivessem tentando dizer que não há mais razão para tentar ser humano, porque as coisas saíram totalmente do controle. É uma atitude muito punk, mas acho também que seria entediante ser Johnny Rotten depois desses anos todos. Não estou falando sobre sexismo, mas sobre aquele tipo de atitude negativa quando você não está mais apto a apreciar a paixão ou a beleza."

Sobre esse sexismo do trecho, Kurt diz, no início da mesma entrevista, que sempre foi uma pessoa mais feminina quando era jovem. Para Everett True, um dos primeiros jornalistas a divulgar a banda na Inglaterra, Cobain foi alguém que carregou uma sensibilidade diferente no mundo "macho" do rock e do punk --um dos fatores que o diferenciou de outros artistas de sua época e o colocou entre os grandes do gênero.

O começo do Nirvana
Kurt Cobain teve uma infância pobre. Criado por outros membros da família que não pai e mãe, era criança hiperativa a quem foram dados remédios para se concentrar melhor nos estudos e para dormir à noite. Odiava os estudos e passava seu tempo pintando, cantando e ouvindo Beatles, Monkees, Kiss, Black Sabbath, Sex Pistols, Black Flag e Clash.

  • "Devemos nossa carreira ao Nirvana", diz vocalista do Vaselines
  • "Se estivesse vivo, Kurt Cobain gostaria de mim", afirma Eddie Vedder
  • Músicas do Nirvana não trazem retorno comercial, mostra revista


  • Ganhou sua primeira guitarra aos 14 anos e formou o Nirvana em 1986, com 19 anos, junto de Krist Novoselic e vários bateristas diferentes. O primeiro disco, "Bleach", saiu em 1989 e a banda foi ganhando reconhecimento por conta das apresentações enérgicas.

    O trio, depois de efetivar o baterista Dave Grohl, gravou o segundo disco e pedra de toque dos anos 90: "Nevermind". O clamor de crítica e público e o sucesso comercial de "Smells Like Teen Spirit" e "Come As You Are" catapultaram a banda para o grande mercado, levando-os a apresentações em programas de TV como o "Saturday Night Live". Seus shows, antes em espaços menores, ganharam os estádios. O som que faziam também estava embalado em um rótulo próprio que o Nirvana fez por perpetuar: o grunge.

    Kurt se casou com a cantora Courtney Love em 1992, no Havaí, e com ela teve uma filha, Frances Bean. Em 1993, o Nirvana lançou seu último álbum de estúdio, "In Utero", e gravaram o acústico da MTV em 1994 --que teve lançamento póstumo, no dia 1º de novembro do mesmo ano.

    Cifras da obra
    As vendas dos discos do Nirvana não deixam de impressionar e de reforçar a força da música do grupo. Só "Nevermind" já teria vendido aproximadamente 14 milhões de cópias, cinco milhões antes de Cobain ter cometido suicídio. "Bleach", o primeiro disco, na época havia vendido 300 mil cópias --alcançando hoje aproximadamente 1,7 mi. "In Utero" fica com 4,5 milhões de cópias. O acústico "MTV Unplugged In New York" chega a 5 milhões.

    Somando todos os discos, junto da coletânea de raridades e lados B "Incesticide" e o ao vivo "From the Muddy Banks of Wishkah", obtêm-se quase 30 milhões de discos vendidos. Em média, por ano, vendem-se 230 mil cópias de "Nevermind" e 120 mil do "Acústico MTV".
    Via UOL musica

    Studio 2002

     

    'É um presente para a vida toda', disse o músico.
    Ele participa de um show sábado com Ringo Starr.

    Da Reuters

    Reuters
    Paul McCartney e Ringo Starr participam de show destinando a angariar fundos para ajudar as crianças a aprender meditação. (Foto: Reuters)

    Os dois ex-integrantes ainda vivos dos Beatles, Paul McCartney e Ringo Starr, participam neste sábado (4) de um show destinando a angariar fundos para ajudar as crianças a aprender uma técnica de meditação que, segundo McCartney, ajudou a estabilizar a banda no auge da fama.


    Os dois ex-beatles tocarão separadamente no concerto intitulado "Change Begins Within" ("A mudança começa por dentro"), organizado pela Fundação David Lynch, que ajuda as pessoas a aprenderem a técnica chamada meditação transcendental.


    Os Beatles ajudaram a popularizá-la em 1967, quando buscaram orientação espiritual do guru indiano Maharishi Mahesh Yogi.


    "Foi um grande presente que Maharishi nos deu", disse McCartney em entrevista coletiva nesta sexta-feira (3). "Para mim, veio num momento em que estávamos buscando algo para nos estabilizar, no final dos loucos anos 60. É um presente para a vida toda, algo que você pode chamar a qualquer momento".


    Ringo também descreveu a meditação transcendental como um presente. Afirmou que, nos últimos mais de 40 anos, tem meditado "às vezes muito, às vezes um pouco".


    Outros convidados para o show no Radio City Music Hall, em Nova York, incluem Sheryl Crow, Donovan, Eddie Vedder (vocalista do Pearl Jam), Ben Harper e Moby.

      Técnica contra o estresse

    A fundação mantida pelo cineasta David Lynch diz que desde 2005 já forneceu bolsas para que mais de 100 mil jovens em situação de risco, professores e pais aprendessem a meditação transcendental em 30 países.


    O concerto é parte dos esforços para ajudar 1 milhão de crianças a aprenderem essa técnica mental contra o estresse.


    "Sinto como se estivesse numa reunião dos meditadores anônimos", brincou Moby. "Só aprendi a MT recentemente, porque fui criado por hippies e, para ser honesto com vocês, qualquer coisa associada à MT e aos hippies me assustava".


    "Quando eu estava crescendo, achava que a MT envolvia sacrifícios rituais de animais, se mudar para algum país, renunciar à riqueza e ao materialismo e comer besouros. Mas uma das coisas que me impressionaram foi sua simplicidade", disse ele. "É uma prática simples que acalma a mente."

    via portal G1

    Studio 2002

     

    Related Posts with Thumbnails