Archive for 09/14/12
"Meu pai ficou louco", conta Pipo Marques, de 18
anos, sobre o dia em que ele e o irmão, Rafa, 24, disseram à família
que queriam ser cantores. O patriarca Bell, líder do Chiclete com
Banana, admite que ficou preocupado. "Quando eles falaram, eu e Aninha
[esposa e mãe] fomos contra. Tenho experiência suficiente para saber que
é uma carreira desgastante. Perdem-se os amigos e, se não tiver uma boa
estrutura, acaba destruindo a família. O sucesso é uma coisa perigosa",
diz Bell.
Mas os garotos insistiram no desejo, e com acompanhamento do pai,
criaram a banda de axé Oito7Nove4. O nome vem do ano de nascimento de
Rafa, 1987, e Pipo, 1994. Bell monitorou doze meses de ensaios até estar
certo de que os filhos estavam "preparados". Após duas temporadas de
Carnaval e micaretas no Nordeste, eles estreiam a apresentação da banda
em São Paulo, nesta quinta-feira (13). O show é fechado para convidados,
mas será registrado pelo serviço de vídeo online Vevo, parceiro do
YouTube que fornece conteúdo de gravadoras como Sony e Universal.
A apresentação do Oito7Nove4 estará disponível para visualização no domingo (16), no site Vevo.com. Depois, o vídeo entra no ar no canal da banda no YouTube.
A dupla é a primeira aposta do programa "Vevo lift", em estreia no
Brasil. A série de vídeos para a web com novos artistas existe em outros
países e já contou, por exemplo, com a cantora Jessie J e a boy band
One Direction na Inglaterra. A parceria também prevê produção de
videoclipes e outros shows especiais a serem marcados.
Rafa sabe que o axé é hoje menos popular nacionalmente do que no auge
do a carreira do pai, nos anos 90. "No meu ponto de vista, o sucesso dos
gêneros musicas no Brasil vem em ciclos. Cada época tem um gênero que
se destaca mais. Como já foi sertanejo, samba, axé, depois sertanejo
novamente. Eu torço para que o axé volte a ser mais popular, ter aquela
dimensão", diz. Mas eles não querem carregar o "fardo" de renovar um
gênero. "A gente está começando, se é uma renovação é o público que vai
dizer."
O caçula Pipo também evita cobranças. "Sempre que o pessoal fala em
renovação do axé nossa perna treme [risos]. Mas gostamos da expectativa,
pois mostra que temos passado uma boa impressão", comemora. Eles contam
que venderam em nove dias todos os abadás para o bloco de carnaval que
criaram em Salvador, o Banana Coral, em 2011. A música "Se não puder
voar", maior sucesso até agora, tem mais de 1 milhão de views no
YouTube.
"Cada vez te amo mais", disco lançado em janeiro de 2012, com maior
divulgação na Bahia, é baseado em axé romântico. O Oito7Nove4 também
toca músicas do Chiclete Com Banana nos shows e está preparado para as
comparações, conforme aviso do pai: "Filhos, vocês têm um pai famoso, e
isso é um carma muito grande. Vão ter que estudar e trabalhar muito para
provar que têm talento".
Rafa lembra que, antes do primeiro show, em 2011, foi pedir conselho ao
pai. "Ele falou que não tinha dica nenhuma. 'Vocês viram o que eu
estava fazendo durante toda a vida. A única coisa é se divertir. O resto
está no subconsciente de vocês.'"
Mais de uma hora antes de a apresentação de Taylor Swift começar, os
cerca de mil fãs que ganharam ingresso para o Citibank Hall, na Barra da
Tijuca, Zona Sul do Rio de Janeiro, já cantavam cada verso e gritavam
ao início de cada clipe exibido no telão. Vencedora de seis prêmios
Grammy, eleita a mulher do ano pela “Billboard” e celebridade teen mais
bem paga do mundo, a cantora norte-americana debutou em solo brasileiro
na noite desta quinta-feira (13). Em um showcase de 40 minutos, iniciado
às 21h40, com 10 minutos de atraso, tocou os principais hits e fez o
primeiro dueto ao vivo com Paula Fernandes, com quem divide a canção
"Long live".
A faixa foi a última da noite, que começou com “Sparks fly”. Após a
abertura, um longo silêncio para ouvir a plateia gritar seu nome e
palavras de amor, retribuídas sem muita originalidade, mas o suficiente
para os presentes delirarem. “Eu amo o Brasil. Obrigada.”
O show seguiu com “Leave me alone” e “Mean” e o antigo hit “Love Story”.
Entre as faixas, Taylor arriscava outras palavras em português como
“briga”, ao falar sobre músicas de rompimentos, e elogiava os fãs. “É
minha primeira vez no Brasil, tinha um sentimento de que vocês seriam
ótimos.”
Sentada em um sofá com seu violão elétrico, emendou mais agradecimentos
antes da canção “Fifteen”, que precedeu o hit do momento, “We are never
ever getting back together”, que chegou ao primeiro lugar no ranking do
iTunes e no Top Digital Songs da "Billboard" em seu lançamento.
Com 35 minutos de show, Taylor chamou Paula ao palco. “Tenho uma honra
muito especial de cantar com essa cantora brasileira tão maravilhosa. E
muito amável, pois não estaria livre hoje à noite, mas conseguiu vir.
Senhoras e senhores, recebam no palco Paula Fernandes.”
As duas beldades, uma loira e uma morena, um violão prateado e outro
marrom, cantaram juntas para fechar a noite. Paula e o público
misturaram os trechos em inglês e português, enquanto Taylor não se
arriscou fora de sua lingua. Um abraço ao fim da música e as duas saíram
de mãos dadas para encerrar o show.
“Quando eu voltar [ao Brasil] será um show maior e melhor”, prometeu
Taylor após a apresentação, ao responder perguntas respondidas de fãs
sorteadas pelo patricinador, com apresentação da atriz Marcela Ricca.
Perguntada sobre quem seria se pudesse ser outra pessoas, escolheu uma
atriz com o biotipo bem parecido: “Seria Gwyneth Paltrow . Ela é tão tão
bonita, tão legal e tem filhos lindos. Definitivamente seria ela.”
Taylor subiu ao palco acompanhada de banda formada por Dave Cook
(teclados), Caitlin Evanson (violão), Al Wilson (bateria), Mike Meadows,
Paul Sidoti e Grant Mickelson (guitarras), Amos Heller (baixo) e
Melanie Nyema, Kamillah Marshall, Clare Turton e Carly Thomas Smith
(vocais).