Archive for 05/12/09

Na TV, Susan Boyle diz que 'ama cada segundo' da fama

Cantora esteve no programa de Oprah Winfrey.
Boyle falou sobre mudança de visual e sua infância.

Susan Boyle, participante do programa 'Britain's Got Talent'. (Foto: Reprodução)

A revelação da música britânica Susan Boyle apareceu através de um link de vídeo no programa de TV da apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, na noite de segunda-feira (11).

Em uma das raras entrevistas que deu desde que apareceu pela primeira vez no programa "Britain's got talent", Boyle falou sobre as mudanças na sua vida, dizendo que "ama cada segundo" da fama. "Eu sou reconhecida na rua, me pedem autógrafos. Eu recebi um punhado de cartas e outro tanto de cartões postais de todo o mundo."

 

Boyle afirmou que não se acostumou completamente à popularidade: "Ainda preciso de um tempo para me acostumar. As coisas aconteceram rápido demais". Comentando sobre o seu novo visual, confessa que mudou um pouco, "mas foi apenas para me agradar, como qualquer outra mulher faria".

Mais nova de uma família de nove irmãos, Boyle contou que começou a cantar em corais aos 12 anos de idade. "Eu não aprendia com muita facilidade na escola, então começar algo como canto foi uma boa maneira de me esconder enquanto tentava aumentar minha autoconfiança."

Sua mãe, que a ajudou a entrar no mundo da música, morreu há dois anos, e Susan ficou por algum tempo sem cantar ("Eu estava tentando lidar com a dor"), mas acabou usando sua voz para ajudar com o processo de luto: "É uma recuperação muito lenta. Uma das razões de me inscrever no programa foi para testar se eu conseguiria me apresentar na frente de uma plateia novamente".

Boyle virou assunto no mundo todo ao participar do show de calouros "Britain's got talent". Com idade mais avançada do que a média dos competidores e fora dos padrões de beleza, ela foi motivo de chacota ao pisar no palco. No entanto, deixou todos boquiabertos ao soltar a encantadora voz, apresentando "I dreamed a dream", do musical "Les Misárables".

via G1

 Studio 2002

Carmem Manfredini canta com o grupo Tantra em 'O fim da infância'.
Banda tocava nas turnês da Legião Urbana nos anos 80 e 90.

Dolores Orosco Do G1, em São Paulo

Carmem e os músicos da banda Tantra finalizam em estúdio o álbum 'O fim da infância'. (Foto: Divulgação)

Já fazia um bom tempo que Carmem Manfredini gostava de cantar quando finalmente tomou coragem e mostrou ao irmão, Renato Russo (1960-1996), uma fitinha com algumas músicas gravadas. "Sua voz parece a da Yoko Ono", constatou o líder da Legião Urbana, deixando inconsolável a caçula da família.

Mais de duas décadas se passaram e Carmem agora conclui que a comparação foi um elogio. Embora não tenha lá muita certeza disso. "O Renato era assim. Deixava a gente feliz, mas com a pulga atrás da orelha", brinca a irmã do roqueiro, que após anos de dúvida resolveu se assumir como cantora.

"O fim da infância" é o título do álbum que lançará este mês com o grupo Tantra, formado por Fred Nascimento (guitarra), Gian Fabra (baixo), Carlos Trilha (teclado) e Lourenço Monteiro (bateria). Com exceção do baterista, todos são velhos conhecidos de Carmem, pois integraram a banda de apoio que tocava nos shows da Legião.

"Ela tem uma voz linda. E seu humor às vezes é bem parecido com o do Renato", elogia Fred, que nunca desconfiou que a jovem tímida que Russo gostava de levar nas turnês soubesse cantar. "Ele tinha o maior xodó com a irmã, que sempre ficava ali quietinha, observando tudo".

O guitarrista só foi descobrir a voz de Carmem, hoje com 46 anos, durante as gravações do "Tributo ao Álbum Branco" (2008) - homenagem às quatro décadas do clássico dos Beatles, no qual artistas nacionais fizeram versões das faixas. "Rocky Raccoon" coube a Carmem, que na época aceitou o convite meio relutante.

"Nem pensava mais em cantar. Sou professora de inglês há 23 anos", conta ela, que no passado fez parte de um grupo vocal e chegou a se apresentar com a banda underground Spirituals de Porco, em Brasília.

 

"Agora estou empolgada novamente. Vamos sair em turnê em julho", adianta a cantora, que, em nome da retomada artística, não deve lecionar nos próximos meses.

Além da irmã, outro membro da família Manfredini também está envolvido no meio musical: Giuliano, o filho de Renato Russo, hoje com 20 anos. "Ele teve duas bandas, mas os companheiros seguiram outros caminhos. Agora trabalha com produção cultural, com bandas de garagem muito talentosas", revela a tia, orgulhosa.
 

Semelhanças

 

Segundo Trilha, que além de tecladista também compõe e produz, o projeto "Carmem & Tantra" é musicalmente diferente da Legião. "Claro que quem quiser achar semelhanças, vai encontrar. Talvez um violão folk, ou a levada do meu piano...", diz o músico, que produziu trabalhos-solos de Renato Russo como "The stonewall celebration concert" (1994), e "Equilíbrio distante" (1995).

Diferente do colega de banda, Fred aposta que as músicas de "O fim da infância" vão agradar em cheio os órfãos da banda. "Nossas letras são muito pessoais, falam de saudade, decepções, da inquietação dos sentimentos... Os fãs da Legião vão se deliciar".

Segundo o guitarrista, a maioria das faixas são inéditas. A exceção fica por conta da regravação de "Virgem", famosa na voz de Marina Lima. "É como se cada um tivesse trazido sua caixa de discos e acrescentado alguma coisa", diz.

Da "caixa de discos" de Carmem, há muita influência do que o irmão superstar apresentou. "A coleção de discos dele parecia sem fim. Ouvíamos muito Smiths, Cure...".

Sobre a comparação com Yoko Ono, até o guitarrista Fred se surpreendeu quando soube da história. "Que estranho o Renato ter dito isso... Se você prestar atenção, vai notar que a voz da Carmem, em alguns intervalos de respiração, é igualzinha a dele"

via G1

 Studio 2002

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