Archive for 04/02/09

Foto: Divulgação

O Alisson, editor do Oasis News, deu a dica: Cachorro Grande deve abrir os shows do Oasis nas quatro cidades brasileiras pelas quais passará: Rio de Janeiro (07/05, no Citibank Hall), São Paulo (09, no Anhembi), Curitiba (10, no Expotrade Pinhais) e Porto Alegre (12, no Gigantinho).

A informação ainda não foi confirmada pela Opus Promoções, a produtora da apresentação na capital gaúcha, mas a discussão já tá pegando lá no site do Alisson. Alguns acharam boa a escolha, outros não. E você, curtiu?

Foto: Reprodução, Canto Photographer

Veja o mapa do Gigantinho aqui e um guia especial sobre os shows em todas as cidades lá no Oasis News.

via clicrbs


Em "Preconceito", Antonio Maria preconizava, com mágoa, em 1953: "Pra que este beijo agora?/Por que meu amor este abraço?/Um dia você vai embora sem sofrer os tormentos que eu passo/De que vale sonhar um minuto se a verdade da vida é ruim?/Se existe um preconceito muito forte separando você de mim".

Durante décadas os donos dos hits "Whiskey a Go Go" e "Dona" carregaram todo tipo de julgamento: da imprensa dita especializada, do rock nacional vigente, dos apegados à atitude e mesmo da MPB mais refinada. Mas o Roupa Nova resistiu.

Nos últimos 39 anos --se contado o tempo em que a banda atendeu pelo nome de The Famks-- Paulinho, Serginho Herval, Kiko, Nando, Ricardo Feghali, Cleberson Horsth contabilizaram decepções com as múltiplas tachações. Ficou para trás.

Com o recém-lançado "Roupa Nova em Londres" (Roupa Nova Music), primeiro álbum de inéditas da banda desde 1997, gravado em Abbey Road e no Air, estúdio do quinto beatle George Martin, o sexteto carioca remonta ao passado e revisita um período de batalha quase diária contra o preconceito.

"A imprensa já foi dura com a gente", diz Paulinho, responsável pela percussão e pelos vocais intensos de músicas como "Linda Demais", hit de 1985. "Fomos rotulados de banda brega, de grupo de baile. Mas as pessoas se esquecem de que o baile é uma grande escola para 90% dos músicos brasileiros. Eu duvido muito que o Caetano Veloso nunca tenha tocado em baile ou em bar. Hoje, quando nos chamam de banda de baile, nem ligo. Que falem, não temos mais nada para provar a ninguém".

Banda de baile ou não (e seja o rótulo pejorativo ou não), o Roupa Nova, pelo visto, ainda tem muito a oferecer, e não só aos fãs antigos. Uma pesquisa encomendada pela própria banda indicou que 75% dos fãs do Roupa Nova estão numa faixa etária (dos 15 aos 25 anos) mais próxima da preferência por bandas como CPM 22 e Charlie Brown Jr. Os laços com esta geração foram recentemente solidificados por meio de uma gravação do hit "Volta Pra Mim" feita pelos emos do Fresno, para uma vinheta para a MTV.

"Já sentimos preconceito, sim", concorda Feghali, afirmando que o rótulo de grupo romântico não lhes serve. "Essa presença de gente nova mostra que sobrevivemos através dos anos. Acho que as rádios vão sempre procurar nosso lado romântico. Mas temos letras de protesto, um lado social em várias músicas, que muitas vezes passa despercebido".

Velho amigo da banda (tocou com o baterista Herval na formação do grupo A Bolha que gravou "É Proibido Fumar", em 1978), o produtor Marcelo Sussekind diz que tais visões a respeito do Roupa Nova são absurdas: "São o melhor time de músicos que se pode encontrar. Esse tipo de sentimento só pode vir de quem não conhece a banda. Tem muita bandinha no mercado que não sabe de nada. Quando falam mal sempre me manifesto contra".

Outro a levantar a plaquinha com a nota 10 para a banda é João Barone, baterista dos Paralamas do Sucesso --banda que já fez gravações no estúdio do sexteto, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. "Eles são uma grande instituição, um grupo acima do bem e do mal em relação à crítica", afirma Barone.

O cantor Daniel Lopes, ex-integrante do grupo carioca Reverse, agora solo, vai mais além: "Eu me orgulharia de fazer parte de uma banda como o Roupa Nova. Eu os vejo como o porto seguro da canção. Hoje é mais fácil ser um hype do que construir uma lista de hits tão expressiva como a deles".

O ego do sexteto fora imunizado contra preconceitos logo no começo da carreira, quando, logo ao ser associado ao clima festeiro dos bailes, recebeu um presente de Milton Nascimento. É do compositor a canção Roupa nova, que batizou a banda. O autor de "Cais" convidou-os para gravar "Nos Bailes da Vida", uma composição dele com Fernando Brant, no álbum "Caçador de Mim" (1981).

Para Paulinho, pior do que qualquer idéia pré-concebida, são as distorções. "A gente fazia sucesso em rádio. Então queriam que a gente fizesse música na onda de pagode e sertanejo. Sempre brigamos com produtores e nunca nos prostituímos".
via UOL musica

Cantor foi morto pelo próprio pai no dia 1º de abril de 1984.
Se vivo, Gaye faria 70 anos nesta quinta-feira (2).

Do G1, em São Paulo

Marvin Gaye no 'The Ed Sullivan Show' nos anos 60. (Foto: Divulgação)

Por 20 meses, ele já teve o single mais vendido da história da clássica gravadora de soul Motown. Ele tocou bateria em "Please, Mr. postman" , das Marvelettes, lançou um dos primeiros discos conceituais da música negra, foi um dos primeiros artistas a cantar sobre ecologia com "Mercy mercy me" e foi considerado um dos dez maiores cantores da música pop pela revista "Rolling Stone".

 

Confira os 15 discos para entender o soul

Mas a vida de Marvin Petz Gay Jr. – mais conhecido como Marvin Gaye – não foi feita só de sucessos. A carreira de um dos maiores artistas da soul music também foi marcada por tragédias, começando com o desmaio que Tammi Tarrel, sua parceira de gravadora teve ao seu lado, em cima do palco (e sua subseqüente morte), passando por problemas com drogas, divórcios conturbados e a tragédia final que tirou a sua vida em 1º de abril de 1984 – há 25 anos, na véspera de seu aniversário de 45 anos. 


Ouça um especial GloboRadio com Marvin Gaye

 

Filho do pastor


Gaye nasceu no dia 2 de abril de 1939, em Washington DC, filho de Alberta Cooper Gay e Marvin Gay. O pai era pastor de uma igreja pentecostal dissidente chamada House of God ("Casa de Deus", em inglês). Gaye apanhava constantemente do pai, e seu sobrenome, aliado à sua voz aguda, despertavam rumores de que era homossexual entre os colegas de escola. Quando se tornou cantor, adicionou um "e" ao sobrenome – em parte fugindo do rótulo de gay e em parte como homenagem ao seu ídolo Sam Cooke.

Gaye participava dos sermões do pai, cantando hinos gospel, e também era fã de grupos de doo wop. Na escola, participou de banda do estilo, cantando e tocando bateria. Após ser dispensado do serviço militar, entrou para o The Marquees, do amigo Reese Palmer. Após gravar um single pelo selo da Chess comandado por Bo Diddley, foram contratados por Harvey Fuqua para tocarem na nova versão do grupo The Moonglows.

A banda se desfez em 1960, depois de cantarem em faixas de Chuck Berry e Etta James e gravarem alguns singles. Fuqua levou Gaye para Detroit, onde conseguiu um contrato para o cantor com a Anna Records – que viria a se tornar uma subsidiária da Motown.

Além de cantor, Gaye foi baterista do selo, gravando, entre outras músicas, "Mr. postman", sucesso do girl group The Marvelettes que ganharia versão dos Beatles posteriormente. Rebelde, não se ajustava ao "padrão Motown de qualidade", se recusando a ter as aulas de etiqueta e postura de palco patrocinadas pelo selo. Ainda assim, teve seu primeiro hit à frente do microfone em 1962, com "Stubborn kind of fellow". 

Tammi Terrell


Após uma série de hits ("Ain't that peculiar", "How sweet it is") e duetos (com Kim Weston e Mary Wells), Gaye achou sua parceira musical em Tammi Terrell, jovem cantora contratada pela Motown em 1965. Juntos, gravaram o álbum "United", com os singles "Ain't no mountain high enough", "You're all I need to get by" e "Ain't nothing like the real thing".

Mas a parceria não durou muito – durante uma apresentação em outubro de 1967, Terrell desmaiou no palco, nos braços de Gaye. No hospital, o diagnóstico foi mais sério – a cantora tinha um tumor maligno no cérebro. Segundo o livro "Divided soul: The life of Marvin Gaye", Terrell parou de cantar, e os vocais do disco "Easy", de 1969, teriam sido gravados por Valerie Simpson. Gaye, por sua vez, ficou arrasado com a doença de sua parceira, deixando inclusive de aproveitar o sucesso de seu maior hit, "I heard it through the grapevine". 

 

Detalhe da capa de 'Let's get it on', de Marvin Gaye. (Foto: Reprodução)

A música, composta por Norman Whitfield e Barrett Strong, foi gravada por Gaye em abril de 67, mas rejeitada pelo presidente e fundador da Motown Barry Gordy Jr. – irmão de Anna Gordy, com quem Gaye se casou em 1962. Insistindo na qualidade de faixa, Whitfield gravou uma nova versão, com Gladys knight and the Pips – que se tornou um dos maiores hits do grupo.

Lançada em 1968 no álbum "In the groove", a música começou a ser tocada pelos Djs das rádios – apesar do single oficial do disco ser "You". Pressionada pelo sucesso popular, a gravadora lançou "Grapevine" como single – e a canção ficou durante sete semanas em primeiro lugar da Billboard, se transformando no compacto mais vendido da gravadora até então (mas o recorde seria batido 20 meses depois, com "I'll be there", do Jackson 5). 

 

What's going on

 

Terrell acabou morrendo em 1970, aos 24 anos. Gaye estava completamente desolado, chegando a tentar a carreira no futebol americano. Cansado do controle criativo imposto pela Motown, resolveu entrar no estúdio e gravar "What's going on", libelo pacifista fora dos padrões românticos da gravadora.

Gordy não gostou da ideia (disse que a música era "a pior coisa que já ouvi"), mas após o cantor ameaçar deixar o selo, resolveu lançar um compacto com a música, sem nenhum tipo de publicidade. Ainda assim, a faixa ficou em segundo lugar nas paradas pop e em primeiro nas de R&B, e o diretor da Motown foi obrigado a pedir um álbum inteiro no mesmo estilo para Gaye.

Lançado em 1971, "What's going on", o álbum, se tornou um clássico da black music, influenciando uma série de artistas – começando pelos colegas de selo, como Stevie Wonder, que começaram a procurar um rumo mais autoral em suas próprias carreiras. Além da faixa-título, o disco ainda rendeu os singles "Mercy mercy me" (sobre ecologia) e "Inner city blues". O álbum ainda foi eleito "Disco do ano" pela revista Rolling Stone. 

Here, my dear


Gaye continuou sua carreira de sucesso com o sensual "Let's get it on", disco que se tornou o álbum mais vendido de sua carreira. Também gravou em 1972 "Diana & Marvin", álbum composto apenas de duetos com a ex-Supremes Diana Ross.

Gaye divorciou-se de Anna em 1977, e, como parte de uma decisão judicial, teve que dar parte da renda de seu próximo disco para a ex-esposa. O resultado foi "Here, my dear" ("Aqui, minha querida", em inglês), álbum duplo de pouco sucesso onde o cantor dissecava amargamente o relacionamento em faixas como "When did you stop loving me, when I did stop loving you?".

Em 1979, o cantor declarou falência e foi morar no Havaí, morando em uma van. Gaye partiu para uma turnê europeia em 80, e terminou de gravar seu último álbum pela Motown, "In our lifetime?". Após o lançamento do disco, brigou com a gravadora, acusando os executivos de terem modificado o álbum. 

Tragédia


Em 1982, Gaye mudou-se para a pequena cidade costeira de Ostend, na Bélgica, onde gravou seu último grande sucesso, "Midnight love", álbum que continha a faixa "Sexual healing", vencedora de dois Grammys. O single vendeu dois milhões de cópias nos EUA, passando dez semanas no topo das paradas de R&B.

Afetado por uma séria depressão, Gaye interrompeu a turnê do disco em agosto de 1983 – supostamente, o cantor teria até mesmo tentado o suicídio em alguns momentos. Voltando a morar com a família, se desentendia constantemente com o pai. Acabou vítima do progenitor, que disparou contra o filho após este intervir em uma discussão que estava tendo com sua esposa. A arma do crime havia sido um presente do cantor para o pai, dado quatro meses antes. Marvin Gaye morreu no dia 1º de abril de 1984 – um dia antes de seu aniversário. Uma tragédia sem tamanho para quem havia cantado, uma década antes, que "só o amor pode conquistar o ódio".

via portal G1

Prestes a completar 50 anos, o ex-líder dos Smiths lança 'Years of refusal'.
Beck, Scissor Sisters e TV on the Radio estão na coletânea 'War child'.

Do G1, em São Paulo

MORRISSEY - "YEARS OF REFUSAL"
Divulgação
Divulgação
Gravadora: Polydor

Prestes a completar 50 anos, o ex-líder dos Smiths parecia estar entrando numa crise de meia idade após os "anos de recusa" do título do mais novo álbum. Deixou-se fotografar semi-nu no lançamento do single "I'm throwing my arms around Paris", lançou o disco mais pesado em muito tempo, ameaçou se aposentar para terminar a carreira com "dignidade". Mas é só ouvir as primeiras faixas para perceber que, apesar do clima solar, é só o velho Moz falando de solidão, velhice e morte nas letras mais irônicas e dramáticas do pop mundial. "Você foi bom no seu tempo/ E nós te agradecemos / Você disse mais em um dia do que muita gente numa vida/ Foi o nosso tempo e nós te agradecemos", diz a letra da autorreferente e cruel "You were good in your time". Se há algum sinal de senilidade, talvez sejam os sopros e violões "mariachi" em "When I last spoke to Carol" e "One day goodbye will be farewell". (AMAURI ARRAIS)

via portal G1

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