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- O dragão com a toalha no braço da letra errada de "Menino do Rio"
"Menino do Rio, calor que provoca arrepio, dragão com a toalha no braço...". Toalha? Quem gosta de música provavelmente conhece alguém ou já se viu cantando uma de suas canções favoritas e, de repente, descobrir que parte da letra não é exatamente como pensava.
Os versos que abrem esse texto, de "Menino do Rio", clássica canção de Caetano Veloso, são um exemplo disso. Em vez da letra correta "dragão tatuado no braço", muita gente já cantou "dragão com a toalha no braço". Às vezes a descoberta vem apenas ao ouvir a música com mais atenção. Em outras, pode ser no meio de uma cantoria entre amigos ou no karaokê.
Veja na tabela abaixo os casos mais engraçados.
Use a caixa de comentários no pé da página para enviar mais exemplos e contar como você descobriu que cantava errado.
Música | Letra errada | Letra correta |
"Menino do Rio" | Dragão com a toalha no braço | Dragão tatuado no braço |
"Borbulhas de Amor" | Quem dera ser um peixe, paralelepipedo aquario mergulhar | Quem dera ser um peixe, para em seu límpido aquario mergulhar |
"Do Seu Lado" | O amor é o calor que aquece a água | O amor é o calor que aquece a alma |
"Como Nossos Pais" | Mas é você que é mal-passado e que não vê | Mas é você que ama o passado e que não vê |
"Pense em Mim" | Vamos pegar o primeiro avião clandestino a felicidade | Vamos pegar o primeiro avião com destino a felicidade |
"Homem Primata" | Peixes que mordem, até hoje em dia / Homem que mata, capitalismo selvagem | Desde os primórdios, até hoje em dia / Homem primata, capitalismo Selvagem |
"Caminho das Águas" | A vaca segue seu rumo lenta | A barca segue seu rumo lenta |
"Oceano" | Amarelo um deserto e seus temores, vida que vai nas selas dessas dores | Amar é um deserto e seus temores, vida que vai nas selas dessas dores |
"Noite do Prazer" | Na madrugada a vitrola rolando um blues, trocando de biquini sem parar | Na madrugada a vitrola rolando um blues, tocando B. B. King sem parar |
"Leve" | Salvador está ali não ousou imaginar-te | Salvador Dalí não ousou imaginar-te |
"Se" | Eu levo a sério mas você desfaz / Sei lá o que a não quer meu caô / Mais fácil aprender japonês em hebraico... | Eu levo a sério mas você disfarça / Sei lá o que te dar, não quer meu calor / Mais fácil aprender japonês em braile... |
"Sem Poupar Coração" | Não quero mais comer quindim, o amor é só pra ser feliz | Não quero mais ouvir quem diz que o amor é só pra ser feliz |
Um recente estudo da London School of Economics comprova que compartilhar músicas pela internet não está afetando o rendimento dos autores e esta nova prática social não é inimiga dos criadores. A informação é do ex-diretor geral da Campus Party Brasil e colaborador do Radar Econômico (jornal O Estado de S. Paulo), Marcelo Branco.
Segundo o estudo, a condução negativa do debate proposto pela indústria fonográfica e pelas arrecadadoras, e a forma de proteção inadequada da propriedade intelectual nos tempos de internet, é o que tem causado danos à indústria criativa da música.
O estudo sugere também que uma nova legislação de direito autoral deveria estimular a prática dos internautas, e não reprimir. Outros fatores que estão influindo na queda do rendimento das gravadoras são o aumento do custo dos serviços básicos, da moradia e das taxas de desemprego e o crescimento do mercado dos games.
Por tudo isso está sobrando menos dinheiro para a compra dos CDs. O argumento de que quem compartilha música pela internet está “roubando” a propriedade das gravadoras, diminuindo seus rendimentos, também já foi desmentido em um estudo de 2007, publicado pelo Journal of Political Economy.
Segundo este estudo, a maioria das pessoas que baixam músicas pela rede não escutaria seus músicos prediletos se tivessem que comprar nos preços de hoje. Isso quer dizer que, baixar músicas pela Internet tem um efeito nas vendas que, estatisticamente, é praticamente zero.
Outra inverdade é que a prática social de baixarmos músicas pela internet vai deixar os autores sem alternativas de rendimento e sem estímulo para criar, já que a grande maioria dos artistas vive de apresentações ao vivo, dos seus shows. Quanto mais uma música é difundida pela internet e o artista é conhecido, mais shows e mais ingressos são vendidos.
Em 2009, no Reino Unido, por exemplo, as receitas por shows ao vivo ultrapassaram, pela primeira vez, o volume arrecadado por vendas de discos. A venda de discos movimentou 1,36 bilhão de libras, e os shows movimentaram 1,54 bilhão de libras.
*Com informações do Jornal da Tarde
fonte cultura e mercado