Archive for 07/07/11
Maria Rita
Acompanhada do trio composto pelo pianista Thiago Costa, o baixista Sylvinho Mazzucca e o baterista Cuca Teixeira, Maria Rita apresenta canções inéditas e algumas faixas dos discos anteriores. O Festival de Jazz de Montreux começou dia primeiro de julho e segue até o dia 16 do mesmo mês. Ana Carolina e Maria Gadú se juntam a Maria Rita e se apresentam no Auditório Stravinski, no próximo domingo (9), em uma noite totalmente dedicada à música brasileira.
Elis Regina, mãe de Maria Rita, fez uma lendária apresentação no festival na edição de 1979. O show originou o álbum Elis Regina no Montreux Jazz Festival, lançado apenas em 1982, ano da morte da cantora. Além de Elis, nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Rita Lee já se apresentaram no festival.
Grandes nomes, como Zizi Possi e Ivete Sangalo, cantaram sucessos do Poeta da Vila
AgNews
A anfitriã Regina Casé abraça Alcione e Zeca Pagodinho, melhor cantora e cantor de samba
Sem um grande vencedor e com os seus 35 troféus pulverizados por cantores das mais variadas categorias - passando do samba ao erudito -, a 22ª edição do Prêmio da Música Brasileira se destacou mesmo pela homenagem ao cantor, compositor, bandolinista e poeta Noel Rosa.
Considerado um dos maiores compositores populares brasileiros, o sambista morreu em 1937, aos 26 anos, vítima de tuberculose, e com mais de 230 canções no currículo. A festa, apresentada por Débora Bloch e Regina Casé, agitou o Theatro Municipal do Rio, no Centro da capital fluminense, na noite desta quarta-feira (6).
Dez números musicais reuniram grandes nomes do cenário artístico nacional para um tributo emocionante ao mito da década de 1930. Paulinho da Viola e sua filha, Beatriz Faria, abriram os trabalhos cantando De Babado e Feitiço da Vila. Dori e Nana Caymmi fizeram dueto em Três Apitos e Último Desejo. Em seguida, Yamandu Costa e Hamilton de Holanda tocaram Coisas Nossas. Depois foi a vez de Zizi Possi soltar seu vozeirão em Pela Décima Vez.
Revelação da música na edição do prêmio de 2010, Tulipa Ruiz e Zélia Duncan fizeram um dueto em duas canções, Quando o Samba Acabou e O X do Problema. Wilson das Neves e Tantinho da Mangueira vieram a seguir com os sucessos Com Que Roupa? e Conversa de Botequim.
Coube a Lenine e Luísa Malta três canções, Pierrot Apaixonado, As Pastorinhas e O Orvalho Vem Caindo. Marisa Monte atacou de Feitio de Oração; Ivete Sangalo veio de Palpite Infeliz e todos estes cantores, juntos, soltaram a voz em Até Amanhã, no encerramento e com direito a bolas pretas e brancas e pierrôs e colombinas invadindo a plateia, depois do trio Jô Soares, Aracy Balabanian e Nathalia Timberg ler um texto em prol do poeta.
Entre um número musical e outro, as apresentadoras da noite contaram peculiaridades de Noel Rosa, como o fato de ele só usar um sapato engraxado, seus inúmeros amores e suas intérpretes favoritas - Marília Batista e Aracy de Almeida -, sempre permeadas por belíssimas imagens de arquivo da década de 1930, quando o compositor morava no bairro carioca de Vila Isabel.
Sem direito a comentar seus prêmios por conta da grande quantidade deles - e o que elevaria o tempo da cerimônica, de duas horas -, os artistas só levantavam seus troféus e posavam para fotos. O protocolo foi quebrado por Leny Andrade, que faturou na categoria Melhor Álbum em Língua Estrangeira, que homenageou Cauby Peixoto - também concorrente -, sentado à primeira fila, que discursou mesmo sem microfone.
- Eu te amo! Eu te amo! Eu queria perder hoje para você!
O momento saia-justa da noite ficou por conta do Roupa Nova, que não prestigiou a festa. Semanas antes do prêmio, o grupo divulgou uma nota afirmando que não concordava com o fato de seu novo CD - Roupa Nova 30 Anos Ao Vivo - estar concorrendo na categoria Canção Popular. Eles também não mandaram representante e Débora Bloch se limitou a dizer que "o Roupa Nova não veio receber o prêmio". O troféu ficou na mão da modelo...
Na saída, Zeca Pagodinho comemorou seu prêmio de Melhor Cantor na categoria samba em entrevista ao R7.
- O prêmio é sempre um estímulo. Vou trabalhar para fazer mais coisa bacana e ser premiado de novo!
Idealizador da premiação, José Maurício Machline discursou na abertura sobre o valor da música brasileira e sobre o "momento de transição da música, da comercilização até as questões de direito autoral", numa clara referência à crise do Ecad, responsável pela arrecadação no Brasil.
Ao todo, foram 104 indicados por uma banca formada por jornalistas, músicos e críticos musicais. Pela primeira vez, o Prêmio da Música Brasileira ganha caráter itinerante e percorrerá, a partir do mês que vem, seis capitais brasileiras com o show em homenagem a Noel Rosa.
Veja, a seguir, a lista completa com todos os premiados da 22ª edição do Prêmio da Música Brasileira:
CATEGORIA MPB
CATEGORIA MPB
Melhor álbum: Quando o Canto É Reza, de Roberta Sá & Trio Madeira Brasil
Melhor grupo: Os Cariocas
Melhor cantor: Emílio Santiago
Melhor cantora: Roberta Sá
CATEGORIA PROJETOS ESPECIAIS
Álbum em língua estrangeira: Alma Mia, de Leny Andrade
Álbum erudito: Chopin The Nocturnes, de Nelson Freire
Álbum infantil: Quando Eu Crescer, de Éramos Três
Álbum projeto especial: Adoniran 100 anos
Álbum eletrônico: Calavera, de Guizado
CATEGORIA CANÇÃO POPULAR
Melhor álbum: Cine Tropical, de Criolina
Melhor dupla: Zezé Di Camargo & Luciano
Melhor grupo: Roupa Nova
Melhor cantor: Reginaldo Rossi
Melhor cantora: Sandra de Sá
CATEGORIA REVELAÇÃO
Artista: Luísa Malta
CATEGORIA CANÇÃO
Melhor canção: Dolores e suas Desilusões, de Monardo e Mauro Diniz, intérprete Zeca Pagodinho
CATEGORIA ESPECIAIS/DVD
Arnaldo Antunes, por Ao Vivo Lá em Casa
CATEGORIA REGIONAL
Melhor álbum: Capoeira de Besouro, de Paulo César Pinheiro
Melhor dupla: Renato Teixeira e Sérgio Reis
Melhor grupo: Quinteto Violado
Melhor cantor: Vitor Ramil
Melhor cantora: Elba Ramalho
CATEGORIA POP/ROCK/REGGAE/HIPHOP/FUNK
Melhor álbum: Música de Brinquedo, de Pato Fu
Melhor grupo: Pedro Luís e a Parede
Melhor cantor: Lulu Santos
Melhor cantora: Vanessa da Mata
CATEGORIA ARRANJADOR
Cristóvão Bastos por Tantas Marés, de Edu Lobo
CATEGORIA PROJETO VISUAL
Artista: Gringo Cardia pelo disco Capoeira de Besouro, de Paulo César Pinheiro
CATEGORIA INSTRUMENTAL
Melhor álbum: Gismontipascoal, de Hamilton de Holanda e André Mehmari
Melhor solista: Hamilton de Holanda
Melhor grupo: Trio de Câmara Brasileiro
CATEGORIA SAMBA
Melhor álbum: Pra Gente Fazer Mais um Samba, de Wilson das Neves
Melhor grupo: Gafieira São Paulo
Melhor cantor: Zeca Pagodinho
Melhor cantora: Alcione
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Nesta quinta-feira (7), o Brasil relembra a morte de uma das maiores figuras mais rebeldes, boêmias e polêmicas da música brasileira: Cazuza. O cantor morreu às 8h30 do dia 7 de julho de 1990, consequência de uma agranulocitose decorrente da AIDS.
Nascido Agenor de Miranda Araújo Neto, no dia 4 de abril de 1958, no Rio de Janeiro, Cazuza foi criado em Ipanema e começou sua carreira na década de 80, à frente da banda de rock Barão Vermelho, com a qual gravou quatro discos: Barão Vermelho, Barão Vermelho 2, Maior Abandonado e Ao Vivo no Rock in Rio I.
Em carreira solo, o artista registrou os álbuns Exagerado, Só Se For A Dois, Ideologia, O Tempo Não Pára - ao vivo, Burguesia e os póstumos Por Aí e O Poeta Está Vivo - Show no Teatro Ipanema 1987. Em apenas nove anos de carreira, Cazuza deixou 126 canções gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes.
Em outubro de 1989, depois de quatro meses seguindo um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza viajou para Boston, Estados Unidos, onde ficou internado até março do ano seguinte. Seu estado já era muito delicado e não resistiu. O enterro aconteceu no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.