Com sequência de gafes e opiniões contundentes, rapper gera polêmicas.
Fatos rendem mais notícias que o lançamento de seu álbum nesta semana
@KanyeWest é uma pessoa de talento - seja para a música ou para arrumar encrencas e cometer gafes. Basta uma pesquisa aqui peloG1 mesmo para constatar que o rapper costuma ser notícia tanto pelas novidades musicais que lança quanto pelas frases de efeito e confusões que apronta.
Só nesta semana, West foi assunto não só porque seu próximo e aguardado disco, "My beautiful dark twisted fantasy", vazou na web mas também por ter pedido desculpas ao ex-presidente americano George W. Bush, a quem acusou de racista, além de terdeclarado que a banda Coldplay é melhor que os Beatles.
Outra especialidade do rapper é roubar microfones alheios para expressar suas opiniões, principalmente em premiações musicais. Quem não se lembra do famosoepisódio com Taylor Swift? Já na semana passada ele inovou ao pegar o microfone de uma comissária de bordo para fazer um "showzinho particular" durante um voo doméstico nos EUA.
Relembre algumas dessas polêmicas a seguir e tire as suas próprias conclusões: afinal, Kanye West é um gênio ou o maior "mala" da música pop atual?
Eu não mereço perder
Em 2006, o clipe do rapper para "Touch the sky" foi escolhido como o melhor vídeo de hip hop na premiação da MTV europeia. Mas não foi o bastante. Ao saber que a categoria "clipe do ano" havia ficado com "We are your friends", do Justice VS Simian, Kanye subiu ao palco e tomou o microfone da mão do diretor vencedor. Disse que, com a sua derrota, a premiação perdia credibilidade. Afinal, suas gravações consumiram US$ 1 milhão, tinham Pamela Anderson no elenco... O vídeo de "Touch the sky" é bacana mesmo, mas não precisava tanto.
Beyoncé não merece perder
Em 2009, num episódio quase tão constrangedor quanto o de quatro anos atrás, West roubou o microfone de Taylor Swift durante a entrega do VMA americano. Disse que o clipe de Beyoncé ("Single ladies") merecia ter ganhado no lugar do dela ("You belong with me"). Ele foi expulso da cerimônia e vaiado pela plateia ao ser citado depois do incidente. Resultado? Sumiu do mapa por nove meses antes de voltar aos palcos.
Cantoria no avião
Você está viajando de Mineápolis para Nova York numa sexta-feira quando, de repente, uma voz familiar começa a soar dos alto-falantes da aeronave. Para os passageiros que gostam do cantor, deve ter sido muito divertido ouvi-lo cantar "The good life" e "Gold digger" durante o trajeto. Mas aqueles que não dão a mínima para o lançamento de "My beautiful dark twisted fantasy", seu novo álbum, tiveram que segurar o braço da poltrona e ouvir toda a cantoria.
'Eu sou melhor que o 50 Cent'
Até o lançamento de um disco se torna motivo para West fazer marra. Em 2007, quando saiu "Graduation", ele entrou numa disputa com o rapper 50 Cent, que acabara de terminar seu "Curtis". O motivo? Eles queriam ver quem conseguiria vender mais unidades de seus respectivos álbuns. No fim, quem levou a melhor foi mesmo Kanye: em apenas seis dias, "Graduation" vendeu 957 mil cópias. Desbancou assim o concorrente, que ficou em segundo lugar nas paradas, com 691 mil cópias de "Curtis".
Um clipe. De 35 minutos!
Quando todos os holofotes se voltavam para os vídeos provocativos de Lady Gaga, Kanye também resolveu inovar no formato. Em agosto lançou um breve teaser com menos de dois minutos de "Power", uma das músicas incluídas em seu novo álbum. Em outubro, foi mais ousado na aventura cinematográfica: liberou na internet um filmete de 35 minutos para "Runaway", dirigido por ele e com roteiro de Hype Williams. Há quem tenha achado genial. Mas a história da fênix que pousa na Terra (?) não poderia ser contada de uma maneira um pouco mais concisa?
Capa de CD censurada?
Como acusar uma rede de lojas de não vender um álbum que ainda não foi lançado? Foi o que Kanye West fez pelo Twitter, após divulgar a capa de "My beautiful dark twisted fantasy", que traz o desenho de uma mulher nua com asas (uma fênix) sentada em cima de um homem negro. O rapper escreveu que um grande varejista não venderia o CD devido ao seu encarte. Puro exagero: horas depois, um porta-voz de sua gravadora fez questão de pôr panos quentes na história, explicando que, caso isso acontecesse, seria de praxe lançar uma capa alternativa.
Briga com os blogueiros
Como forma de promover sua conta no Twitter, além do novo álbum, Kanye divulgava, toda sexta-feira, uma demo de faixas que estariam no disco de inéditas no projeto "Good fridays". Quando alguns fãs de seu trabalho resolveram compartilhar o material pela web, de forma organizada, o cantor os chamou de hackers e de "a forma mais baixa de ser humano".
Quase um Tim Maia
Kanye West foi um dos headliners do festival americano Bonnaroo, há dois anos. Logo no primeiro dia, sua apresentação mudou para o nada convidativo horário de 2h45 da manhã. Ou seja, só quem gostava mesmo dele para aguentar ficar acordado até esse horário. Mas isso não foi suficiente para Kanye mostrar sua marra: ele só subiu ao palco às 4h25, um insulto para o festival, que prezava pela pontualidade a fim de não prejudicar os shows dos outros artistas. Horas depois, vários xingamentos contra ele foram pichados nos muros do lugar.
Rap, corte e costura
Kanye faz questão de se mostrar um artista multimídia, capaz de dirigir os próprios clipes, por exemplo. Nada contra. O problema é que ele nunca prossegue com os planos que costuma anunciar com toda a pompa na mídia, como o sonho de ser estilista. Há dois anos ele afirma que vai lançar sua grife, a Pastelle Clothing, e que deseja assinar as roupas de Barack Obama e até os vestidos de alta-costura do Oscar. E nada de a coleção sair...
O cão arrependido
O rapper é um especialista em dar declarações polêmicas e depois se mostrar arrependido, como se isso o fizesse ganhar fama de humilde. Recentemente ele pediu desculpas por acusar o presidente George W. Bush de racismo e também retirou de seu site um curta em que aparecia bêbado e "vomitava" flores.