Arnaldo Baptista, criador dos Mutantes. (Foto: Divulgação)
Se no palco os Mutantes ficaram conhecidos como a banda de apoio de Gilberto Gil na canção "Domingo no parque" - sucesso nos festivais no final dos anos 60 -, nos bastidores a banda ficou enfraquecida por entorpecentes e relacionamentos conturbados. Com a saída de Rita Lee e o consequente fim do grupo, Arnaldo Baptista caiu em depressão e foi internado diversas vezes.
"A gente entrou num labirinto sem uma cordinha para amarrar atrás", resume Sérgio Dias, em um dos diversos depoimentos reunidos em "Loki".
Assim como acontece em "Simonal Ninguém sabe o duro que dei", de Claudio Manoel, o mérito do documentário é justamente não se prender a tentativas de julgamento moral. Ambos os filmes expõem, acima de tudo, a relevância histórica de seus biografados. E, de quebra, o expectador ainda ganha uma trilha sonora de arrebentar.
Gravadora americana lança álbum de inéditas dos Mutantes
A gravadora America Anti Records que reúne em seu catálogo discos de Tom Waits e Nick Cave, entre outros artistas anunciou o lançamento do novo álbum de inéditas dos Mutantes em mais de 30 anos. Segundo o selo, o disco intitulado "Haih" chega às lojas no dia 8 de setembro.
Além do guitarrista Sérgio Dias, a nova formação do grupo reúne Bia Mendes e Fábio Recco (vocais), Dinho Leme (bateria), Simone Sou (percussão), Henrique Peters (teclados, flauta doce e vocais), Vitor Trida (teclados, flautas, viola, cello e vocal) e Vinícius Junqueira (baixo).
Repetindo o feito de 1968, quando deu aos Mutantes a canção "Minha menina", Jorge Ben Jor compôs especialmente para a nova fase da banda paulistana a faixa inédita "O careca". O disco tem ainda sete parcerias de Sérgio Dias com Tom Zé, entre elas "Samba do Fidel", "Anagrama" e "Dois mil e agarrum", que contou com participação de Mike Patton, do Faith No More.