Archive for 04/15/09




Por Dean Goodman

LOS ANGELES (Reuters) - A roupa é incomum para o vocalista de uma banda de heavy metal.

O vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, está andando por um aeroporto parecendo um nerd, trajando camisa social branca de mangas curtas e gravata preta.

Se ele parece um piloto de linha aérea, é por uma razão: ele é um piloto de linha aérea. Quando não está percorrendo palcos cantando "2 Minutes to Midnight" ou "The Number of the Beast" em sua voz de cantor de ópera, o roqueiro de 50 anos pilota grandes aviões de passageiros para uma empresa britânica de voos fretados.

Frequentemente Dickinson curte suas duas paixões ao mesmo tempo, como pode ser visto no documentário de turnê "Iron Maiden: Flight 666", que mostra a banda e sua equipe voando num Boeing 757 adaptado para eles para 11 países em 45 dias.

O filme vai aterrissar nos cinemas de 45 países em 21 de abril e sairá em DVD um mês depois. Em março, conquistou o prêmio de melhor documentário de música no Festival de Cinema South By Southwest, no Texas,

Dickinson foi um dos quatro pilotos que trabalhou na turnê de 2008 e vestiu-se a caráter quando foi sua vez de pilotar - para a consternação de seus colegas de banda menos estilosos.

"Passei duas semanas sem conseguir me conformar com isso", contou o baterista Michael "Nicko" McBrain.

Alguns dos passageiros tinham preocupações mais sérias, perguntando-se se Dickinson era de fato um bom piloto.

"No primeiro dia em que ele decolou, ficamos nervosos. Eu mesmo fiquei preocupado", contou Scot McFadyen, que co-dirigiu o filme com o também canadense Sam Dunn. "Mas, depois de 20 mil milhas no ar, a gente relaxou. As aterrissagens dele foram as melhores entre os quatro pilotos."

VENERADOS NA AMÉRICA LATINA

"Flight 666" acompanha a banda em sua turnê mundial "Somewhere Back in Time", que passou pela Índia, Austrália, Japão, Estados Unidos e Canadá. Mas a grande diversão na primeira parte da viagem de um ano começa na América Latina, onde seus integrantes são venerados como se fossem astros do futebol.

O Iron Maiden apresentou-se na Colômbia e Costa Rica pela primeira vez, levando fãs a abandonar seus empregos para assistir aos shows e convertendo "macho men" em fãs emocionados. A banda também provocou pandemônio no Brasil, Argentina e Chile.

Os documentários sobre turnês de bandas de rock geralmente sofrem de uma mesmice inevitável: outro dia, outra apresentação, outro país. Fãs desvairados, músicos de ressaca e muitas imagens de concertos.

McFadyen e Dunn tinham consciência desse problema e enfrentaram outro desafio. O Iron Maiden costuma rejeitar pessoas de fora. A banda britânica já vendeu 70 milhões de álbuns desde 1980, em grande medida sem a ajuda de rádios ou da grande mídia.

"De um modo geral, ela sempre desconfiou de qualquer abordagem da mídia de massas", disse Dunn, que virou fã do Iron Maiden quando tinha 12 anos. "A banda sempre trabalhou do jeito dela. Romper esse padrão, como banda bem sucedida, é difícil. Para quê ela precisaria de nós?"

Dickinson e McBrain deixam claro que se sentiram à vontade com a equipe de filmagem, composta de sete pessoas. Seus colegas, incluindo o baixista e líder da banda Steve Harris, levaram mais tempo para aceitar a presença de estranhos. Os cineastas se aproximaram do guitarrista Adrian Smith, avesso a contatos, porque todos gostavam de jogar tênis. Outro guitarrista, Janick Gers, os ignorou até a última semana das filmagens.

"Agora ele virou nosso amigo", contou McFadyen. "Acho que agora já viramos parte da família."

McFadyen e Dunn, que chamaram a atenção pela primeira vez em 2005 com o documentário "Metal: A Headbanger's Journey", agora estão empenhados em retratar outra banda de rock insuficientemente apreciada, o trio canadense Rush.

Enquanto isso, o Iron Maiden encerrou sua turnê mundial em abril e vai voltar ao estúdio em janeiro para gravar seu 15 álbum feito em estúdio, contou McBrain. Uma outra turnê está sendo prevista para começar no final do ano e estender-se até 2010.

via UOL musica

Studio 2002

 

Canções do músico fazem sucesso nos bailes e elevadores.
Aos 80 anos, ele diz que não quer parar de compor.

Do G1, com informações do Jornal da Globo

 

Há 40 anos, as criações de Burt Bacharach são sinônimos de música calma. Elas são próprias para tranquilizar ambientes que vão dos elevadores aos bailes. Um eterno nome do circuito internacional, Bacharach está de volta ao Brasil para mais uma turnê. Aos 80 anos de idade, ele disse à repórter Cristina Graeml que não pretende parar de compor.

 

Veja o site do Jornal da Globo

Na loja de eletrônicos, a música ambiente não passa em branco. "É Burt Bacharach que está tocando na voz dos Carpenters," afirma o supervisor de seguro, Luís Carlos Pasquali.

É trilha sonora de festas e do dia-a-dia e toca até no supermercado. As canções de Burt Bacharach estão entre as campeãs da música "easy listening", fácil de ouvir. "Eu trabalhei 49 anos em restaurante, então eu estou acostumado com as músicas", conta o aposentado, Orlando Sarnoski.

 

Ganhou Oscar

Desde o começo dos anos 60, as composições de Bacharat conquistaram grandes nomes da música americana, como Dione Warwick. No cinema, ele garantiu o Oscar de melhor trilha sonora a dois filmes. Sem o glamour de antes, Bacharach voltou às telonas nos anos 90, agora, também em cena, na série de filmes Austin Powers.

O que impressiona no caso de Burt Bacharach é a disposição para seguir tocando. Aos 80 anos, continua fazendo turnês, inclusive internacionais. Acaba de chegar ao Brasil para mais uma.

A repórter Cristina Graeml pergunta: o que o mantém na estrada a essa altura da vida? "Isso me dá prazer. Eu já ouvi pessoas, depois dos shows, me dizerem: 'há quatro anos, quando eu tive câncer e estava fazendo quimioterapia, sua música me ajudou a superar aquele período ruim'. Não daria para saber disso se você não estivesse lá, tocando sua música e encontrando essas pessoas", afirma.

 

Burt Bacharat também busca inspiração no Brasil: gosta de Ivan Lins, Milton Nascimento, Djavan. Ele diz que não tem vontade de parar de compor. "Eu não sei se o que escrevo hoje é tão bom quanto o que já escrevi. Só sei que o importante para mim é levar minha música às pessoas, se elas quiserem ouvi-la", diz.

A abertura da turnê brasileira, em Curitiba, recebeu público até da Bahia. Gente que viajou 2.400 quilômetros para ver o ídolo. E depois de passar por Curitiba e Porto Alegre, Burt Bacharach faz mais três shows no Brasil, dois em São Paulo e um no Rio de Janeiro (confira abaixo). 

 

Serviço

São Paulo - 15 e 16 de Abril (quarta e quinta-feira)
HSBC Brasil
Rua Bragança Paulista, 1.281 - Chácara Santo Antônio
Preços: R$ 150 à R$ 400
Horário: 21h30
Informações: (11) 5646-2100
Classificação: 14 anos

Rio de Janeiro - 18 de Abril (sábado)
Vivo Rio
Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo
Preços: R$ 100 à R$ 400
Horário: 22 horas
Informações: 4003-1212
Classificação: 16 anos

via porta G1

Studio 2002

 

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