Archive for 01/04/12


Já pode tirar I'm Yours do celular, minha gente! O Jason Mraz está de volta com música inédita! E não mudou em absolutamente nada. A única diferença é que dessa vez o passo inicial é uma baladinha romântica, mas o clímax acústico continua marcando presença em mais um sucesso para os luais.
Se você é dos que só conhecem Lucky e [obviamente] I'm Yours, vai notar o tom mais sombrio desse novo single. É romãntica duma forma menos felizinha, porém mais compremetida. I Won't Give Up é capaz de fazer você acreditar realmente que o amor vence qualquer obstáculo que vier no caminho. É bom ter esse lado sério ecoando novamente. Me lembrou Marry Me do Train, e olha que em termos de estilo musical os dois são super semelhantes. Cara de trilha sonora para filme e novela das oito, hein? Será que rola?
O lyric video já está rodando no canal oficial dele no Youtube, dá um saque:



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"God Bless Ozzy Osbourne" tenta provar que Ozzy é demasiadamente humano www.tribecafilm.com/Divulgação
Ozzy é espirituoso e divertido, mas nunca fingiu as birutices que lhe deram famaFoto: www.tribecafilm.com / Divulgação

Ozzy arrancou a cabeça de pombas e morcegos. Ozzy urinou no Álamo. Ozzy tentou matar a própria mulher. Ozzy é considerado um milagre da ciência por estar vivo mesmo depois de consumir todo tipo de drogas e ingerir hectolitros de álcool por décadas a fio. Ozzy não se entende com controles remotos.
Tudo isso é verdade, mas há um outro lado, um outro Ozzy. Um Ozzy que o documentário God Bless Ozzy Osbourne tenta mostrar. E fracassa.
Recém-lançado no Brasil, o filme foi produzido pelo filho do cantor, Jack. Nos extras, o guri deixa claro que sua intenção foi mostrar que papai é mais do que o porra-louca dos tempos do Black Sabbath e carreira solo ou o palhaço sequelado do seriado de TV. Ozzy, quer nos convencer o jovem Osbourne, também é um ser humano normal, um cidadão trabalhador e pagador de imposto como qualquer outro e, sobretudo, um pai de família.
Para isso, chama amigos, familiares, parceiros e recorre a material de arquivo para montar um painel sobre a vida do Príncipe das Trevas fora dos palcos.
O problema é que, bom, Ozzy é Ozzy. Não é preciso ser um grande conhecedor de sua biografia para saber que ele nunca fingiu as birutices que lhe deram fama. Filho do miserável operariado inglês no pós-Guerra, ele nunca viu grandes problemas em ser um pai ausente, marido beligerante ou viver entorpecido 24 horas por dia, como o acusam o tempo todo.
— Fiz o que achei que tinha que fazer, que era arrumar um trabalho, ter uma família e encher a cara no pub. Todos faziam isso, então não entendo porque me enchem tanto o saco — afirma, sempre que pressionado pelos filhos (todos os cinco).
Mesmo episódios trágicos de sua vida, como as mortes do pai e do guitarrista e parceiro Randy Rhoads, a demissão do Sabbath, o fim do primeiro casamento, lembranças da juventude barra pesada, tudo acaba sendo motivo para alguma tirada sarcástica. Tipo quando o diretor pergunta o que Ozzy tinha em Birmingham, sua tétrica cidade natal, que ele não tem em Los Angeles, sua atual e ensolarada residência. Resposta: "Gonorreia". Ou quando o colocam para rever seus videoclipes dos anos 1980, e ele simplesmente se levanta e vai embora da sala, envergonhado.
Parece que quanto mais tentam provar que Ozzy é um sujeito comum, mais naturalmente divertido e espirituoso ele se revela — e mais chatas e pedantes se tornam as pessoas ao seu redor, especialmente a mulher e as filhas. Cada lembrança de doideira de Ozzy é pontuada pela esposa, Sharon, com comentários do tipo "ah, ele fazia isso por ter baixa autoestima, fazia aquilo para compensar a infância pobre, agia assim por ter sido vítima do sucesso ainda muito jovem".
Kelly, a filha mais velha, acusa o pai de a fazer passar vergonha ao guardar bebidas no forno quando ela decidiu assar um bolo para as amigas (!?). A outra, Aimee, só falta avançar no cinegrafista quando fala do passado do pai.
Ao final, dá pra entender porque o cara já acordava virando um vidro de boletas. E se solidarizar com ele.

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