O projeto faz uma balanço na carreira do compositor, que foi consagrado no início dos anos 80 nas rodas de samba do Cacique de Ramos, tradicional reduto do samba carioca. Zeca explicou sua relação com a música, que o tornou um dos artistas mais produtivos do cenário nacional.
"O samba está no meu sangue. Escuto samba a toda hora. Por isso, estou sempre compondo. Essa coisa de fonte inspiração não existe, ninguém nunca vai conseguir explicar", afirmou.
O sambista não parece se interessar muito pela produção dos discos e shows ("Tem muita gente competente para cuidar disso"), mas não abre mão da escolha do repertório. Diz buscar sempre novos talentos na arte de compor, e atribui a isso o fato de ainda não ter regravado Paulinho da Viola.
"Todo mundo sabe que eu adoro o Paulinho, mas é tanta gente boa que precisa de uma oportunidade, que precisa ser gravada... Acabo dando prioridade a esse pessoal", justificou.
O show que deu origem ao CD e DVD foi gravado em julho deste ano, no Citibank Hall, no Rio de Janeiro, e conta com as participações especiais de Almir Guineto, Jorge Ben Jor, Monarco e da Velha Guarda da Portela. O repertório inclui grandes sucessos da carreira do sambista, como "Deixa a vida me levar", "Vai vadiar", "Não sou mais disso", entre outros.
No próximo sábado (26), dentro do projeto Conexão Samba, o cantor vai reunir outros bambas a partir das 20h, na Praça da Apoteose, no Rio, para celebrar o novo disco. Dona Ivone Lara, Dudu Nobre e Arlindo Cruz e Jorge Benjor também vão subir ao palco com o sambista. A abertura ficará por conta do Grupo Fundo de Quintal.
"Eles são especiais, é a minha origem. Mas, por mim, encheria aquele palco de gente", disse o cantor, que reconhece. "Minha missão é dar e receber alegria".
"O grande segredo para a plenitude é muito simples: compartilhar." --Sócrates
Música é vida!