Resenha de CD
Título: Amália Hoje
Artista: Hoje
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * * 1/2
Dez anos após sua morte, Amália Rodrigues (1920 - 1999) voltou a liderar as paradas de Portugal. Não por conta de alguma coletânea de sucessos ou do filme de tom novelesco - Amália - lançado com pompa nos cinemas lusitanos. O responsável por reviver a aura da maior fadista foi um coletivo moderníssimo, Hoje, que agrega os cantores do duo The Gift (Nuno Gonçalves e Sónia Tavares), Paulo Praça (egresso da banda Plaza) e Fernando Ribeiro (Moonspell). O coletivo deu lufada de ar fresco no repertório tristonho da cantora e compositora em Amália Hoje, CD ainda inédito no Brasil que galgou rapidamente as paradas da Terrinha desde que foi lançado, em fins abril de 2009. O sucesso é justíssimo. O quarteto aborda o repertório associado a Amália de forma contemporânea. Músicas como Medo e Gaivota ganharam grandiosos arranjos orquestrais que os envolve em atmosfera épica sem prejuízo das melodias. Não há guitarras portuguesas. Não há devoção às tradições do fado, embora haja reverência a esse belo repertório embebido em melancolia. O grupo eventualmente até soa modernoso, como na releitura eletrônica de Formiga Bossa Nova - a pérola que Adriana Calcanhotto pescou ao juntar repertório para o primeiro álbum de seu heterônimo infantil Adriana Partimpim. Mas, no geral, quase tudo funciona em Amália Hoje, beirando o sublime no Fado Português, na supra-citada Gaivota e em Foi Deus. Este clássico de Alberto Janes é entoado num registro inicialmente sussurrante - feito sem o melodrama habitualmente conferido ao tema - que vai ganhando intensidade na medida em que a faixa avança. E é assim, situado entre a grandiosidade e a delicadeza (perceptível na ornamentação meio lúdica de L'Important C'est la Rose), que Hoje acerta ao trazer Amália para os dias de hoje. Ouça
Título: Amália Hoje
Artista: Hoje
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * * 1/2
Dez anos após sua morte, Amália Rodrigues (1920 - 1999) voltou a liderar as paradas de Portugal. Não por conta de alguma coletânea de sucessos ou do filme de tom novelesco - Amália - lançado com pompa nos cinemas lusitanos. O responsável por reviver a aura da maior fadista foi um coletivo moderníssimo, Hoje, que agrega os cantores do duo The Gift (Nuno Gonçalves e Sónia Tavares), Paulo Praça (egresso da banda Plaza) e Fernando Ribeiro (Moonspell). O coletivo deu lufada de ar fresco no repertório tristonho da cantora e compositora em Amália Hoje, CD ainda inédito no Brasil que galgou rapidamente as paradas da Terrinha desde que foi lançado, em fins abril de 2009. O sucesso é justíssimo. O quarteto aborda o repertório associado a Amália de forma contemporânea. Músicas como Medo e Gaivota ganharam grandiosos arranjos orquestrais que os envolve em atmosfera épica sem prejuízo das melodias. Não há guitarras portuguesas. Não há devoção às tradições do fado, embora haja reverência a esse belo repertório embebido em melancolia. O grupo eventualmente até soa modernoso, como na releitura eletrônica de Formiga Bossa Nova - a pérola que Adriana Calcanhotto pescou ao juntar repertório para o primeiro álbum de seu heterônimo infantil Adriana Partimpim. Mas, no geral, quase tudo funciona em Amália Hoje, beirando o sublime no Fado Português, na supra-citada Gaivota e em Foi Deus. Este clássico de Alberto Janes é entoado num registro inicialmente sussurrante - feito sem o melodrama habitualmente conferido ao tema - que vai ganhando intensidade na medida em que a faixa avança. E é assim, situado entre a grandiosidade e a delicadeza (perceptível na ornamentação meio lúdica de L'Important C'est la Rose), que Hoje acerta ao trazer Amália para os dias de hoje. Ouça
via Notas Musicais
"O grande segredo para a plenitude é muito simples: compartilhar." --Sócrates
Música é vida!