Magne Furuhomen, fundador do grupo, garante que toca no país durante a última turnê
- Iremos no início de março para Buenos Aires e logo depois partiremos para o Brasil.
Segundo Magne, o fim da banda foi decidido por ele e pelos outros integrantes do grupo, Morten Harket (vocalista) e o guitarrista Paal Waaktaar-Savoy (guitarrista). Para o tecladista, a relação entre os três estava ruim.
- Gravar Foot of the Mountain foi um parto. Tivemos inúmeras discussões quanto à sonoridade do álbum e não quero que em um futuro próximo essas brigas atrapalhem nosso relacionamento. Nossos arranjos são dramáticos, a voz do Morten é apaixonante. Se usássemos novamente orquestra e instrumentos orgânicos ficaria over. Decidi que este último álbum dialogaria com nossos sucessos como Scoundrel Days (1986) e Hunting High and Low (1985). É bem mais eletrônico, sintético, como o som que ajudamos a formatar nos anos 80.
Desde a volta no ano de 2000, o a-ha lançou quatro álbuns e conseguiu superar o preconceito de que era apenas mais um grupo de rapazes bonitinhos. Para Magne o sucesso do grupo contou com o apoio de várias celebridades.- Tivemos muita sorte de voltar há dez anos. As pessoas tinham um estereótipo, mas gente como Chris Martin [vocalista do Coldplay] e Noel Gallagher [guitarrista do Oasis] sempre foram generosos nessa volta do a-ha. Noel disse que Train of Thought [de 1986] é seu single preferido. Hoje não somos mais mal entendidos e consigo dormir tranquilo. Quando a banda acabou em 1993, estávamos em frangalhos.
Magne tem um projeto chamado Apparatjik, com o baixista Guy Berryman, do Coldplay, e pensa em investir em artes visuais após o fim do grupo. Há dois anos foi convidado a integrar a banda Travis, mas no mesmo momento gravava o último álbum do a-ha.
E para os fãs brasileiros, Magne, que atualmente diz escutar Radiohead, MGMT, Sufjan Stevens e música norueguesa contemporânea, deixa um recado: "Vamos ao Brasil para celebrar o fim do a-ha com os fãs. Não quero que seja uma despedida triste. Queremos sempre ser lembrados como uma banda que fez grandes escolhas. Quando eu tiver 75 anos e olhar para trás, tocar no Brasil sempre vai estar na minha memória".
"O grande segredo para a plenitude é muito simples: compartilhar." --Sócrates
Música é vida!