A velha rivalidade entre Brasil e Argentina esteve presente na noite desta quarta-feira (6) no Estádio do Morumbi. Mas não se tratava do maior clássico do futebol, e sim de um show do @BonJovi, o primeiro após uma apresentação histórica em Buenos Aires, de três horas de duração.
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Ao chegarem à capital paulista, os músicos da banda de New Jersey foram perguntados diversas vezes se iriam superar em tempo o show argentino. Para evitar um conflito diplomático, Jon Bon Jovi, Richie Sambora e companhia tocaram para os paulistanos durante o mesmo tempo de duração e quase repetindo o set list das 29 músicas que os portenhos puderam conferir.
O grupo subiu ao palco às 21h15, e, nos primeiros acordes de "Blood on blood", mostrou qual seria a toada da noite: uma banda correta, competente, que segue um script e se mantém nele até o final. Tudo é ensaiado e previsível no Bon Jovi, principalmente nos trejeitos do carismático vocalista todos os gestos que o showman faz para o público, do beicinho ao olhar de admiração, são focados e exibidos a exaustão nos três telões que preenchem o palco.
O show da atual turnê é um extenso passeio pela carreira da banda. Até as primeiras dez músicas, que tiveram Sambora usando nada menos que quatro guitarras diferentes, a banda procurou mesclar hits do passado, como "You give love a bad name" e "Born to be my baby", com faixas presentes nos últimos discos, caso de "Lost highway" e "Superman tonight".
A primeira hora da apresentação foi morna justamente pela escolha dos singles mais recentes, que não têm o mesmo apelo de "rock de estádio" dos hinos que foram escritos há mais de 15 anos. Foi a partir de "It's my life" que o show ganhou fôlego e fez os fãs, que praticamente lotaram o Morumbi, não pararem um minuto.
É de se admirar um grupo de rock que consegue enfileirar canções como "Bad medicine", "Lay your hands on me", "Always", "Blaze of glory" e "I'll be there for you", sem mostrar um sinal de cansaço. Jon, que foi se despindo aos poucos, até chegar a uma apertada regata vermelha, não parecia nada com o roqueiro que se dizia "idoso" há alguns meses, após sofrer uma lesão muscular na panturrilha durante um show.
Parabéns para Tico
Os sucessos dos anos 1990, como "These days" e "Faith", foram as que tiveram melhor resposta do público, que ia de roqueiros decadentes de três décadas atrás, a famílias, adolescentes, patricinhas e jovens sem camisa que exibiam o dorso nu e depilado.
A relação da banda com os fãs, aliás, merecem um capítulo à parte. Não dá para negar o carisma que o Bon Jovi tem com a sua "família": Jon era só sorrisos e parecia cantar para cada pessoa da plateia. "Obrigado, São Paulo! A julgar pela reação de vocês, deveríamos vir para cá todo ano", disse, comentando a última passagem do grupo pelo país, há 15 anos.
Em outro momento bacana, o líder do Bon Jovi levantou um coro de "Parabéns a você" ao baterista Tico, aniversariante desta quinta-feira, após ver alguns cartazes espalhados na plateia Vip que citavam a efeméride.
Lógico que todo esse carinho todo às vezes soa como puro jogo de cena. Após o término de "Living on a prayer", a música mais animada da noite (e era a 28ª!), a banda simulou uma pequena reunião para a escolha da faixa derradeira "Bed of roses", que tradicionalmente fecha as maratonas que o Bon Jovi proporciona a cada apresentação.
Mas o público não parecia se importar. Tanto, que nem percebeu que o show teve, na verdade, 2h55.
Bon Jovi no Rio de Janeiro
Quando: 8 de outubro, às 21h
Onde: Praça da Apoteose - R. Marques de Sapucaí , s/nº
Quanto: entre R$ 250 e R$ 600, com direito à meia-entrada
Informações: www.ticketsforfun.com.br / (11) 2846-6232
via G1
"O grande segredo para a plenitude é muito simples: compartilhar." --Sócrates
Música é vida!