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Notas sobre lançamentos
Com sabor de despedida, a trupe de James Murphy, que sai de cena em abril, se apresentou em São Paulo na última sexta, 18, e mostrou aos fãs o quanto vai fazer falta
Foto: Roberto Larroude
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Tudo isso aconteceu durante o festival (No)Mondays!, que contou com diversas outras atrações, como as bandas Inky, Turbogeist e uma série de DJs (inclusive o próprio Murphy, que foi para trás das pick-ups após a apresentação). O relógio já marcava pouco mais de 1h deste sábado, 19, quando James Murphy e companhia subiram ao palco para eletrizar a plateia. O ar condicionado da casa lotada não deu conta de resfriar o local, mas isso não desencorajou o público a sair do conforto de uma extensa área VIP, com bebidas de graça, a mergulhar no meio da multidão e apreciar o que o grupo norte-americano havia preparado para uma de suas performances derradeiras.
Os três discos da carreira da banda - LCD Soundsystem(2005), Sound of Silver (2007) e This Is Happening (2010) - foram representados de maneira razoavelmente equilibrada, com um ligeiro destaque maior para o trabalho mais recente. Foi um resumão muito de acordo com o senso histórico da ocasião.
A noite começou com "Dance Yrself Clean", o que pareceu apropriado para o clima catártico que tomou a pista nas duas horas que se seguiram. Em seguida foi a vez do sucesso "Drunk Girls", um daqueles hits que pareceram fazer vibrar até quem caiu no show de paraquedas. A partir daí, a missão de cativar o público já estava mais do que cumprida. "Get Innocuous!" e "Daft Punk Is Playing at My House", que vieram depois, mantiveram a energia em seu pico a todo momento (vide vídeo abaixo), e ainda tinha muita coisa pela frente, como "I Can Change", "You Wanted a Hit" e "Someone Great". Um dos grandes sucessos da carreira da banda, o hino "All My Friends", sonorizou o momento mais empolgado da madrugada.
A primeira parte da performance terminou com "Losing My Edge". Apesar do fato de que o show já estava batendo na casa das duas horas de duração, dada a temática já saudosista do evento, quando a banda deixou o palco, um pouco antes das 3h, deu para sentir um certo clima de "só isso?".
Pausa para respirar, secar o suor e, na volta, eles anunciaram a última música da noite, "New York, I Love You but You're Bringing Me Down". Circulava a notícia de que O LCD tocaria, no mínimo, durante 2h15, o que não era de se duvidar, já que os três discos, recheados de faixas longas e com introduções facilmente "esticáveis", poderiam render a noite toda. O show teve um pouco menos de tempo do que isso, mas ninguém saiu reclamando, até porque, a energia que ficou após o encerramento durou mais algumas horas.
O LCD Soundsystem, após passar pelo Rio de Janeiro e São Paulo, segue agora para Porto Alegre, onde nunca tocou. A apresentação será neste domingo, 20, na Casa do Gaúcho. A despedida definitiva do grupo encabeçado por James Murphy acontecerá em Nova York, no Madison Square Garden, no dia 2 de abril. A apresentação provocou uma corrida tão louca por ingressos que Murphy anunciou mais quatro datas antes dessa, todas também em Nova York, no Terminal 5, nos dias 28, 39, 30 e 31 de março. Para estes últimos shows, o músico de jeito simples e bonzinho promete performances dignas dos eventos históricos que serão, tocando por três horas ou mais.
Turbogeist
Mick Jagger, além de ter tido muitas mulheres, teve muitos filhos. O mais famoso deles, no Brasil, é o fruto de seu - muito - breve relacionamento com a apresentadora Luciana Gimenez. Mas o rebento que busca a fama, ou reconhecimento artístico, pelo menos, é outro: Jimmy Jagger, filho do Rolling Stone com a modelo Jerry Hall e líder do Turbogeist, que tocou antes do LCD SoundSystem. Aos 25 anos, de bermuda, camiseta folgadona do Sex Pistols e jeitão despojado e um pouco tímido, Jimmy disse estar realizando um sonho ao vir tocar no Brasil pela primeira vez, elogiou muito a cidade e mais de uma vez demonstrou sua gratidão àquelas poucas pessoas que chegaram mais cedo para vê-los. O grupo com som garageiro, influenciado pelo punk, sabia bem porque estava lá. Tocaram humildemente "algumas músicas antes de deixar vocês em paz para ver o LCD pela última vez", conforme brincou o frontman. A pista bem vazia começou a receber as pessoas aos poucos. Os garotos mostraram para elas doze de suas músicas despojadas, como "Ice Cold Beer", que serviu de acompanhamento para que Jimmy entornasse uma cerveja. A atração deslocada - já que a maioria do público não parecia esperar um show de punk rock dentro de um festival que primava pela música eletrônica - terminou o show sob algumas vaias de quem foi até o gargarejo guardar lugar para a apresentação seguinte. Jimmy e os outros integrantes não se intimidaram: ele vaiou de volta, sem perder o temperamento, enquanto o guitarrista Luis Felber desafiou o detrator a subir ao palco e fazer melhor.
Veja abaixo um pedaço das apresentações das duas bandas:
- via rollingstone
Posted by @paulostudio2002
@ domingo, 20 de fevereiro de 2011
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