‘Mamonas’ na Avenida

De acordo com o carnavalesco Cristiano Bara, com quatro setores e cinco alegorias, ele vai procurar contar a história dos jovens músicos misturando com a do povo brasileiro. “Eles são oriundos das classes mais baixas. Qualquer criança pobre sempre sonhou em visitar à Disney, por exemplo. Com eles não foi diferente. Mas isso só foi possível depois da conquista da fama e do dinheiro”, diz.

Familiares dos músicos já confirmaram presença no desfile e virão no último carro, em formato de coração. O pai do vocalista Dinho, Hildebrando Alves, cedeu, inclusive, a verdadeira Brasília Amarela usada pela banda. A agremiação ainda estuda como fará para acoplar o veículo a uma das alegorias. “Acredito que vamos usar cabos de aço e colocar ela à frente do nosso abre-alas”, adianta o presidente Reginaldo Gomes.

A primeira alegoria do desfile trará esculturas dos cinco integrantes dos Mamonas Assassinas (Júlio, Bento, Sérgio, Samuel e Dinho) sobre o palco Lua Nua, onde realizaram o show que os rendeu assinatura de contrato com uma grande gravadora.

A bateria vai deixar o preconceito de lado e virá fantasiada de ‘Robocop Gay’, uma das músicas de mais sucesso  da banda. Já a fantasia da rainha de bateria, a policial civilIsabela Picanço, é sigilo. “Acredito que o melhor lugar para dar fim ao preconceito dentro de uma escola de samba seja a bateria, onde existe maior número de homens”, avalia Cristiano.

Logo atrás dos ritmistas, a Inocentes de Belford Roxo trará passistas vestidas de ‘drag queens’ e com fantasias de cores distintas que formarão a bandeira do movimento GLBT na Avenida. Vice-campeã no último ano, a agremiação terá 90% das alas formada pela comunidade da Baixada Fluminense.