As duas faces da música sertaneja

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Se há um gênero musical em voga no Brasil, este é o sertanejo. Do ano passado para cá, uma turba de jovens músicos invadiu o cenário artístico popular, carregando consigo a história de uma das combinações mais originais e respeitadas do Brasil – empurrando roqueiros e forrozeiros a um segundo plano. 
Como toda nova geração, porém, também rompeu com parte da tradição, promovendo ousadas transformações. Talvez por isso, aproximaram-se da juventude com notável facilidade. Quando Zezé Di Camargo e Luciano foram descobertos, nos últimos anos da década de 80, não existia o tal “sertanejo universitário”. Aliás, reza a lenda que sequer havia universidades no sertão. E o “meteoro” do Luan Santana não passava nem perto do planeta Terra.
O fato é que essa nova cara da música sertaneja é muito diferente do som consagrado por uma série de duplas e cantores solo nos últimos 20 anos. É, portanto, um feito admirável o dos irmãos de Pirenópolis lançar, em meio à explosão dos “acadêmicos”, um disco que homenageia justamente a pureza do ritmo.
Double Faces, produzido no ano passado e provável referência para o repertório que eles apresentam nesta virada de sábado para domingo, no Complexo Gazeta/Inside, reúne além de músicas inéditas, regravações de antigos modões de viola. Um aspecto interessante é que o disco também resgata o formato físico dos vinis, com lado A e lado B – por isso o título.

GRAMMY – O resultado de toda essa criatividade foi o terceiro Grammy Latino da carreira da dupla. Nada mal. Tamanha segurança é fruto de uma estrada de extremo sucesso, que começou a ser trilhada no interior de Goiás, inspirada em dinossauros como Tonico e Tinoco, e cortou o Brasil com canções como É o Amor – maior responsável pelas vendas do primeiro disco, que ultrapassaram a marca do milhão de cópias em 1991.
Os 20 trabalhos que seguiram também atingiram números impressionantes e fincaram peças no repertório oficial brasileiro, como Pão de Mel, Pare, Pior é te Perder, Preciso de Você e No Dia Em Que Eu Saí de Casa. No total, foram mais de 30 milhões retirados das lojas. Em tempos de pirataria, Double já vendeu 100 mil cópias e está entre os mais procurados do País. A história, inclusive, rendeu um dos filmes mais bem-sucedidos da chamada “retomada do cinema brasileiro”, o Dois Filhos de Francisco, de Breno Silveira. Até quem não é muito chegado no gênero sertanejo se rendeu aos encantos da produção.
SERVIÇO
No atual contexto, Zezé Di Camargo e Luciano já são lendas. Por isso é que após receber jovens como Jorge e Mateus e Fernando e Sorocaba, o Complexo Gazeta Inside jamais perderia a oportunidade de sediar uma apresentação dos clássicos. Na verdade, trata-se do primeiro grande show de 2011 após a reforma da casa, que é uma das maiores estruturas para eventos do Sul do Brasil.
Os ingressos estão à venda por R$ 50,00 (pista) e R$ 125,00 (camarote), tantos nos pontos de venda (Kothe, Itelcom, Casa do Cliente Gazeta) quanto nas bilheterias do Complexo – que estará com seus portões abertos a partir das 22 horas. Além do show, a festa tem outras atrações a oferecer, como o Bietronic, na Beerside, e o ambiente anos 80, junto aos camarotes. Isso sem falar do deck bar na parte externa, com petiscaria e cervejaria. Haverá estacionamento e um sistema de segurança especialmente montado para oferecer todo o conforto ao público.
via gazeta do sul

Posted by Paulo Studio 2002 @ domingo, 10 de abril de 2011 0 comments

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