Formado só por garotas, Warpaint vem ao Brasil pela primeira vez

Emily Kokal, Theresa Wayman, Jenny Lee Lindberg e Stella Mozgawa só têm um EP e um disco ("The fool", de 2010), distribuído no Brasil por meio do selo Lab 344. Mesmo com pouca bagagem, as quatro garotas do Warpaint já fizeram algum barulho.
Entre um hype aqui e outro acolá, elas foram listadas entre as apostas da rede inglesa BBC para 2011. Bem faladas lá fora, o Warpaint estreia no Brasil, com shows em São Paulo, nesta quinta-feira (6), e no Rio de Janeiro, na sexta-feira.
Em entrevista ao G1, a baterista Stella Mozgawa comenta as influências que ajudaram a construir o rock psicodélico do grupo. Ela também elogia Meg White, do White Stripes, e as "novas ideias" do Radiohead.

G1 - Vocês têm três vocalistas. Isso faz vocês serem diferentes?
Stella Mozgawa - Gosto de pensar que é nossa visão da música que nos torna uma banda única. Não temos regras na hora de criar. Nós não gostamos de tentar nos encaixar em um molde ou estrutura. Só queremos permanecer verdadeiras. Estamos interessadas ​​em vários elementos na música: a matemática, a emoção, o espaço e a intimidade.

G1 - Outra banda que conseguiu trazer um som progressivo para os fãs de indie rock é o Muse. Você concorda? Gosta deles?
Stella - Acho que o Radiohead se encaixa melhor nessa sua descrição. A música deles pode ser bastante abstrata, mas as pessoas acreditam na abordagem e assimilam novas ideias e conceitos mais facilmente. Eu não vejo o Muse como sendo particularmente progressivo, mas eu posso entender o que você quer dizer.

G1 - Quando críticos tentam descrever o som Warpaint, alguns mencionam Joy Division. É uma influência para você ou prefere outras bandas?
Stella -
Nós ouvimos muita música, mas nós definitivamente amamos Joy Division. Eu não acho que aparece com tanta força em nosso som. Se você colocar o nosso disco ao lado de "Closer", por exemplo, eu não acho que as sonoridades sejam muito parecidas. Mesmo assim, nós ficamos lisonjeadas, é claro.


G1 - Meg White foi importante para garotas bateristas? Ela toca bem?
Stella - Ela é a baterista perfeita para o White Stripes. Ela tem algumas boas ideias e parece ter uma relação genuína com a música. Eu acho que ela chamou a atenção das garotas que tocam instrumentos em geral.
G1 - E quais suas bateristas favoritas?
Stella -
Janet Weiss [Sleater-Kinney, Wild Flag, Stephen Malkmus]  e Karen Carpenter [baterista e cantora do Carpenters].

G1 - Vocês foram mencionadas na lista de apostas da BBC. Como foi isso?
Stella - Foi uma grande honra para nós e nos sentimos extremamente sortudas de estarmos associadas a todos os outros artistas da lista [Jessie J, The Vaccines, James Blake ]. Eu acho que um monte de gente descobriu nossa música pela primeira vez por meio dessa lista.

G1 - Duffy e Marina and the Diamonds também foram citadas entre apostas da rede BBC. Mas comentaram que pensam em parar. Já passou pela cabeça de vocês?
Stella - Não! Só se a gente sentir que não há mais nada para dar. E não vejo isso acontecendo tão cedo! Temos muito trabalho a fazer. Não sabia sobre isso [declarações de Duffy e Marina]! É uma vergonha, eu tenho certeza que existem muitas outras razões para elas decidirem tomar essas decisões. Mas vender poucos discos não pode ser desculpa para parar de fazer música.

G1 - Quais as expectativas para os shows no Brasil?
Stella -
Estamos muito empolgadas com a ideia de tocar no Brasil. Será nossa primeira vez e mal posso esperar. Ouvi dizer que os fãs são sensacionais e animados. Quero descobrir novas músicas do país também.

Posted by Viviani Corrêa @ sexta-feira, 7 de outubro de 2011 0 comments

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