Filed in
Show
Supla esteve entre as atrações de uma das festas que São Paulo ganhou em seu aniversário
Cada um cantou uma música, mas esses "uns" foram muitos. Durante três horas ininterruptas, artistas paulistanos de nascimento ou por consideração se revezaram no palco montado na avenida Ipiranga, junto à praça da República, cantando músicas que contam a história de 457 anos de São Paulo, comemorados na terça-feira (25). Um espetáculo para todos os gostos, que no palco misturou personagens da bossa nova e do rock, do samba e da MPB, e no asfalto, homens, mulheres e crianças de todas as tribos, dançantes e cantarolantes, que deram um show à parte de respeito e aplausos para quem quer que fosse que se apresentasse em sua frente.
Paulo Ricardo, ex-RPM, foi um dos que cantaram quando o céu ainda estava claro, pouco depois das 19h, e compartilhou com o público memórias de quando deixava o colégio e seguia para a Galeria do Rock, a poucos metros dali, onde deu seus primeiros passos na música. Meia hora depois, foi a vez de Supla ocupar o palco, contagiando mesmo quem se expremia sobre a pequena ponte da praça, lameada por causa da chuva que caíra horas antes. Ao som do roqueiro, um catador de latinha rodopiava, ora na rua, ora na calçada, enquanto amassava a razão de seu sustento com uma vassoura pequena e gasta.
Mas entre Paulo Ricardo e Supla, vários se apresentaram. Assim como outros tantos cantaram até que chegasse a hora de Mallu Magalhães, Paulo Miklos e Maria Gadú, que ficaram para o final da noite. O rapper Rappin' Hood e o vocalista da banda CPM22, Badauí, mandaram Sou Boy, de Kid Vinil, dedicada aos que são a cara da capital paulista: office-boys e motoboys. Kid, que também subiu ao palco, relembrou Mamonas Assassinas, com Shopping Center. Nasi, ex-vocalista da banda Ira!, e Renato Teixeira também fizeram parte da lista.
Chegada sua vez, Mallu Magalhães emocionou e fez morador de rua, descanço e descamisado, rebolar enquanto dedilhava sua 'guitarra' em forma de garrafa pet. Assim como empunhava outra guitarra imaginária mais um catador de latinhas, este bem parecido com o saudoso Raul Seixas e cuja performance era observada por três policiais militares que circulavam, dentre os vários trios em serviço no local, com mãos junto aos coldres, sinalizando estarem prontos para agir caso fosse necessário.
Acompanhado da Orquestra Sinfônica Municipal - que também fez par com boa parte dos demais artistas -, Paulo Miklos, do Titãs, entoou Ronda, de Paulo Vanzolini, e teve, assim como os outros cantores, sua imagem reproduzida em um cubo multimídia de 7 metros de altura, onde também foram postadas mensagens de parabéns à cidade.
Finalmente, faltando cinco minutos para as 22h, o apresentador anuncia a próxima atração, sem sequer pronunciar seu nome. Não era necessário, já que os fãs em frente ao palco fizeram isso por ele ao perceberem a aproximação do que parecia ser o momento mais esperado da noite. Era Maria Gadú, que também cantou apenas uma música, a que conta o que acontece com o coração de quem passa pela esquina da Ipiranga com a São João: Sampa, de Caetano Veloso. E assim, a paulistana fechou uma das festas que na terça-feira a cidade e seus moradores ganharam de presente.
via terra
Posted by @paulostudio2002
@ quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
0 comments
"O grande segredo para a plenitude é muito simples: compartilhar." --Sócrates
Música é vida!